Subsídio de combustíveis custaria R$ 30 bi ao Tesouro até o fim do ano

Subsidiar o preço do diesel, da gasolina e do gás de cozinha para evitar que os reajustes da Petrobrás sejam repassados totalmente à  população custaria R$30 bilhões ao Tesouro Nacional até o fim do ano, segundo interlocutores do presidente Michel Temer. Esse é um desejo de parte do governo, que teme que a insatisfação popular não acabe mesmo com o desconto no preço do diesel, que atendeu à  reivindicação dos caminhoneiros. A ideia em estudo por uma ala do governo é criar um colchão tributário para amortecer aumentos elevados no preço dos combustíveis diante de altas expressivas do barril de petróleo e do dólar. Seria algo semelhante ao que foi feito com o diesel: os reajustes passaram a ser mensais e a Petrobrás deixou de repassar ao consumidor todo o aumento. A diferença para não prejudicar a estatal é coberta pela União. Segundo fontes do Palácio do Planalto, no entanto, não há espaço para cobrir essas despesas remanejando recursos do Orçamento.  Do total de R$ 30 bilhões, R$ 13,5 bilhões devem cobrir os subsídios do diesel. Para compensá-los, o governo aumentou o número de setores que voltaram a pagar imposto sobre a Folha de pagamento, quase extinguiu incentivos fiscais a exportadores e reduziu benefícios tributários à  indústria química e de bebidas.  Para diminuir o preço da gasolina, seriam necessários outros R$ 13 bilhões. O gás mais barato consumiria R$ 4 bilhões dos cofres públicos.  O ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, defende abertamente esse seguro e foi responsável por criar um grupo de trabalho para a criação de uma política de amortecimento dos preços dos combustíveis ao consumidor . A primeira reunião do grupo foi feita sexta-feira, quando Pedro Parente pediu demissão do comando da estatal depois de sofrer pressão para alterar a política de preços da companhia.  O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, admitiu que poderá haver mudanças na periodicidade de repasse para os usuários do preço dos combustíveis. Reiterou, no entanto, que não haverá mudança na política de preços da Petrobras. A política de preços da Petrobrás está preservada e não se mexe , disse Padilha.Segundo Padilha, o grupo de trabalho tem de encontrar uma solução para a maneira como o repasse será feito para o consumidor, sem que a política de preços dos combustíveis seja alterada, respeitando os parâmetros do preço internacional e do dólar.  O Estado apurou que toda essa discussão sobre mudança da periodicidade de cobrança do preço dos combustíveis está incomodando muito o governo, por conta do impacto que ela tem no mercado. Nesta segunda-feira, 04, havia previsão de uma reunião para tratar do assunto, mas a nova orientação é discutir o tema sem gerar turbulências e a mensagem de ingerência política na Petrobras. A discussão é tratada como inevitável porque, de acordo com assessores palacianos, não dá para os reajustes serem diários. Nesta segunda, na reunião de avaliação no Planalto, o governo reconheceu que a crise foi muito grave e, apesar de ela estar equacionada, há uma tensão no ar que temem poderia explodir a qualquer momento. Por isso, a iniciativa do estudo, para que haja uma antecipação às novas pressões, agora pela população em geral, contra os reajustes diários da gasolina. Há uma insatisfação também com o preço do gás, que continua alto para os consumidores, apesar de estatal ter mudado os reajustes para de três em três meses.De acordo com dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), as distribuidoras são as principais responsáveis pela falta de repasses. Com dois cortes promovidos pela Petrobras neste ano, o preço do produto nas refinarias acumula queda de 9,2% no ano. Nesse período, porém, o preço médio do botijáo de 13 quilos ficou praticamente estável, com queda de apenas 0,3%. O preço médio do botijáo, segundo a agência, é de R$ 66,87. Fonte: Estadão.

