SINDISAN promove palestra sobre atualização da NR-01 e impactos na rotina dos trabalhadores

O auditório do SINDISAN foi palco de uma importante palestra sobre a recente atualização da Norma Regulamentadora n.º 01 (NR-01) e os reflexos das mudanças na rotina profissional e no bem-estar dos trabalhadores.

A apresentação foi iniciada pela Perfil Gestão Ocupacional, com a participação do Dr. Charles Ferreira, médico e CEO da empresa, e da engenheira de segurança do trabalho Karoline Nunes. Eles abordaram as principais alterações da norma, destacando os novos procedimentos e responsabilidades que impactam diretamente o dia a dia nas empresas.

Na sequência, a consultora da +SobreVocê, Erica Gonçalves, trouxe reflexões sobre o papel da NR-01 não apenas na segurança do trabalho, mas também em aspectos culturais e comportamentais dentro das organizações. Ela reforçou a importância da atuação conjunta entre o setor de Recursos Humanos e as lideranças para a promoção de ambientes mais seguros e saudáveis.

“O SINDISAN segue sempre em busca de manter as empresas atualizadas e promover a troca de conhecimento. Por isso seguimos realizando eventos para manter nossas associadas por dentro das principais pautas de interesse do setor”, Gerente Executiva, Patricia Santos.

Reunindo colaboradores na maior parte das áreas de recursos humanos e segurança do trabalho, a iniciativa buscou fortalecer o debate sobre as boas práticas no ambiente profissional.

O evento contou com o apoio da +SobreVocê, Perfil Gestão Ocupacional e Transpocred.

Fonte: Sindisan

Levantamento da ABTLP mostra alta nas ocorrências em 2024, com média de três registros por dia e impactos ambientais relevantes

O transporte rodoviário de produtos perigosos no estado de São Paulo registrou 1.033 ocorrências em 2024, o que representa um aumento de 19,8% em relação aos anos anteriores. Os dados constam no Relatório Anual de Ocorrências da Associação Brasileira de Transporte e Logística de Produtos Perigosos (ABTLP), divulgado nesta semana. O documento reúne informações sobre acidentes e incidentes com cargas químicas, inflamáveis e outros materiais classificados como perigosos.

Do total, foram contabilizados 490 acidentes e 543 incidentes, com uma média de quase três registros por dia. Julho foi o mês com mais ocorrências (103) e outubro, o de menor volume (65). O pico de registros se concentrou no período entre 14h e 16 horas.

Apesar do aumento expressivo nas ocorrências, o número de vítimas fatais caiu significativamente: foram 20 mortes em 2024, ante 30 nos dois anos anteriores e 34 em 2021 — uma redução de 33%. Ainda assim, o total de vítimas, somando mortos e feridos, chegou a 1.094 pessoas.

“Mesmo com a elevação no número de registros, a queda nas fatalidades mostra que as medidas de segurança e resposta a emergências estão evoluindo. Ainda assim, cada ocorrência deve ser tratada como base para prevenção mais eficiente”, afirma Oswaldo Caixeta, presidente da ABTLP.

O levantamento é baseado em dados do Comando de Policiamento Rodoviário, da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP), da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) e do serviço PRO-QUÍMICA.

Raposo Tavares e Castello Branco

As rodovias Raposo Tavares, Washington Luís e Presidente Castello Branco lideram os índices de ocorrências, e o transporte a granel foi o tipo de carga mais envolvido, com 855 registros. Entre as substâncias, combustíveis como óleo diesel, etanol, GLP e gasolina foram os mais presentes nos casos registrados.

Em relação ao impacto ambiental, dos 141 vazamentos computados, 108 provocaram contaminação do solo e do ar, acendendo um sinal de alerta sobre os riscos ambientais ainda existentes na atividade.

“A meta não é apenas reduzir o número de ocorrências, mas garantir que o transporte de produtos perigosos seja um modelo de segurança e responsabilidade”, reforça Caixeta.

