A CNT (Confederação Nacional do Transporte) divulgou, nesta segunda-feira (30), mais uma rodada do Índice CNT de Confiança do Transportador Rodoviário de Cargas. A sondagem de São Paulo é inédita; e a do Rio Grande do Sul está na terceira rodada e soma-se às edições gaúchas de março e julho. A avaliação tem como objetivo acompanhar a confiança do empresário do segmento em relação ao cenário econômico (ambiente de negócios) e à sua atividade empresarial.
O índice leva em conta uma escala de avaliação de otimismo que vai de 0% a 100%. Em São Paulo, o percentual para as condições atuais da economia e da atividade empresarial ficou em 39,9%. Já as expectativas para os próximos seis meses referentes à economia brasileira e à própria atividade das empresas no estado teve uma avaliação melhor: o índice ficou em 54,8%.
Nessa primeira etapa do projeto paulista, os fatores apontados pelos transportadores do estado para a baixa na confiança das condições atuais incluem taxa de juros elevada, restrição de acesso a crédito, incerteza em relação à política de preços dos combustíveis e falta de incentivos às micro e pequenas empresas, entre outras questões.
A sondagem em São Paulo reuniu informações de 324 empresas, sendo 53 microempresas (até nove empregados), 113 empresas de pequeno porte (de dez a 49 empregados), 51 de médio porte (de 50 a 99 empregados) e 107 de grande porte (cem ou mais empregados). A coleta ocorreu por meio de questionário eletrônico e contou com o apoio da Fetcesp (Federação das Empresas de Transportes de Cargas do Estado de São Paulo).
Rio Grande do Sul: a sondagem gaúcha encontra-se na terceira rodada de resultados. Nessa edição, constatou-se a redução de confiança dos transportadores em relação ao cenário econômico e à sua atividade empresarial, comparado aos índices da primeira e segunda rodadas, realizadas em março e julho, respectivamente.
Na escala de avaliação que vai de 0% a 100%, o atual índice geral da sondagem realizada no Rio Grande do Sul para o terceiro trimestre foi de 45,5%, uma queda de 0,8 ponto percentual em relação ao segundo trimestre (46,3%). Houve queda também do Índice de Condições Atuais, que, no terceiro trimestre, ficou em 36,5%. Essa redução é de 0,3 ponto percentual em relação ao segundo trimestre (36,8%).
A baixa de agora no índice foi mais expressiva ainda quando relacionada às expectativas dos transportadores gaúchos para os próximos seis meses tanto para a economia brasileira quanto para a própria atividade empresarial. A redução foi de 1,1 ponto percentual. Ou seja, no terceiro trimestre, ficou em 50,0%, contra 51,1% registrados no trimestre anterior.
Os fatores apontados pelos transportadores gaúchos para essa menor confiança das condições atuais incluem reduzido acesso a crédito, taxa de juros elevada e incerteza em relação à política de preços dos combustíveis, entre outras questões.
O Índice CNT de Confiança do Transportador ouviu 223 representantes de empresas de transporte de cargas no Rio Grande do Sul. Para a coleta de informações no estado, a CNT contou com o apoio da Fetransul (Federação das Empresas de Logística e Transporte de Cargas no Rio Grande do Sul).
As informações fornecidas pelos transportadores dos dois estados são confidenciais e estão publicadas de forma agrupada, sem a identificação das empresas. Para a CNT, servem como balizadores das ações de defesa de interesses do setor junto aos Poderes Executivo e Legislativo federal e estaduais. Possibilitam, também, um melhor planejamento tanto por parte das empresas quanto da Confederação. Além disso, se apresentam como fundamentais para a tomada de decisão do transportador, uma vez que a confiança é afetada pela política e pela conjuntura econômica.
Acesse a página da CNT e confira a íntegra dos índices.
Fonte: Agência CNT.