Comunicado NTC sobre a Tabela de Frete Mínimo

Em reunião realizada sábado, dia 2, no prédio da NTC&Logística, para a análise da Tabela de Frete Mínimo, já divulgada pela ANTT (Res. n º 5.820, de 30 de maio de 2018), decidiu-se orientar as empresas do setor de transporte rodoviário de cargas a cumprir o que determina a Lei representada pela MP n º 832, publicada no dia no D. O.U, do dia 27/05/18.  A Lei está em vigor e deve ser cumprida, cabendo às empresas adequar as suas tarifas para dar cumprimento à  Tabela.O vice-presidente do Sindisan, Vicente Aparicio Y Moncho, esteve presente à  programação.  Diversas dúvidas foram suscitadas sobre a aplicação da Tabela e serão encaminhadas para a ANTT para os devidos esclarecimentos.A íntegra da Resolução pode ser conferida no link abaixo: http://sindisan.com.br/ckfinder/userfiles/files/RESOLUCAO_ANTT_n_5820_de_30_de_maio_de_2018_.pdf Fonte: NTC/ Sindisan.

Prefeitura de SP suspende restrição a caminhões nesta semana

o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, anunciou nesta segunda-feira (4) que as restrições de circulação de caminhões estão suspensas no município nesta semana. A medida visa a intensificar o reabastecimento de alimentos e outros insumos após a paralisação dos caminhoneiros.  A cidade proíbe, normalmente, o trânsito de caminhões das 5h às 21h de segunda a sexta-feira, e aos sábados das 10h às 14h, no minianel viário e em todo o centro expandido. Com a liberação, os caminhões poderão circular nessas regiões durante esses períodos, o que pode aumentar o congestionamento.   A gente avaliou, mas a questão do trânsito é um mal menor em relação ao problema de falta de abastecimento que a cidade ainda passa. Tenho certeza de que a gente vai aguentar mais essa semana, a CET [Companhia de Engenharia de Tráfego] vai fazer um esforço para orientar melhor. Mas é um mal necessário , declarou o prefeito.  O cancelamento das restrições vale até sábado (9). A autorização para a circulação de caminhões de combustíveis e derivados, com até três eixos traseiros, está mantida em horário integral para os próximos 60 dias. O rodízio de veículos de passeio voltou a valer a partir desta segunda-feira (4). Fonte: Setcesp.

ANTT autoriza alteração tarifária da Ecoponte

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou, no Diário Oficial da União (DOU) de hoje (4/6), a Deliberação n º 304, que autoriza a alteração de tarifa do trecho da Ponte Presidente Costa e Silva na BR- 101/RJ, sob responsabilidade da Ecoponte (Concessionária Ponte Rio Niterói S/A). Os novos valores entram em vigor à  zero hora do dia 5/6.A tarifa reajustada para veículos da categoria 1 passa de R$ 4,10 para R$ 4,30 na praça de pedágio do trecho.Entre os fatores que impactaram a tarifa está a variação do IPCA, que foi de 2,61% no período.Revisões e reajustesA ANTT, por força de lei, realiza anualmente o reajuste e a revisão das tarifas de pedágio das rodovias federais concedidas. Essas alterações tarifárias são aplicadas no aniversário do início da cobrança de pedágio.As alterações de tarifa da Concessionária são calculadas a partir da combinação de três itens previstos em contrato:Reajuste: tem por intuito a correção monetária dos valores da tarifa e leva em consideração a variação do índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Acontece uma vez ao ano, sempre no aniversário do início da cobrança de pedágio.Revisão: visa recompor o equilíbrio econômico-financeiro celebrado no contrato de concessão.Nas revisões ordinárias, são feitas as compensações na tarifa de pedágio por descumprimentos ou postergação de cláusulas contratuais, caso existam. Neste caso, pode haver, inclusive, decréscimo na tarifa básica, caso a fiscalização da ANTT verifique que a concessionária deixou de cumprir alguma obrigação prevista para aquele ano. Assim como o reajuste, a revisão ordinária acontece uma vez ao ano, sempre no aniversário do início da cobrança de pedágio.As revisões extraordinárias podem ocorrer a qualquer tempo e abrigam os fatores de desequilíbrios derivados da inclusão de novas obrigações, não previstas inicialmente no contrato, a exemplo de inclusão de novas obras.Arredondamento tarifário: tem por finalidade facilitar a fluidez do tráfego nas praças de pedágio e prevê que as tarifas devem ser múltiplas de R$ 0,10. Os efeitos econômicos do arredondamento são sempre compensados no processo de revisão subsequente. Ou seja, se neste ano a tarifa foi arredondada para cima, no próximo, o arredondamento será decrescente.ConcessãoCom 13,2 quilômetros de extensão, o trecho que engloba a ponte Rio-Niterói (RJ) foi concedido para iniciativa privada com o objetivo de exploração da infraestrutura, em 1 º de junho de 2015, pelo período de 30 anos. A licitação fez parte da 3ª etapa do programa de concessões rodoviárias. Fonte: ANTT.