As informações do relatório são utilizadas pela Comissão de Estudos e Prevenção de Acidentes no Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos, que atua na formulação de políticas públicas e diretrizes operacionais para o setor.

Fonte: NTC&LOGÍSTCIA

Comunicado Oficial – RNTRC | Vale-Pedágio Obrigatório (VPO)

Tem circulado a informação de que, a partir de 24 de abril de 2025, a Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT exigirá do transportador estar em dia junto ao RNTRC (Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas) para o recebimento do Vale-Pedágio Obrigatório (VPO) junto às Fornecedoras de Vale-Pedágio Obrigatório (FVPO) homologadas.

Importante destacar que essa exigência não é uma novidade, já que a Lei nº 11.442, de 5 de janeiro de 2007, que dispõe sobre o transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração, estabelece que o exercício da atividade depende de prévia inscrição no RNTRC da ANTT.

O prazo acima concedido teve como objetivo permitir que as FVPO ajustassem seus sistemas e alinhamentos operacionais junto aos seus clientes, transportadores ou embarcadores, de modo a garantir a conformidade com a nova Resolução nº 6.024/2023, que regulamenta a comprovação antecipada do Vale-Pedágio Obrigatório.

Em face dessa adequação, cabe às empresas transportadoras alinhar seus sistemas ao novo layout do Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e), previsto no Manual de Orientação ao Contribuinte – MOC.

Portanto, a partir de 24/04/2025:

§ Será exigido que o Vale-Pedágio esteja comprovadamente antecipado por meio de TAG homologada, conforme prevê a Resolução 6.024/2023;

§ Transportadores com RNTRC vencido ou irregular estarão sujeitos a penalidades e impedimentos nas operações;

§ Embarcadores e contratantes devem assegurar o cumprimento das obrigações legais, sob risco de autuações.

A NTC&Logística reforça seu compromisso com o transporte de cargas e conta com a colaboração de todos os envolvidos na cadeia logística para garantir o cumprimento das normas e o fortalecimento do setor.

Fonte: A NTC&Logística

STF suspende processos em todo o país sobre licitude de contratos de prestação de serviços

Ministro Gilmar Mendes determinou a medida após o Plenário reconhecer, por maioria, repercussão geral sobre a chamada “pejotização”

 

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, determinou a suspensão nacional de todos os processos que tratam da licitude da contratação de trabalhador autônomo ou pessoa jurídica para a prestação de serviços, a chamada “pejotização”.

Esse tipo de contrato é comum em diversos setores, como representação comercial, corretagem de imóveis, advocacia associada, saúde, artes, tecnologia da informação, entregas por motoboys, entre outros.

Na decisão desta segunda-feira (14), o ministro Gilmar Mendes destacou que a controvérsia sobre a legalidade desses contratos tem sobrecarregado o STF diante do elevado número de reclamações contra decisões da Justiça do Trabalho que, em diferentes graus, deixam de aplicar entendimento já firmado pela Corte sobre a matéria.

“O descumprimento sistemático da orientação do Supremo Tribunal Federal pela Justiça do Trabalho tem contribuído para um cenário de grande insegurança jurídica, resultando na multiplicação de demandas que chegam ao STF, transformando-o, na prática, em instância revisora de decisões trabalhistas”, afirmou.

No Recurso Extraordinário com Agravo (ARE) 1532603, o Plenário reconheceu, neste mês, a repercussão geral da matéria (Tema 1389), que envolve não apenas a validade desses contratos, mas também a competência da Justiça do Trabalho para julgar casos de suposta fraude e a definição sobre quem deve arcar com o ônus da prova: o trabalhador ou o contratante.

Com isso, a decisão de mérito que vier a ser proferida pelo STF deverá ser observada por todos os tribunais do país ao julgarem casos semelhantes.

A suspensão permanecerá válida até que o Plenário julgue o mérito do recurso extraordinário.

