O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (8) a medida Provisória que garante a isenção de pedágio em todo o território nacional para o eixo suspenso dos caminhões que viajem sem carga. A MP 833/2018 foi uma das iniciativas do governo federal para solucionar a greve dos caminhoneiros, que paralisou o país no mês de maio.Segundo o texto aprovado, os caminhões que passarem pelas praças de pedágio com um ou mais eixos suspensos serão considerados descarregados e terão direito à isenção correspondente. A regra já era prevista na Lei 13.103, de 2015, que rege o exercício da profissão de motorista, mas era aplicada apenas às rodovias federais. Com o novo texto, ela passa a valer também para vias estaduais, distritais e municipais.As autoridades de trânsito de cada unidade da federação devem se encarregar de regulamentar a fiscalização dos veículos que fizerem jus à isenção. Caminhões carregados que suspenderem indevidamente os seus eixos adicionais poderão ser enquadrados na infração de evasão de pedágio, que é considerada grave pelo Código de Trânsito Brasileiro.O relator da medida Provisória no Congresso foi o senador José Agripino (DEM-RN). Ele acrescentou ao texto uma regra restringindo o aumento do pedágio para os demais usuários como forma de compensar a isenção aos caminhões, nos casos de rodovias concedidas. Será preciso, primeiro, esgotar todas as opções de reequilíbrio financeiro dos contratos. Somente depois disso é que será possível subir os preços.Agripino também rejeitou todas as demais emendas apresentadas, observando que eram acréscimos desnecessários ou inconvenientes . Ele pediu aos senadores que ratificassem a medida Provisória, ressaltando que ela foi essencial para dar fim à greve dos caminhoneiros.- A pacificação foi feita. O texto é um reclamo dos caminhoneiros e um compromisso do governo. Ele foi parte do entendimento para encerrar um processo que causou gravíssimos prejuízos à economia brasileira e que não poderá em hipótese alguma se repetir.O presidente do Senado, Eunício Oliveira, destacou que atuou como avalista do acordo que resultou na isenção dos eixos suspensos. Para ele, a medida é justa com os caminhoneiros.Como a MP 833 teve alterações na análise pelo Congresso, o novo texto segue agora para a sanção presidencial. Fonte: Agência Senado.
Autor: SINDISAN
IBGE reduz em 5,7% previsão de safra para este ano
A safra de cereais, leguminosas e oleaginosas do país deve fechar o ano com 226,8 milhões de toneladas, 5,7% abaixo da produção de 2017, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de julho deste ano, divulgado hoje (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).A previsão da pesquisA de julho é 0,5% (1,1 milhão de toneladas) a menos do que estimativa a anterior, feita em junho pelo IBGE. A queda de junho para julho foi provocada por previsões menos otimistas para as safras de milho (-1%), arroz (-0,2%), trigo (-4,1%), feijáo (-3,4%) e sorgo (-2,5%).A previsão para a soja teve leve aumento em relação a junho (0,1%). A melhora da estimativa do algodáo, de 1,3%, também contribuiu para evitar queda maior da previsão da safra de cereais, leguminosas e oleaginosas.Na comparação com 2017, das três principais lavouras de gráos do país, apenas a soja deverá fechar o ano com alta em relação a 2017 (1,2%). As outras duas deverão ter queda: milho (-16,7%) e arroz (-7,3%).Outros produtosProdutos que não entram no cálculo da safra de cereais, leguminosas e oleaginosas mas que têm peso importante na agricultura brasileira também são analisados pela pesquisa do IBGE.A cana-de-açúcar é o principal deles, já que é o maior produto agrícola do país em volume. Para a cana, é esperada uma safra 0,4% maior do que a de 2017. A projeção é, no entanto, 0,1% menor do que a feita em junho.O café também deverá ter alta em relação a 2017, de 23,6%, um resultado também 0,1% menor do que o previsto na pesquisA de junho. Outro produto com esse comportamento é o tomate, cuja produção prevista em de julho é 2,1% do que A de junho e que, portanto, deverá ter aumento de apenas 1,4% em relação a 2017.Os demais produtos com produção maior do que 1 milhão de toneladas deverão ter queda em relação a 2017. A uva manteve a mesma projeção de junho, com queda estimada de 17,5% em relação ao ano passado.Os outros com estimativa de queda em relação a 2017 também tiveram recuo na previsão de junho para julho: laranja (-0,3% em relação a junho e -8,7% na comparação com 2017), banana (-1,2% em relação a junho e -6,2% na comparação com 2017), mandioca (-3,6% em relação a junho e -3,2% na comparação com 2017) e batata-inglesa (-0,2% em relação a junho e -11,2% na comparação com 2017). Fonte: Agência Brasil.