Técnicos voltam a discutir amortecimento de preços dos combustíveis

Técnicos dos ministérios de Minas e Energia (MME) e da Fazenda reúnem-se hoje (4) para discutir a criação de uma política de amortecimento de preços dos combustíveis que chegue ao bolso do consumidor. Esta é a segunda reunião do grupo de trabalho criado para esse fim. A discussão inclui derivados do petróleo, como a gasolina.  O acordo firmado com os caminhoneiros para o fim do movimento grevista define a redução de R$ 0,46 no preço do diesel. Agora, a intenção é incluir também na discussão os demais combustíveis, criando um mecanismo que proteja o consumidor da volatilidade dos preços finais.Segundo o MME, o grupo vai convidar especialistas no assunto para ajudar a buscar uma solução que permita, por um lado, a continuidade da prática de preços livres ao produtor e importador e, por outro, o amortecimento dos preços ao consumidor. A primeira foi na última sexta-feira (1 º), com técnicos da Agência Nacional do Petróleo (ANP).Política de preçosDesde 2016, a Petrobras segue uma política de variação do preço dos combustíveis que acompanha a valorização do dólar e o encarecimento do petróleo no mercado internacional. Em nota, o MME diz que a política de liberdade de preços da Petrobras, assim como das demais empresas de petróleo que atuam no país, é uma política de governo. A Petrobras teve e tem total autonomia para definir sua própria política de preços .Com os reajustes, no início de maio, a Petrobras anunciou um crescimento do lucro líquido de 56,5% no primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo R$ 6,96 bilhões. O crescimento expressivo surge depois de quatro anos seguidos de prejuízos e de um processo de reestruturação e de redução do endividamento da companhia, que teve início após as denúncias da Operação Lavo Jato.Este foi, segundo a estatal, o melhor resultado trimestral desde o início de 2013, quando a empresa havia lucrado R$ 7,69 bilhões, e terminou o trimestre com resultados positivos em sua métrica de segurança.FlutuaçõesAs flutuações, no entanto, causam impacto para o consumidor. Nesse fim de semana, a Petrobras aumentou em 2,25% o preço da gasolina em suas refinarias. Com isso, o litro do combustível ficou 4 centavos mais caro, passando de R$ 1,9671 para R$ 2,0113, de acordo com a estatal.Em um mês, o combustível acumula alta de preço de 11,29%, ou seja, de 20 centavos por litro, já que em 1 º de maio, ele era negociado nas refinarias a R$ 1,8072. O preço do diesel, que recuou 30 centavos desde o dia 23 de maio, no ápice da greve dos caminhoneiros, será mantido em R$ 2,0316 por 60 dias.O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) diz, em nota Técnica, que a política de presos resultou, entre o final de abril e maio, em 16 reajustes do preço da gasolina e do diesel nas refinarias. Para o consumidor final, os preços médios nas bombas de combustíveis subiram, considerando os impostos federais e estaduais, de R$ 3,40 para R$ 5, no caso do litro de gasolina (crescimento de 47%), e de R$ 2,89 para R$ 4, para o litro do óleo diesel (alta de 38,4%). Fonte: Diário do Litoral/ Agência Brasil.