Caso concreto

No caso discutido no ARE 1532603, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) afastou o reconhecimento do vínculo empregatício entre um corretor e a seguradora, tendo em vista a existência de contrato de prestação de serviços firmado entre eles (contrato de franquia).

Embora o caso concreto discuta contratos de franquia, o relator deixou claro que a discussão não está limitada apenas a esse tipo de contrato. Segundo o ministro Gilmar Mendes, “é fundamental abordar a controvérsia de maneira ampla, considerando todas as modalidades de contratação civil/comercial”, frisou em manifestação no reconhecimento da repercussão geral.

Presidente da Autoridade Portuária visita o SINDISAN e apresenta planos de expansão do Porto de Santos

Na tarde da última quarta-feira (15), o presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini, esteve na sede do SINDISAN para uma conversa com os associados sobre os futuros investimentos e projetos estratégicos voltados ao crescimento do Porto de Santos. A visita reforçou o diálogo entre a entidade e os empresários, promovendo a troca de informações sobre o desenvolvimento do maior porto da América Latina.

Durante o encontro, Pomini apresentou detalhes sobre a proposta de expansão da poligonal do Porto de Santos, projeto que pretende ampliar a área portuária dos atuais 7,8 milhões de m² para mais de 20 milhões de m². Com esse avanço de 162,4% em sua área total, o porto passará a incluir, além de Santos e Guarujá, territórios nos municípios de Cubatão, São Vicente e Bertioga. A medida visa impulsionar novos investimentos logísticos, ampliar a infraestrutura e gerar milhares de empregos diretos e indiretos para a região.

O presidente da APS destacou ainda que o aumento da área portuária será fundamental para otimizar o escoamento da produção nacional, especialmente no setor do Transporte Rodoviário de Cargas (TRC), que terá papel decisivo nesse processo. A proposta está alinhada ao desempenho recorde do porto em 2024, quando foram movimentadas 179,8 milhões de toneladas de cargas — o maior volume da história do complexo portuário, conforme divulgado pela própria APS.

“A aproximação do transportador com a autoridade portuária é fundamental para que possamos acompanhar de perto os projetos em andamento e, inclusive, participar ativamente deste momento tão profícuo para a nossa região”, afirmou a presidente do SINDISAN, Rose Fassina.

A visita de Anderson Pomini ressalta o compromisso do SINDISAN em manter seus associados informados e engajados nas discussões sobre o futuro da atividade portuária, que segue como motor econômico fundamental para a Baixada Santista e todo o país.

 

Fonte: SINDISAN

NTC&Logística apresenta em Brasília sugestões à PRF sobre a fiscalização do descanso do motorista profissional

Nesta quarta-feira, 9 de abril, o presidente da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), Eduardo Rebuzzi, participou de uma reunião, em Brasília–DF, com o coordenador de Policiamento e Fiscalização da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Vitor Fernandes Soares. O encontro teve como objetivo apresentar sugestões para o aperfeiçoamento da fiscalização do descanso do motorista profissional, em conformidade com a Nota Técnica nº 03/2025 da Diretoria de Operações da PRF.

Com o presidente Rebuzzi, estiveram presentes na reunião o vice-presidente do Transporte Rodoviário de Cargas da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Flávio Benatti; o vice-presidente extraordinário para Assuntos Políticos da NTC&Logística, José Hélio Fernandes; o vice-presidente extraordinário de Relações Internacionais, Danilo Guedes, e a assessora de Relações Institucionais, Edmara Claudino.

Durante a reunião, foram salientados pontos fundamentais para garantir mais segurança jurídica e operacional às empresas e aos profissionais do setor. Entre as sugestões relacionadas, constam a aceitação de documentos que comprovem o vínculo empregatício e a validade de acordos ou convenções coletivas que prevejam o fracionamento do intervalo de descanso, além da proposta de um acordo de cooperação técnica entre os ministérios da Justiça e do Trabalho para facilitar o acesso digital, em tempo real, às normas coletivas quando da realização das fiscalizações em vias públicas.