Câmara aprova MP que obriga Conab a contratar percentual mínimo de transportadores Autônomos
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou ontem (7) a Medida Provisória 831/18, que determina à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) contratar um mínimo de 30% dos serviços de transporte de gráos com cooperativas e associações de transportadores Autônomos. A matéria será enviada ao Senado.Essa regra foi uma das reivindicações do setor nas negociações para acabar com a greve ocorrida no fim de maio deste ano.O texto foi aprovado na forma do projeto de lei de conversão apresentado pelo senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), que retirou a possibilidade de contratação de sindicatos de transportadores Autônomos. Para o relator, a contratação de sindicatos para uma função que não é a principal deles seria inconstitucional.A Conab utiliza as transportadoras para movimentar gráos pelo País e garantir o abastecimento de todas as regiões com os estoques reguladores. Os serviços de transporte são contratados por leiláo eletrônico.Mínimo ou máximoA MP original previa a contratação de um máximo de 30% dos serviços de transporte com essa reserva de mercado, mas um acordo entre a categoria e a Casa Civil da Presidência da República em data posterior ao envio da MP para o Congresso mudou para contratação mínima de 30%.O texto estipula ainda que o preço contratado não deverá ser maior que o praticado nas tabelas referenciais utilizadas pela Conab e permite à companhia contratar de outra forma se a oferta de serviço de transporte de cargas por essas entidades não for suficiente para suprir sua demanda.O contratado terá de atender também aos requisitos estabelecidos no regulamento para transportes da Conab.Três anosOutra mudança no projeto de lei de conversão retirou a condição de que as associações de transportadores Autônomos de cargas constituídas nos termos do Código Civil (Lei 10.406/02) tivessem, no mínimo, três anos de funcionamento para participar da contratação. Fonte: Agência Câmara Notícias.
Receita abre consulta ao terceiro lote de restituição
A Receita Federal abriu nesta quarta-feira (8), às 9 horas, consulta ao terceiro lote de restituição do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2018. O crédito será feito no dia 15 de agosto para mais de 2,8 milhões de contribuintes e o lote inclui restituições residuais dos exercícios de 2008 a 2017.Neste lote, o valor das restituições chega a R$ 3,6 bilhões. Desse total, R$ 342,9 milhões serão destinados a contribuintes com prioridade: 5.493 idosos acima de 80 anos, 43.345 entre 60 e 79 anos, 7.913 com alguma deficiência física, mental ou moléstia grave e 77.492 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério.Para saber se teve a declaração liberada, o contribuinte deve acessar a página da Receita na internet (www.receita.fazenda.gov.br), ou ligar para o Receitafone, número 146. Na consulta à página da Receita, serviço e-CAC, é possível verificar o extrato da declaração e ver se há inconsistências de dados identificadas pelo processamento. Nessa hipótese, o contribuinte pode fazer a autorregularização, mediante entrega de declaração retificadora.A Receita disponibiliza ainda aplicativos para ts e smartphones para consulta à declaração e à situação cadastral no CPF. Com eles, é possível verificar diretamente nas bases da Receita Federal informações sobre a liberação das restituições e a situação cadastral de uma inscrição no CPF.A restituição ficará disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não fizer o resgate nesse prazo, deverá fazer requerimento por meio da Internet, mediante o Formulário Eletrônico – Pedido de Pagamento de Restituição, ou diretamente no e-CAC, no serviço Extrato do Processamento da declaração do IR.Caso o valor não seja creditado, o contribuinte poderá contatar pessoalmente qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para a Central de Atendimento, por meio do telefone 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos) para agendar o crédito em conta corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer banco. Leia mais em: http://www.atribuna.com.br/noticias/noticias-detalhe/economia/receita-abre-consulta-ao-terceiro-lote-de-restituicao-do-ir-2018/?cHash=86b6030fc3896aad53e1d8d036ebe23A
Prazo para pedir 2ª via do título de eleitor fora do domicílio eleitoral termina nesta quarta-feira