Petroleiros iniciam greve de 72 horas nas refinarias, diz federação

A Federação Ênica dos Petroleiros (FUP) iniciou na madrugada desta quarta-feira (30) uma greve de 72h pelo país. Na véspera, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) considerou o movimento abusivo e estipulou multa de R$ 500 mil por dia aos sindicatos, após ação ajuizada pela Petrobrás e a Advocacia-Geral da União (AGU).Em comunicado, publicado pouco depois da 1h, a FUP relata que os funcionários não entraram para trabalhar em refinarias de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Amazonas e Pernambuco. Segundo a federação, a greve prosseguirá até a meia noite de sexta-feira (1) nas bases operacionais e administrativas dos 13 sindicatos que integram a FUP.A FUP afirma, entretanto, que não há risco de desabastecimento ao país. Os tanques das refinarias estão abarrotados de derivados de petróleo, em função dos protestos dos caminhoneiros. A nossa greve é para defender o Brasil, é para que os brasileiros paguem um preço justo pelo gás de cozinha e pelos combustíveis , afirmou, em comunicado divulgado na página da federação o coordenador geral José Maria Range.A maioria dos sindicatos informou que, apesar da paralisação, a greve não está afetando a produção. Algumas entidades citam adesão parcial dos trabalhadores, enquanto outros indicam que funcionários extras foram convocados para não haver comprometimento na produção.Procurada pelo G1, a Petrobras ainda não se manifestou sobre a paralisação nas refinarias.Segundo a FUP, a paralisação acontece nos seguintes terminais: Reman (AM), Abreu e Lima (PE), Regap (MG), Duque de Caxias (Reduc, RJ), Paulínia (Replan), Capuava (Recap), Araucária (Repar), Refap (RS), além da Fábrica de Lubrificantes do Ceará (Lubnor), da Araucária Nitrogenados (Fafen-PR) e da unidade de xisto do Paraná (SIX). Também não houve troca dos turnos, segundo a FUP, nos terminais de Suape (PE), Paranaguá (PR) e Bacia de Campos (RJ).Os petroleiros decidiram parar as atividades em solidariedade ao movimento dos caminhoneiros e para pedir a destituição de Pedro Parente do comando da estatal, entre outras reivindicações. A categoria pede a redução dos preços do gás de cozinha e dos combustíveis, através de mudanças imediatas na política de reajuste de derivados da Petrobras.Em Canoas, no Rio Grande do Sul, um grupo de manifestantes entrou em confronto com a Brigada Militar, em frente à  Refinaria Alberto Pasqualini (Refap).  Nas imediações da Refap, foram lançadas bombas de efeito moral pela Brigada Militar em direção aos manifestantes, por volta de 7h30. Segundo informou o coronel Eduardo Amorim do Comando de Policiamento Metropolitano, manifestantes que bloqueavam a BR-116 foram retirados e levados para a calçada em frente à  entrada da refinaria.LiminarA ministra Maria de Assis Calsing, do TST, concedeu liminar (decisão Provisória) na qual classifica como aparentemente abusivo o caráter da greve de 72 horas de funcionários da Petrobras. Defiro parcialmente o pedido para que, diante do caráter aparentemente abusivo da greve e dos graves danos que dela podem advir, determinar aos Suscitados que se abstenham de paralisar suas atividades no âmbito da Petrobras e de suas subsidiárias, nos dias 30 e 31 de maio e 1. º de junho de 2018 e de impedir o livre trânsito de bens e pessoas . Fonte: G1.

