Na última quarta-feira (23), técnicos da operação da Santos Port Authority (SPA), estiveram em visita nos terminais da Serra Transportes, localizados na Alemoa, em Santos.
A visita foi resultado de um compromisso assumido por Roberto Paveck, da área de Planejamento Logístico da SPA, em reunião com empresários do transporte, realizada no Sindisan no dia 31 de outubro. Na oportunidade, os transportadores puderam apresentar suas considerações acerca do primeiro mês da fase de teste dos novos prazos de agendamentos no Porto de Santos.
O objetivo da visita foi mostrar à Autoridade Portuária as dificuldades enfrentadas pelos transportadores no cumprimento das janelas de agendamento, principalmente de exportação. De acordo com o proprietário da empresa associada do Sindisan, James Pegini Serra, essa ação da equipe da SPA foi muito importante para avaliação do cenário logístico local. “Eles puderam conhecer as dificuldades que enfrentamos no nosso cotidiano e, assim, saberem até que ponto poderão atender às reivindicações dos terminais de zona primária, sem prejudicar ainda mais os terminais redex, transportadores e demais usuários dos operadores portuários, diz Serra.
Além dos assuntos relativos ao processo de agendamento, na oportunidade, também, foram abordadas outras situações que impactam na operação, como os problemas estruturais das vias de acesso aos terminais, principalmente na região da Alemoa; gargalos do trânsito local que são agravados quando há registros de acidentes e/ou problemas mecânicos de veículos.
Para o empresário a redução das duas horas na tolerância da janela de agendamento será outro fator que impactará ainda mais as operações. Além disso, comentou sobre a necessidade de ampliação do tempo para abertura dos gates, observando que “precisamos de pelo menos cinco dias corridos, desde a abertura do gate dos navios e o dead-line de cargas dos mesmos, para podermos entregar os contêineres de exportação com mais calma e menos erros”, afirmou Serra. Atualmente, esse prazo, em alguns casos, tem sido de até menos de dois dias corridos.
E, nesse sentido, o Sindisan vem atuando junto à SPA, indicando às autoridades competentes a necessidade de regulamentar o prazo de pré-stacking praticados pelos armadores. “Acreditamos que somente dessa forma, a cadeia logística conseguirá otimizar suas operações, e consequentemente, reduzir os impactos financeiros que estão comprometendo cada dia mais a rotina das empresas de transporte”, destaca André Luís Neiva, presidente do Sindisan.
Fonte: Sindisan