O prazo para quem estiver fora do domícilio eleitoral solicitar segunda via do título de eleitor termina nesta quarta-feira (8) em todo o país, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O documento pode ser pedido em caso de roubo, perda ou más condições da primeira via.A requisição pode ser feita em qualquer cartório eleitoral e é necessário informar se o documento será recebido na zona eleitoral original ou na cidade em que o pedido está sendo feito.No caso de inutilização é necessário apresentar a primeira via do título. Já em situações de perda ou roubo e furto, o requerimento é encaminhado ao juiz, que tem um prazo de cinco dias para deferir o pedido. necessário, para o procedimento, apresentar um documento de identificação original com foto, como RG, Carteira de Trabalho e Previdência Social, carteira emitida pelos órgáos criados por lei federal, controladores do exercício profissional (OAB, CRM, CREA etc) ou Carteira Nacional de Habilitação.Para eleitores que estão em seu domicílio eleitoral e querem tirar a segunda via, o prazo se estende até 10 dias antes da eleição, ou seja, até 27 de setembro.O eleitor deve estar quite com a Justiça Eleitoral, ou seja, não poderá ter débitos por ausência às urnas ou aos trabalhos eleitorais. A situação pode ser conferida no site do TSE (www.tse.jus.br).Além disso, o solicitante não pode possuir condenação criminal com a pena não cumprida ou ter condenação por improbidade administrativa cuja pena de suspensão de direitos políticos não tenha sido cumprida. Também é proibido fazer o pedido se estiver cumprindo ou não tiver prestado o serviço militar obrigatório. Fonte: Globo.com
Após disparar com greve dos caminhoneiros, inflação oficial desacelera e fica em 0,33% em julho
O índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, ficou em 0,33% em julho, quase 1 ponto percentual abaixo do registrado no mês anterior, quando a taxa disparou 1,26% em meio à alta de preços provocada pela greve dos caminhoneiros, divulgou nesta quarta-feira (8) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).IPCA em julho:Taxa no mês: 0,33%Acumulado no ano: 2,94%Acumulado em 12 meses: 4,48%No acumulado em 12 meses, o índice ficou em 4,48%, acima dos 4,39% dos 12 meses imediatamente anteriores, mas ainda dentro da meta central do Banco Central, que é de 4,5% para o ano. No acumulado nos 7 primeiros meses do ano, a alta é de 2,94%.Apesar da desaceleração, o resultado do IPCA veio um pouco acima do esperado. Pesquisa da Reuters apontou que a expectativa de analistas era de alta de 0,27% em julho, acumulando em 12 meses avanço de 4,40%. Fonte: G1.
Diesel terá ajuste de preço uma vez por mês até dezembro
Até o fim do mês, o preço do diesel ficará congelado em R$ 2,0316 na Petrobras. Mas, a partir do dia 31, volta a acompanhar os valores internacionais. O governo prevê cinco ajustes (para mais ou para menos) até o fim do ano, um por mês.As flutuações vão acontecer a cada 30 dias, com base no preço de referência de petróleo calculado pela Agência Nacional de Petróleo e Biocombustíveis (ANP).O diesel continuará com desconto de R$ 0,30 no valor de venda por refinarias e importadores, conforme acordo que p ôs fim à greve dos caminhoneiros (21 a 31 de maio). A cada 30 dias, o governo transfere recursos do Tesouro para essas empresas a título de ressarcimento desta subvenção.Além dos R$ 0,30, o governo se comprometeu com os caminhoneiros a reduzir em R$ 0,16 a carga tributária federal sobre o diesel, totalizando R$ 0,46 de desconto.Caso a nova regra que volta a acompanhar os preços internacionais já estivesse valendo, o litro do diesel nas refinarias poderia ter caído R$ 0,10 neste mês.O mercado estima que a subvenção ao diesel já tenha custado R$ 1,8 bilhão aos cofres públicos. O programa prevê gasto de, no máximo, R$ 9,5 bilhões. Ao atingir 95% deste valor, ele será encerrado antecipadamente. A data-limite é 31 de dezembro e, devido ao alto custo, o programa não deve ser renovado em 2019.A comissão mista do Congresso que analisa a MP 838/18, que criou o programa, promove audiência pública interativa nesta terça-feira (7), a partir das 14 horas para discutir o assunto.TABELA DE FRETE &; O fim do congelamento do preço do diesel preocupa menos os caminhoneiros que uma possível suspensão da tabela de frete, outra conquista da greve. Criada por meio de uma medida Provisória, ela foi aprovada no Congresso e aguarda sanção presidencial. Nossas preocupações estão concentradas no dia 28 de agosto , afirma o presidente do Sindicam (Sindicato dos Caminhoneiros) em Londrina, Carlos Roberto Dellarosa. Ele se refere à audiência pública que será realizada neste dia pelo ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), para discutir a tabela.Fux é relator de ao menos três Adins (ações diretas de inconstitucionalidade) movidas pelos usuários de transporte do agronegócio e da indústria para derrubar a tabela. O receio de Dellarosa é que, após a audiência, o ministro conceda liminares suspendendo a medida. Nossa preocupação com a manutenção da tabela de frete mínimo é tanta que confesso não ter tido tempo de analisar o decreto que estabelece o reajuste do diesel , diz o presidente do Sindicam em São Paulo, Norival Almeida Silva. Fonte: Carga Pesada.