Governo deve estudar medidas para reduzir flutuação nos preços dos combustíveis

O ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, afirmou em comissão geral na Câmara dos Deputados que será estudada uma proposta para reduzir a volatilidade dos preços dos combustíveis para o consumidor. Para isso, informou, será necessário modificar a estrutura tributária incidente sobre esses produtos, que envolve tributos federaisPIS/Cofins e Cide &; e o principal imposto estadual, o ICMS. Antes do debate proposto pelo deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Eunício Oliveira, defenderam a atuação do Congresso na busca de soluções negociadas para o movimento dos caminhoneiros, que reclamam dos reajustes diários no preço do diesel. Parte da categoria aceitou proposta do Executivo, que prevê congelamento por 60 dias e depois reajustes mensais, mas outros caminheiros mantêm bloqueios nas estradas há nove dias. O governo elevou equivocadamente a PIS/Cofins , declarou Aleluia, citando medida tomada em julho de 2017 que praticamente dobrou esses tributos sobre a gasolina e o diesel e foi um dos estopins da insatisfação dos caminhoneiros. O parlamentar criticou a disparidade das alíquotas de ICMS nos estados, que variam de 25% a 34% na gasolina e de 12% a 25% no diesel. Moreira Franco disse que a tributação sobre os combustíveis não é saudável para os estados e que precisa ser discutida. Ele reafirmou a manutenção da atual política de preços da Petrobras, com variações diárias em decorrência da taxa de câmbio e do valor do petróleo no mercado internacional. Segundo o ministro, isso é necessário para a recuperação da empresa, já que subsídios nos combustíveis praticados no passado teriam causado prejuízo de 40 bilhões de dólares. O diretor do Centro Brasileiro de InfraEstrutura (CBIE), Adriano Pires, defendeu a política de preços da Petrobras e criticou o peso dos impostos sobre os combustíveis. Em linha com Moreira Franco, ele apoiou ajustes na carga tributária para evitar a volatilidade no preço ao consumidor. Quando o preço subir 50 centavos, comentou, a carga tributária deveria cair 50 centavos, e vice-versa. A criação desse colchão , segundo Pires, deveria começar com a alíquota zero para PIS/Cofins medida que valerá para o diesel nos próximos 60 dias, conforme o acordo com os caminhoneiros. A população só vai entender quando governo anunciar diminuição dos tributos , continuou. Durante a comissão geral, o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Décio Oddone, afirmou que a realidade tarifária e a competitividade são essenciais, porém concordou que ajustes nos impostos podem ajudar a reduzir as variações de preço ao consumidor. Excesso de frete O chefe da Assessoria Especial do Ministério da Fazenda, Marcos José Mendes, argumentou que o diesel no Brasil não destoa no mundo, assim como os impostos sobre o produto não são elevados quando se considera outros países. não podemos tomar medidas definitivas que criem outras distorções , disse, lembrando que o acordo com os caminhoneiros representará para os contribuintes R$ 13 bilhões até o final deste ano, o equivalente 1/3 do Programa Bolsa Família. Segundo ele, o aumento do preço do barril de petróleo que na semana passada rondou 80 dólares, o maior nível desde 2014 e a desvalorização do real poderiam ter sido repassados para o preço do frete, amenizando as perdas dos caminhoneiros, mas isso não aconteceu devido ao excesso de profissionais no setor. Mendes acrescentou que a oferta de crédito para a compra de caminhões fez com que a frota no Brasil aumentasse 207% de 2005 a 2011. Isso não vai ser resolvido com redução de tributos, será necessário a retomada da economia para absorver o excesso de frete . Mercados e regulação  João Vicente de Carvalho Vieira, secretário de Petróleo, Gás e Biocombustíveis do Ministério das Minas e Energia, também defendeu a política de preços livres no setor. Depois que o governo colocou preço para o diesel na bomba, houve queda de mais 30% nas ações da Petrobras, o que é um desastre para empresa e para o País , afirmou, citando o acordo com os caminhoneiros. No entanto, ele justificou a medida, porque momentos de crise exigem soluções específicas . Para o presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Alexandre Barreto de Souza, as tentativas de controle de preços sempre geram resultados ruins. Por isso, o Cade tem restrições ao preço mínimo do frete acertado com caminhoneiros. O Cade lançou nesta terça-feira um < http://www.cade.gov.brcesso-a-informacao ublicacoes-institucionais/contribuicoes-do-cade/contribuicoes-do-cade_medidas-28maio2018-final.pdf estudosobre combustíveis, que será encaminhado ao Congresso. Os representantes das distribuidoras de combustíveis e dos postos de gasolina também apoiaram a política de preços livres. Em comum, defenderam a unificação das alíquotas de ICMS, o que poderia reduzir a sonegação e a inadimplência fiscal. A solução é um percentual único para todo o Brasil, isso acabaria com as distorções , sustentou Aldo Locatelli, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo de Mato Grosso. Reação dos deputados Durante o debate, que durou mais de seis horas, deputados de oposição ao governo Temer criticaram a atual gestão da Petrobras e a política de preços vigente desde julho do ano passado, além de pedir a demissão do presidente da estatal, Pedro Parente. Queremos combustíveis mais baratos. O governo tem de baixar diesel, gasolina e gás de cozinha , declarou Henrique Fontana (PT-RS). Pedro Parente não pode continuar dirigindo uma empresa pública para agradar investidores internacionais , continuou. Por sua vez, o deputado Beto Mansur (PRB-SP) defendeu a atuação do governo em decorrência da greve dos caminhoneiros. Relator em comissão especial, o deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-SP) destacou a necessidade de votar a proposta de reforma tributária em análise na Câmara. Fonte: Agência Câmara.