“Nosso compromisso é garantir que a fiscalização das normas relacionadas ao tempo de descanso do motorista profissional ocorra de forma justa, clara e em sintonia com a realidade das empresas e dos trabalhadores. Acreditamos que, por meio do diálogo institucional e da cooperação entre entidades representativas e órgãos públicos, podemos construir soluções que tragam segurança jurídica e operacional para todos que atuam no Transporte Rodoviário de Cargas”, afirmou Eduardo Rebuzzi.

A NTC&Logística segue atuando com responsabilidade e diálogo junto às autoridades, contribuindo de forma propositiva para a construção de um ambiente regulatório mais eficiente e que valorize o setor, em consonância com as particularidades das operações do Transporte Rodoviário de Cargas no país.

Fonte: NTC&Logística

DEICMAR retoma discussão sobre demandas apresentadas pelo SINDISAN

Na última sexta-feira (04/07), a diretoria do SINDISAN participou de uma nova reunião com gestores do terminal Bandeirantes Deicmar. O encontro ocorreu, conforme sugerido pelo presidente do terminal, Washington Flores Júnior, na reunião realizada no dia 27 de março, a fim de mantermos uma atualização sobre as demandas apresentadas pelas transportadoras associadas.

Para o gerente de operações do terminal, Edvandro Sachs, a reunião anterior foi bastante produtiva e está contribuindo para o planejamento de novas ações. O gestor, ainda, destacou uma mudança significativa na rotina da Deicmar e fez um alerta sobre as atividades no mês de abril. “Nos últimos dias notamos uma melhora na operação e, atualmente, estamos com 75% de ocupação. Acredito que trabalharemos bem com os contêineres até 20 de abril, e após essa data estamos prevendo um acúmulo de carga em virtude dos feriados de Páscoa e Tiradentes”, comentou Sachs.

Em seguida pontou sobre os assuntos discutidos na reunião anterior, conforme segue abaixo:

– Apresentação da coordenadora de transporte, Bruna Costa, que ficará responsável pela antecipação ou postergação das janelas. Nesses casos, a Deicmar será responsável por comunicar a informação à transportadora.

– Para tratar sobre antecipação ou postergação de janelas as empresas poderão acionar o terminal, das 08h00 às 17h48, pelo e-mail agendamento.preditivo@band-deicmar.com.br ou pelo telefone (13) 99755-9174, falar com Gabriela ou Mateus.

– Referente à falta de janelas para agendamento de carga solta, o terminal estipulou uma nova quantidade de janelas para contêiner, de acordo com o volume. Havendo a necessidade de prioridade, a equipe já está orientada a ajustar a disponibilidade de acordo com a necessidade. O contato será feito por meio do serviço de atendimento ao cliente do terminal pelo e-mail atendimento.clia@band-deicmar.com.br ou telefone (13) 3131-4500.

– A possibilidade de alteração de motorista e/ou veículo durante a hora do agendamento, está em fase de análise.

– Sobre o upload de documentos, foi informado que o terminal está estudando algumas possibilidades de mudanças com a equipe de TI, a fim de otimizar a comunicação com os motoristas e as empresas. E, nesse sentido, foi solicitado ao SINDISAN que reforçasse a orientação às transportadoras quanto à necessidade dos motoristas levarem impressos todos os protocolos referentes ao agendamento, pois muitos estão esquecendo e isso vem causando mais transtornos à operação.

Durante a reunião, o diretor do SINDISAN, João Manoel Alves Pinto, agradeceu o apoio que o SINDISAN está recebendo dos gestores da Deicmar. Aproveitou e fez algumas considerações sobre o sistema de agendamento de cargas solta, oportunidade em que apresentou algumas ideias que visam otimizar o carregamento desse tipo de carga e que acredita resultar numa diminuição significativa no volume de veículos dentro do terminal. As sugestões foram registradas pela equipe da Deicmar e serão analisadas internamente.