Valor de imóvel financiado com FGTS passa para R$ 1,5 milhão
Os mutuários voltaráo a poder financiar imóveis de valor mais alto com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O Conselho Monetário Nacional (CMN) elevou para R$ 1,5 milhão o teto de valor das unidades que podem ser adquiridas por meio do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que empresta dinheiro com recursos do FGTS com juros menores que as taxas de mercado.O novo teto vai beneficiar todas as regiões do país e valerá para o financiamento de imóveis residenciais novos contratados a partir de 1 º de janeiro próximo. Concedidos com recursos do FGTS e da poupança, os financiamentos do SFH cobram juros de até 12% ao ano. Acima desses valores, valem as normas do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), com taxas mais altas e definidas livremente pelo mercado.FlexibilizaçãoAlém de elevar o teto dos financiamentos com recursos do Fundo de Garantia, o CMN flexibilizou a parcela que os bancos são obrigados a aplicar em crédito imobiliário. Até agora, os bancos precisavam destinar 65% dos recursos da poupança para o financiamento de imóveis, dos quais 80% (o equivalente a 52% dos depósitos na caderneta) deveriam ser empregados no SFH.Com a decisão de hoje, o sublimite de 80% deixará de vigorar em janeiro. Dessa forma, os bancos poderão usar os recursos da poupança para financiarem imóveis de qualquer valor, a critério de cada instituição. No entanto, os bancos que concederem crédito para imóveis de até R$ 500 mil terão o valor multiplicado por 1,2 para facilitar o cumprimento da exigência de usarem 65% da poupança no financiamento imobiliário.Estímulo à construçãoSegundo o Banco Central (BC), as medidas foram tomadas para estimular a construção civil. Recentemente, entidades do setor reclamaram que a indústria da construção continua a recuar e a enfrentar dificuldades para sair da crise por causa do alto custo dos financiamentos. Esse conjunto de aperfeiçoamentos, ao flexibilizar e simplificar as regras do direcionamento, pretende estimular a entrada de novos operadores e a melhor segmentação de mercado. Espera-se, ainda, uma maior compatibilidade entre a oferta e a demanda de financiamentos, respeitando-se a estrutura e as características de nosso mercado imobiliário. A maior liberdade para contratação pode estimular também o desenvolvimento do mercado de securitização [conversão de papéis] e de títulos com lastro em operações imobiliárias, atraindo novos recursos para o setor , explicou o BC em nota.Teto permanenteEm novembro de 2016, o CMN tinha reajustado o teto de financiamento de imóveis pelo SFH de R$ 650 mil para R$ 800 mil, na maior parte do país, e de R$ 750 mil para R$ 950 mil no Distrito Federal, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Em fevereiro do ano passado, o limite foi reajustado para R$ 1,5 milhão por unidade em todas as regiões do país, valor que vigorou até o fim do ano passado.Em janeiro deste ano, tinham passado a valer o teto anterior, de R$ 950 mil, para quatro unidades da Federação, e de R$ 750 mil no restante do país. Segundo o BC, o valor máximo de R$ 1,5 milhão por imóvel será permanente. Fonte: Agência Brasil.
