Aumento do roubo de cargas leva transportadoras a cobrarem taxa de emergência no RJ

Para cobrir os elevados custos com segurança e minimizar os prejuízos com o roubo de cargas, transportadoras que atuam no Rio de Janeiro passaram a cobrar uma taxa extra das empresas que contratam os seus serviços. Batizada de Taxa de Emergência Excepcional (Emex), foi instituída exclusivamente na capital fluminense que vive grave crise na segurança e vê os índices deste tipo de crime dispararem: aumento de 180% em quatro anos.   A Emex foi instituída no Rio em março. Segundo a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC), a taxa é prevista para regiões que se encontram em estado de beligerância . Prevê a cobrança de R$ 10 por fração de 100 kg de carga, mais um percentual do valor da carga que varia de 0,3% a 1,0%.   Segundo o vice-presidente da NTC, Urubatan Hellou, a Emex aumenta, em média, cerca de 1,5% o valor de cada produto transportado.   O percentual se soma à  Taxa de Gerenciamento de Risco (Gris), que já é embutida em todo o país para cobrir os custos com a segurança. A Gris é padráo, cobrada em todos os estados, e é usada para cobrir os custos com seguro de carga, escolta, entre outros. Ela já é cobrada há muito tempo , destacou Hellou. Um roubo a cada 70 minutos  Segundo estimativas da NTC, somente as grandes transportadoras que atuam na cidade registram, em média, entre cinco a dez tentativas de roubo por dia, das quais cerca de 40% são efetivadas, ou seja, o roubo é concluído. Já um levantamento da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) indica que a cada uma hora e dez minutos um roubo de cargas é registrado no estado.   Conforme dados oficiais do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP), somente nos dois primeiros meses deste ano foram feitos 1.145 registros, o que representa um aumento de 180% deste tipo de crime nos últimos quatro anos.   A NTC ressalva, no entanto, que os dados oficiais sobre o roubo de cargas possam ser subestimadas. Isso porque, segundo a entidade, muitas empresas deixam de registrar ocorrência policial. Risco de entregas serem suspensA  Um estudo feito em 2015 pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABCOMM) mostrou que quase 60% das lojas virtuais consultadas apontaram problemas graves para entrega de produtos no Rio de Janeiro. A Bahia, que ficou em segundo lugar no ranking, foi citada por pouco mais de 20% das lojas.   De acordo com o vice-presidente da ABCOMM, Rodrigo Bandeira Santos, desde que o estudo foi realizado a situação piorou ainda mais no estado. Os maiores problemas enfrentados pelas lojas no Rio, segundo ele, se devem às questões de segurança pública.   Você tem uma escalada da violência que encolhe as áreas onde ontem você conseguia fazer entregas. Essas áreas são encolhidas diariamente. Esse aumento de áreas restritas tem feito com que algumas transportadores comecem a estudar a possibilidade de não atender mais a praça do Rio de Janeiro , afirmou Santos.   A informação foi confirmada pelo Sindicato das Empresas do Transporte Rodoviário de Cargas e Logística do Rio de Janeiro (Sindicargas). Segundo o diretor de segurança da entidade, Coronel Venâncio Alves de Moura, várias transportadores de São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais e Mato Grosso já não querem mais fazer entregas no Rio.   Os motoristas de outros estados estão aterrorizados com esse problema. Alguns já passaram até por situações de cárcere privado e, por isso, estão se recusando a fazer entregas no Rio , afirmou o coronel Moura. Ele alertou ainda que a tendência é das pequenas empresas fecharem as portas . O alerta é reforçado pela NTC  Segundo as entidades representativas do setor ouvidas pelo G1, por conta da escalada da violência as seguradoras estão se recusando a renovar as apólices de seguro. Quando o fazem, estabelecem a franquia equivalente a 50% do valor da carga, inviabilizando às transportadoras assumirem o risco do contrato.   Se o governo quer retomar a atividade econômica, tem que solucionar essa situação , declarou o representante do Sindcargas. Fonte: G1.