As reuniões continuarão sendo realizadas a fim de atualizar as empresas associadas sobre a mudanças realizadas pelo terminal, bem como, para discutir a eficácia das mesmas ações.

Fonte: SINDISAN

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CNT | SEST SENAT | ITL
Sistema Transporte

Fonte: ITL

Setor de Serviços terá alta generalizada de impostos com a reforma tributária

Como exemplo, o Sescon-SP informa que escritórios de contabilidade enquadrados como SUP, que hoje recolhem o ISS pelo número de profissionais, terão aumento de mais de 300% na carga tributária 

Uma das poucas certezas que se tem com a reformulação dos impostos sobre o consumo é que todas as empresas de serviços, sem exceção, terão aumento da carga tributária em relação ao que pagam atualmente.

A criação do IBS (Imposto sobre Serviços) – que vai substituir o ICMS e ISS – e da CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) – fusão do PIS/Cofins e IPI -, que formam o novo IVA dual, vai aumentar o custo tributário principalmente para as empresas de serviços do lucro presumido, que hoje recolhem 3,65% de PIS/Cofins.

Estudo feito pelo Sescon-SP a pedido do Diário do Comércio mostra, por exemplo, que escritórios de contabilidade enquadrados como SUP (Sociedade Uniprofissional), que hoje recolhem o ISS pelo número de profissionais, terão aumento de mais de 300% na carga tributária.

A elevação ocorre apesar do desconto de 30% na alíquota de referência do IVA dual para prestadores de serviços que exercem atividades intelectuais e científicas, previsto na LC 214. A mesma projeção de aumento da carga de impostos vale para dezenas de profissões regulamentadas, como médicos, advogados, dentistas, engenheiros, arquitetos, entre outras.

Já para as empresas de contabilidade que estão no regime do lucro presumido, com o ISS (Imposto sobre Serviços) por dentro, ou seja, recolhem 5% de ISS para as prefeituras, o aumento será de 71%. O levantamento tem como base uma alíquota de 26,5% de CBS/IBS prevista no texto da LC 214, mas que pode chegar a 28% nas estimativas do governo.

De acordo com o vice-presidente do Sescon-SP, Jorge Segeti, entre 15% a 20% dos escritórios de contabilidade recolhem atualmente impostos pelo lucro presumido cumulativo, com alíquota de 3,65% de PIS/Cofins. A maioria está no Simples Nacional e deve enfrentar outros obstáculos com a reforma tributária, como a perda de competitividade caso não recolha IBS/CBS por fora.

“A reforma tributária praticamente acaba com o regime de lucro presumido cumulativo para o PIS/Cofins”, diz Segeti, que prevê elevação no preço dos serviços de contabilidade, principalmente para as pequenas empresas e as pessoas físicas.

Além da necessidade de repasse de custos para o preço do serviço, a complexidade da fase de transição da reforma tributária, em que as empresas deverão recolher e apurar os atuais e os novos impostos, também vai contribuir para a elevação do preço dos serviços de contabilidade.

“São regimes completamente diferentes e os escritórios de contabilidade deverão lidar com a complexidade atual e a apuração do IBS e da CBS”, explica.

Serviços intensivos de mão de obra

O economista Luiz Carlos Silva, que conduziu um estudo da Cebrasse (Central Brasileira do Setor de Serviços) para avaliar os impactos da reforma tributária, explica que a CBS e o IBS favorecem segmentos produtivos com elevado volume de insumos, como a indústria, em detrimento de setores que têm o trabalho como o principal fator de produção e, portanto, não geram créditos tributários.