Brasil fica entre os últimos lugares em ranking de automação de empresas
Depois que um profissional da fábrica da Unilever em Aguaí (SP) coloca um conjunto de 93 latas vazias na esteira, ninguém mais precisa encostar nelas para que caixas de desodorantes cheios e tampados das marcas Dove e Rexona deixem a empresa.Trabalham ali empilhadeiras aut ônomas, que levam caixas com insumos e itens prontos de um lado para o outro, máquinas que sozinhas enchem as garrafas e as tampam em fração de segundo e braços robóticos que fazem o encaixotamento dos itens.Há também um rob ô que, de duas em duas horas, pega itens prontos e verifica características como peso e dimetro.As máquinas registram tudo o que fazem e geram gráficos para que os operadores acompanhem o processo.Equipadas com sensores, elas se comunicam. Ninguém precisa avisar que faltam latinhas na esteira. O sistema faz solicitações de mais suprimentos por conta própria.Braços humanos não são usados nem para abastecer o caminhão que leva os itens para o centro de distribuição da empresa. Caixas com o produto final são empilhadas sobre uma esteira posicionada na frente do veículo e descarregam o conteúdo ali dentro.Ricardo Gomes, diretor da fábrica, diz que ela foi desenvolvida buscando o que há de mais atual em termos de sustentabilidade e tecnologia. Com três anos, é a unidade mais nova da companhia no Brasil. A Unilever tem dez complexos fabris no país.Segundo ele, a automação torna a produção mais eficiente, aumentando a qualidade e reduzindo o desperdício.Em algumas semanas, até o abastecimento da esteira com latas será feito por máquinas.Gomes nega que a adoção de automação diminua o número de trabalhadores. Segundo o executivo, ela permite que eles deixem atividades repetitivas e desconfortáveis e passem a se dedicar a buscar melhorias para a produção ou atuar em outras áreas. Temos de desmistificar a ideia de que a automação impacta a participação de pessoas. Quando a usamos, precisamos do ser humano, mas em áreas estratégicas. A companhia não informa qual o número de profissionais na unidade de Aguaí.Apesar de a robótica estar em crescimento no Brasil, exemplos como o da multinacional ainda são raros no país.Segundo dados da IFR (Federação Internacional de Robótica, na sigla em inglês), o Brasil tem dez rob ôs a cada 10 mil trabalhadores. A média global é de 74.O Brasil fica na 39ª posição em um ranking de 44 países que mais usam a tecnologia. A liderança é da Coreia do Sul, com 631 rob ôs por 10 mil trabalhadores, seguida por Singapura (488) e Alemanha (309).O atraso ameaça a competitividade das empresas brasileiras, segundo Fernando Madani, coordenador do curso de engenharia de controle e automação do Instituto Mauá de Tecnologia. Existe o medo da perda de empregos que a automação traria. Mas, se não formos mais eficientes, vamos perder todos os empregos , diz.Segundo Madani, um desafio para empresas que querem adotar robótica é ter mão de obra especializada para dar manutenção aos sistemas, especialmente no caso de pequenas e médias companhias. Um rob ô não é mais tão caro, é possível comprar muitos deles pelo preço de um carro premium, de R$ 300 mil. Empresas que fornecem rob ôs no Brasil, as estrangeiras ABB e Kuka e a nacional Pollux dizem que, apesar da presença baixa deles no país, a demanda vem em alta. Na crise, os grandes investimentos em linhas automotivas [em que rob ôs são mais adotados] foram menores, mas outros setores estão investindo mais , afirma Daniel Diniz, gerente de marketing e vendas da ABB.Edouard Mekhalian, diretor-geral da Kuka para o Brasil, diz que a demanda por rob ôs cresce cerca de 15% ao ano.Segundo ele, entre os fatores que dificultam o avanço da robótica no Brasil estão o mercado historicamente mais fechado (o que diminuiria a busca por competitividade), as incertezas com relação à política e à economia (que afastam investimentos) e um mercado consumidor que não é acessado por toda a população.José Rizzo, presidente da Pollux, afirma que o avanço do uso de rob ôs na década ficou abaixo de sua expectativa.Ele diz que acreditava que, com o barateamento da tecnologia e o aumento do custo da mão de obra, haveria um crescimento forte a partir de 2014. Porém, como resultado da elevação do desemprego, o interesse por eles não foi o esperado.Como os clientes não estavam dispostos a fazer investimentos, a companhia passou a oferecer rob ôs como serviço, alugando os equipamentos e ficando responsável por sua programação e manutenção. Desde 2017, em vez de o cliente ter de investir R$ 400 mil em um projeto com rob ô, ele passa a ter a opção de pagar R$ 8.000 mensais para usar a tecnologia. Dificilmente iríamos acelerar a adoção no modelo antigo. Agora, de cada dez rob ôs instalados, oito são nesse modelo. Apesar de a iniciativa ter dado bons resultados, ele diz que a situação do país é preocupante: Se não mudarmos nossa realidade, nem em cem anos tiraremos o atraso . Fonte: Folha de S. Paulo.