Receita vai expandir obrigatoriedade do e-Social

A Receita Federal vai tornar obrigatório a partir do ano que vem a utilização do eSocial por todas as empresas. O sistema vai seguir o mesmo modelo do eSocial do empregado doméstico, com unificação do envio de informações fiscais e trabalhistas do funcionário.  Em entrevista ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o secretário da Receita, Jorge Rachid, avaliou que a ampliação do eSocial para as empresas representará a consolidação do processo de criação da Receita Federal do Brasil, mais conhecida como SuperReceita. Este processo unificou o Fisco com a Receita Previdenciária do Ministério da Fazenda, que ontem completou 10 anos. Segundo o secretário, a implantação do eSocial vai coibir a sonegação e reduzir o custo das empresas. Rachid reconheceu que o processo foi mais demorado do que o planejado inicialmente, mas ressaltou que o eSocial empresarial promoverá uma grande mudança no sistema, assim como ocorreu com o fim do envio da declaração do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ).  A partir do segundo semestre, informou o secretário, a Receita também vai permitir o uso de créditos tributários que as empresas possuem para o pagamento de dívidas previdenciárias. Um primeiro teste para essa compensação está sendo feito no programa de regularização tributária, de parcelamento de dívidas atrasadas. A permissão da compensação, disse Rachid, vai garantir maior liquidez de recursos para o caixa das empresas. Cronograma. O eSocial empresarial entrará em funcionamento para as grandes empresas em janeiro de 2018. Em julho será estendido para as demais empresas. Em junho deste ano, será homologado o sistema para os testes. O empregador, num único ambiente, poderá fazer o registro do empregado, como o Imposto de Renda Retido na Fonte, a legislação trabalhista, FGTS e a Previdência Social , destacou o secretário.  < 0, 0, 0); Em compensação, as empresas terão reduzidas as chamadas obrigações acessórias (declarações, guias, cadastros) que hoje devem obrigatoriamente serem enviadas à  Receita, Ministério do Trabalho, Caixa Econômica Federal e Previdência Social. Para o secretário, os problemas ocorridos na implementação do eSocial dos empregados domésticos foram superados e são hoje uma página virada . O empregador, num único ambiente, poderá fazer o registro do empregado, como o Ir, a legislação trabalhista, FGTS e a Previdência Social . Fonte: Estadão.com

Escolha não depende só do frete 3

Por Neuto Gonçalves dos Reis Em muitas situações, a redução no custo do transporte, além de encarecer o custo de armazenagem, acaba amplamente soterrada por um elevado aumento dos custos financeiros.   Esta é uma tendência natural em economias sujeitas a altas taxas de juros e de inflação, especialmente para mercadorias de maior valor. Mercadorias de alto valor exigem meios mais rápidos de transporte, para reduzir os custos financeiros.  A queda da inflação e do custo do dinheiro favorece os meios menos velozes de transportes. Nesse sentido, o sucesso do Plano Real, ao estabilizar a inflação, criou condições para a expansão dos meios não rodoviários.   Infelizmente, no entanto, a queda da inflação não foi acompanhada da necessária redução taxa real de juros.   Contrapondo-se a esta tendência, novos sistemas gerenciais, como o just-in-time, exigem maior rapidez e regularidade do transporte, exatamente os pontos fortes do caminhão. As ferrovias, pelo contrário, oferecem baixos custos, mas exigem grandes lotes, o que dificulta o transporte de mercadorias de alto valor.   Características e custos A escolha do meio mais adequado deve levar em conta as características de cada modal. Segundo autores como UELZE (1974), FLEURY et ali (2001) e SCHLáœTER& SCHLáœTER (2005), entre tais características inclui-se a velocidade do meio, essencial para definir o prazo de entrega e o estoque necessário. Velocidades maiores reduzem os custos fixos, financeiros e de estocagem por tonelada transportada.   Outra característica importante é a capacidade de transporte por viagem. Capacidades maiores reduzem o custo do transporte por tonelada e permitem fluxos de grandes volumes (grandes massas).   Um meio de transporte só poderá ser utilizado se estiver acessível, ou seja, poder realizar o transporte em praticamente todo percurso, de modo a reduzir os custos de transbordo e de integração modal. Por ser mais pulverizado, o caminhão é um meio bem mais acessível do que os demais.   Outro fator essencial é a disponibilidade, ou seja, até que ponto o veículo está disponível ou não no momento em que o embarcador necessita do transporte.   preciso também que o meio seja seguro e confiável, de forma a garantir que a carga vai chegar ao destino dentro dos prazos previstos. Isto é essencial principalmente para linhas de montagem que operam praticamente sem estoques, no regime just in time. Fonte: NTC.  