“Quanto menor o volume de insumos a serem usados para reduzir a alíquota de referência dos novos tributos, maior o aumento da carga tributária”, explica o economista. Empresas de segurança e vigilância, por exemplo, cujos insumos representam 20% da receita operacional, estão entre as mais prejudicadas. Esses segmentos não foram incluídos no regime diferenciado de 30% de desconto na alíquota de referência do IBS/CBS.

Prestadores de serviços das áreas de limpeza, que só poderão usar entre 25% a 26% de insumos, também terão aumento significativo da carga tributária. Já no setor de transportes, que trabalha com um volume de insumos entre 40% e 45%, o impacto será menor.

O estudo aponta que a reforma tributária vai aumentar significativamente a carga tributária e os preços do setor de serviços e deve comprimir as margens operacionais das empresas.

Em uma simulação realizada antes da aprovação da LC 214, o levantamento apontou que, para uma CSB/IBS com alíquotas estimadas entre 25% e 30%, os aumentos de preços ficariam entre 14,19% e 18,76% para as empresas de serviços que recolhem atualmente 3,65% de PIS/Cofins e 5% de ISS.

Proposta recente

Para minimizar os impactos da criação da CBS e do IBS para o setor de serviços, o senador Laércio Oliveira (PP/SE) apresentou recentemente o Projeto de Lei Complementar (PLP) 63/2025, que propõe a alteração da LC 214 para instituir um crédito presumido destes impostos de 60% da alíquota padrão para as empresas de serviços.

De acordo com o texto, as empresas do setor de serviços terão direito ao crédito presumido, que será calculado com base em 60% da alíquota padrão da CBS sobre o valor faturado, registrado em documento fiscal.

O valor poderá ser compensado com débitos de tributos administrados pela Receita Federal. As empresas que poderão se beneficiar da medida deverão seguir os critérios baseados na Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) e na receita da empresa. Para usar o benefício, 75% da arrecadação da empresa deve ser decorrente da prestação de serviços.

Fonte: Diário do Comércio por Assessoria Jurídica Tributária da FETCESP / Foto: Divulgação

Vitória do setor: Câmara rejeita projeto que proibia uso de pneus recapados em ônibus e caminhões

O setor transportador conquistou uma importante vitória na Câmara dos Deputados, nessa quarta-feira (2), com a rejeição pela CVT (Comissão de Viação e Transportes) do Projeto de Lei nº 3.569/2024, que pretendia proibir o uso de pneus recapados (ou ressolados) em ônibus e caminhões que circulam em rodovias federais e estaduais.

A proposta, de autoria do deputado Capitão Augusto (PL/SP), contrariava uma prática amplamente consolidada e sustentável no setor: a recapagem de pneus, certificada pelo INMETRO e essencial para a redução de custos, o estímulo à economia circular e a preservação ambiental.

O Sistema Transporte, por meio da CNT (Confederação Nacional do Transporte), atuou ativamente, junto ao relator da matéria, deputado Antonio Carlos Rodrigues (PL/SP), e aos demais membros da Comissão, destacando os impactos negativos do projeto para as empresas de transporte e para o meio ambiente. A substituição obrigatória dos pneus recapados por novos poderia elevar em até 30% os custos operacionais, com reflexo direto no valor do frete e nas tarifas do transporte público.

A recapagem é um processo industrial seguro e regulado, que substitui apenas a banda de rodagem desgastada, prolongando a vida útil do pneu. Além disso, o setor de reforma de pneus é responsável por mais de 7 mil empregos diretos no Brasil e contribui significativamente para a redução de resíduos sólidos, já que um pneu pode levar mais de 600 anos para se decompor na natureza.

A CNT reitera seu compromisso com a segurança viária e defende o uso exclusivo de pneus certificados pelo INMETRO, sejam novos ou recapados. Com a rejeição do projeto em sua única Comissão de mérito, a proposta deve ser arquivada, representando uma vitória para a racionalidade técnica, a sustentabilidade e a competitividade do transporte brasileiro.

Fonte: Agência CNT