Desde ontem (1º), os motoristas que passam pelos postos de combustível da região podem perceber que os preços da gasolina estão mais altos. É que a Petrobras anunciou um aumento de 3,5% do combustível nas refinarias. Com isso, a estatal estima um reajuste médio de R$ 0,07 no litro.
De acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o valor médio mais alto, na Baixada Santista, está em Cubatão: R$ 4,62.
Este é o terceiro reajuste em 30 dias, acompanhando a elevação internacional do produto – a cotação do barril de petróleo é em dólar. O valor final ao consumidor é acrescido de impostos e da margem de lucro de distribuidoras e de postos.
“Não tem como segurarmos os reajustes, pois é quase automático para nós. Não ficamos felizes de ter esse aumento, pois não lucramos nada a mais com isso. Se o preço fosse reduzido, com certeza, venderíamos muito mais”, comenta Ricardo Rodriguez Lopez, da rede de postos Portal de Santos.
Lopez acredita que, a partir da próxima semana, os consumidores possam ter boas notícias com relação ao preço do etanol. O produto havia tido alta por causa das chuvas, que prejudicaram a colheita de cana-de-açúcar.
“A gente tenta economizar na gasolina, sai menos com o carro, compartilha carona, mas não tem jeito. Quando o preço sobe, a gente vê reflexo disso no mercado, na padaria”, afirma a secretária Márcia Pinho Seixas, de 42 anos.
O especialista em Economia Helio Hallite concorda. “Num País que é ancorado no transporte rodoviário, isso acaba chegando no preço dos alimentos, interferindo em tudo e impactando na inflação anual”.
Hallite estranha que, quando o preço do barril de petróleo cai internacionalmente, isso acaba chegando timidamente às bombas dos postos. “As pessoas questionam o porquê de ele (combustível) não reduzir aqui, e se gera um inconformismo muito grande”. Fonte: A Tribuna.