Anfavea revela os resultados da indústria automobilística em julho
O balanço divulgado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, ontem, 6, em São Paulo, apontou para o licenciamento de 217,5 mil veículos em julho, o que significa um crescimento de 7,7% frente as 202 mil unidades comercializadas em junho deste ano. Quando comparado com as 184,8 mil unidades negociadas em julho de 2017, o balanço mostra acréscimo de 17,7%. Nos sete meses já transcorridos do ano, 1,38 milhão de unidades foram comercializadas, expansão de 14,9% comparado com as 1,20 milhão no ano passado. Para Antonio Megale, presidente da Anfavea, os resultados são muito positivos para o setor automotivo brasileiro: O balanço até julho mostra números muito importantes para a indústria, pois vemos crescimento em todos os segmentos. Mesmo com algum soluço causado pelas paralisações dos transportadores no fim de maio, o setor automobilístico tem apresentado ao longo dos últimos meses dados que comprovam sua retomada, o que é muito positivo para toda economia brasileira . A produção de 245,8 mil unidades em julho resultou em uma baixa de 4,1% ante as 256,3 mil de junho e alta de 9,3% quando analisado com as 224,8 mil de julho de 2017. No acumulado deste ano foram fabricadas 1,68 milhão de unidades, elevação de 13% contra as 1,48 milhão do ano passado. As exportações no mês passado registraram decréscimo de 20,9% foram 51,4 mil unidades em julho e 64,9 mil em junho e de 21,7% ante as 65,6 mil de julho do ano passado. Somente este ano foram enviadas para outros países 430,4 mil unidades, número 2,8% abaixo das 442,5 mil do ano passado. Caminhões e ônibus O licenciamento de 6,6 mil caminhões em julho significou aumento de 15,6% sobre as 5,7 mil de junho e de 45,3% na análise com as 4,5 mil de julho do ano passado. O acumulado segue com registro de crescimento: foram 38,6 mil este ano e 26,0 mil em 2017, elevação de 48,6%. A produção de 8,8 mil unidades em julho representa expansão de 1,7% com relação a junho, com 8,6 mil produtos, e de 23,8% frente aos dados de julho de 2017, quando foram fabricados 7,1 mil. A fabricação acumulada registrou elevação de 35,4% 58,4 mil este ano e 43,1 mil no ano passado. Em julho 2,1 mil unidades foram exportadas, diminuição de 13,4% ante as 2,5 mil unidades de junho e de 22% contra as 2,8 mil de julho do ano passado. De janeiro a julho as exportações acumulam 16,5 mil unidades e estão com leve queda de 0,6% sobre as 16,4 mil do mesmo período de 2017.No segmento de ônibus o licenciamento no último mês ficou em 1,8 mil unidades, alta de 102,9% ante as 909 unidades de junho e de 48,5% frente as 1,2 mil de igual período do ano passado. Nos sete primeiros meses de 2018 foram vendidas 7,4 mil unidades, quantidade 20,8% maior se confrontada com as 6,1 mil do mesmo período em 2017. Os fabricantes produziram em julho 2,8 mil chassis para ônibus baixa de 2,9% contra as 2,9 mil de junho e crescimento de 25,6% ante as 2,3 mil de julho do ano passado. Para o acumulado do ano o segmento contabiliza 17,8 mil unidades, elevação de 45,2% sobre as 12,2 mil do ano passado. As exportações de 2018 somam 5,2 mil unidades, alta de 7,9% na análise com as 4,8 mil unidades do ano passado. Fonte: Anfavea.