87% dos brasileiros apoiam a greve dos caminhoneiros, diz DataFolha

Apesar dos efeitos da greve dos caminhoneiros, 87% dos brasileiros apoiam o movimento, segundo pesquisA DataFolha divulgada nesta quarta-feira (30).De acordo com o levantamento, que ouviu 1.500 pessoas pelo telefone, apenas 10% são contrários, 2% indiferentes e 1% não souberam opinar. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.Para tentar colocar fim à  greve, que completa dez dias nesta quarta, o presidente Michel Temer atendeu aos pedidos da categoria: reduziu o preço do litro do diesel e isentou o pagamento de pedágio para eixos suspensos de caminhões vazios.  A sondagem mostra, no entanto, que a maioria (59%) acredita que o pacote de medidas do governo traz mais prejuízos do que benefícios para a população em geral. Ainda assim, 96% afirmam que o emedebistA demorou para fazer a negociação.  A pesquisa também apontou que mesmo depois do acordo, 56% acham que a greve deve continuar, contra 42% que são a favor do fim do movimento.EfeitosO Instituto DataFolha mapeou as dificuldades encontradas pelos brasileiros nos últimos dias.Do total, 37% tiveram muita dificuldade para abastecer o automóvel, contra 43% que não tiveram problemas. Outros 15% afirmam que tiveram apenas um pouco de dificuldade.Já nos mercados, a situação foi melhor: 75% tiveram dificuldades para comprar alimentos, 14% pouca dificuldade e 10% relataram ter tido muita dificuldade. Fonte: Exame.

Obras de viadutos de transposição da Avenida Mário Covas serão debatidas em audiência

Na próxima segunda-feira, dia 4, a Comissão Municipal de Análise de Impacto de Vizinhança (Comaiv) irá realizar audiência pública para debater os impactos da obra viária na Avenida Perimetral, sob responsabilidade da Codesp, que prevê a construção de dois viadutos sobre a Avenida Mário covas Júnior.A programação, com início às 19 horas, será realizada no Cenep, com a presença de técnicos da Prefeitura de Santos e Codesp.O endereço é Rua Otávio Correa, n º 147 Estuário Santos/SP (ao lado do Ogmo). A participação é aberta aos interessados.Fonte: Codesp.

