Desde novembro do ano passado, o período de tolerância nos agendamentos de cargas no Porto de Santos sofreu diversas alterações e ficou cada vez menor.
A mudança trouxe diversos prejuízos aos transportadores e motoristas autônomos, que participaram de uma reunião na manhã de ontem com os representantes da Autoridade Portuária de Santos (APS) Roberto Paveck e Márcio Kanashiro para apontar os pontos negativos.
Como representante do Sindisan, o transportador James Serra detalhou as dificuldades encontradas para cumprir o horário reduzido. “Tem congestionamento em vários pontos da cidade, o que já aumenta o tempo de trânsito até chegar no terminal. Fora isso, as empresas cobram no-show mesmo que o motorista esteja na fila, mas não consiga entrar no horário. O prejuízo é absurdo”.
Luciano Santos, presidente do Sindicam, também levou queixas à APS. “Ninguém está conseguindo trabalhar com esta redução na tolerância. Nosso maior problema hoje é a falta de espaço na BTP, fazendo com que os motoristas sejam multados”.
Paveck e Kanashiro explicaram o ponto de vista da APS. “Estamos com um sistema de informática em desenvolvimento e fase de testes prestes a ser iniciada, realizado em parceria com a ABTTC. Em breve, a situação deve melhorar”, afirmou Paveck.
A ampliação em uma hora na tolerância do agendamento será avaliada por Paveck. “Entendemos a necessidade e vamos viabilizar a mudança o quanto antes”.
Ainda participaram da reunião, a gerente executiva do Sindisan, Patrícia Santos, e Romero Costa, pelo Sindicam.
Saiba mais:
A redução na tolerância foi determinada pela norma NAP.SUPOP.OPR.011, de 16/09/2022, publicada pela Autoridade Portuária de Santos, que alterou o regramento para os caminhões que acessam o Porto de Santos.
Fonte: Sindisan.