Paraná e Rio de Janeiro param de cobrar pedágio dos eixos suspensos

A Agepar (Agência Reguladora do Paraná) e o DER (Departamento de Estradas de Rodagem) determinaram na segunda-feira (28) que as concessionárias de rodovias do Estado deixem de cobrar pedágio dos eixos suspensos de caminhões, quando vazios. A isenção desses eixos está prevista na medida Provisória 833, publicada no domingo (27), e faz parte da proposta do governo federal para acabar com a greve dos caminhoneiros.A Agetransp agência que regula as concessões estaduais do Rio de Janeiro também informou que irá cumprir a medida Provisória.Na verdade, a isenção já consta da Lei 13.103, a Lei do Caminhoneiro, desde a greve anterior da categoria, em 2015. Mas os órgáos reguladores estaduais, a exemplo da Agepar, autorizaram as concessionárias a continuar fazendo a cobrança.A legislação permite que veículos de carga tenham mecanismo de suspensão de determinados eixos do cavalo trator e da carreta, quando descarregados, a fim de economizar pneus, freios, rolamentos e molas. Uma carreta de três eixos pode levar um deles. Um bitrem de sete eixos pode suspender de dois a três eixos, dependendo da configuração.A reportagem calculou quanto será possível economizar com a decisão do governo. Um bitrem que vai da região de Foz do Iguaçu ao Porto de Paranaguá paga R$ 821,80 só de ida em pedágio. Se estivesse descarregado e pudesse elevar dois eixos, pagaria R$ 587. Podendo suspender três eixos, deixaria R$ 469,60 para a concessionária. Todos os aspectos relacionados a um contrato de concessão de rodovia, como localização de praças de pedágio, preço de tarifas, isenções, etc, são definidos pelos governos federal, estaduais, municipais e suas agências reguladoras, cabendo às concessionárias a tarefa de implementá-los , afirmou em nota a ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias). Segundo a entidade, os governos da Bahia, Mato Grosso, Pernambuco e São Paulo, onde também é cobrada tarifa pelo eixo suspenso, ainda não formalizaram qualquer orientação sobre o tema .POL ÊMICAEntre os técnicos, não há consenso sobre o assunto. O engenheiro, diretor técnico Executivo da NTC&Logística e integrante do Contran (Conselho Nacional do Trânsito), Neuto Gonçalves dos Reis, diz que, apesar de permitido pela legislação, a suspensão do eixo torna o veículo menos seguro. Ele afirma haver estudos segundo os quais o veículo nessa condição tem mais chances de derrapar sob chuva. Reis ressalta também que as concessionárias não têm como fiscalizar se os caminhões estão vazios. não vão poder parar caminhão por caminhão que chega com eixo suspenso e pedir, por exemplo, que o motorista abra o baú .Já o engenheiro especialista em transporte Rubens Melo, da TRS de Curitiba, pensa o contrário. Se o veículo está vazio e um eixo é suspenso, o peso da carreta vai um pouco mais para a unidade tratora. Ele fica mais seguro ainda , alega.  Na opinião dele, não há justificativa para que seja cobrado pedágio desses eixos porque eles não têm impacto sobre pavimento. O engenheiro concorda que a concessionária não terá condições de checar se o caminhão está realmente vazio, uma vez que, mesmo carregado, é possível levantar os eixos dos veículos. A maioria dos caminhões têm mecanismos que permitem a suspensão dos eixos de dentro da cabine. O motorista pode erguê-los próximo da praça de pedágio e depois baixá-los , explica. Melo ressalta, no entanto, que essa manobra traz prejuízos enormes para o veículo. Fonte: Carga Pesada.