NTC envia nota de apoio aos deputados sobre a aprovação da Reforma Trabalhista

A comissão especial criada para analisar a reforma trabalhista na Câmara dos Deputados aprovou o parecer do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN). O relatório foi aprovado por 27 votos a 10 e nenhuma abstenção, com ressalvas aos destaques incluídos no relatório durante da discussão. O Projeto de Lei 6.787/2016, que altera diversos pontos na CLT, tramita em regime de urgência e agora segue para análise do plenário da Câmara. A NTC&Logística enviou uma nota aos deputados federais expressando seu apoio ao relatório da reforma trabalhista, apontando as questões importantes envolvendo o tema. Veja abaixo o texto na íntegra:  Brasília/DF, 26 de abril de 2017 Excelentíssimo(a) Senhor(a) Deputado(a) O Brasil é recordista mundial em ações trabalhistas. Segundo o TST, somente em 2016 as Varas do Trabalho receberam 2.756.159 processos, um aumento de 4,5% em relação ao ano anterior. Estima-se que nesse ano esse número pode chegar a 3 milhões de processos.   A CLT possui 74 anos e foi concebida numa época em que a economia nacional era baseada no trabalho rural e foram poucas as mudanças ocorridas no decorrer desses anos.   O índice de desemprego chegou a números alarmantes. O Brasil está com 13,5 milhões de desempregados, a maior taxa de 2012, segundo o IBGE.   Para absorver essa massa de desempregados, incluindo os jovens que anualmente ingressam no mercado de trabalho, os economistas estimam que a economia precisa crescer acima de 7% ao ano por duas décadas.   evidente que não basta o crescimento da economia é necessário que haja uma reforma da legislação trabalhista para que se possa gerar mais empregos, criando incentivos ao empreendedorismo.   Necessitamos de uma reforma trabalhista que dentre outras inovações, valorize a negociação coletiva, dê mais liberdade às partes na contratação, regulamente a terceirização da mão de obra, crie mecanismos para restringir o ativismo judicial e atualize a CLT para as novas modalidades de contratação como o teletrabalho e o trabalho intermitente e que atualize o processo do trabalho com as novas regras já existentes no processo civil.   O relatório apresentado pela Comissão Especial da Reforma Trabalhista possui várias mudanças interessantes e inovadoras e contribui para que o Direito do Trabalho seja atualizado e as decisões judiciais sejam mais Técnicas e mais justas.   Esperamos que as propostas que constam do relatório do Deputado Rogério Marinho (PSDB/RN) sejam aprovadas em plenário para que possamos modernizar a legislação trabalhista e possibilitar que haja relações de trabalho mais cooperativas e menos conflituosas. Fonte: NTC.

Transportadores se reúnem em Brasília para debater a reforma trabalhista

As questões trabalhistas que afetam o Transporte Rodoviário de Carga (TRC) levaram transportadores a organizar duas reuniões em Brasília. O trabalho foi coordenado pelo Grupo Transportando Ideias (GTI), que reúne proprietários de transportadoras de todo o País. Mais de 100 empresários, representantes de 3 federações e de 26 sindicatos do setor, estiveram presentes. O presidente do Sindisan, Roberto Varella, compareceu ao evento acompanhado do vice-presidente Vicente Aparício Y Moncho, e dos diretores André Neiva e Marcos Muniz.A programação, realizada nos dias 18 e 19, teve como foco o Projeto de Lei que trata da Reforma Trabalhista. Durante os dois dias, os participantes puderam assistir apresentações e explanações de empresários, diretores de agências reguladoras (ANTT e Antaq), deputados federais e senadores. O presidente do Supremo Tribunal Federal, Ives Gandra; e o Ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, fizeram parte dos encontros e apresentaram palestras sobre o tema em discussão.Os participantes foram unânimes em reconhecer a imparcialidade do texto da reforma trabalhista, onde patráo e empregado terão mais segurança jurídica e o empreendedor terá motivação para gerar novos postos de trabalho no País.Como afirmou o presidente Varella, a aprovação do requerimento de urgência do Projeto de Lei, que aconteceu durante a visita do grupo, indica uma sintonia entre o Executivo, o Legislativo e a sociedade brasileira. Todos estão unidos em torno da necessidade de aprimoramento das leis que regem as relações de trabalho. Desta forma, teremos a retomada do crescimento da economia .A reforma trabalhista prevê < http://g1.globo.com/economia/noticia roposta-de-reforma-trabalhista-autoriza-jornada-de-ate-220-horas-por-mes.ghtml >pontos que poderão ser negociados entre empregador e empregados e, em caso de acordo coletivo, passaráo a ter força de lei.Além disso, o projeto de lei prevê regulamentação nas modalidades de trabalho por home office (trabalho em casa) e intermitente, no qual os trabalhadores são pagos por período trabalhado, entre outros.ParalisaçãoDurante a oportunidade, ministros, deputados e senadores destacaram o repúdio à  proposta de paralisação geral, prevista para o próximo dia 28, posição compartilhada pelos participantes do encontro.Confira no link abaixo matéria sobre o assunto veiculada no SBT:Empresários vão a Brasília em busca de ajuda parlamentar para driblar crise< https://www.youtube.com/watch?v=3txurAS1FOQ >https://www.youtube.com/watch?v=3txurAS1FOQ Fonte: Sindisan.  

Contran altera regras para AET para veículos de carga

O Contran (Conselho Nacional de Trânsito) alterou as regras para concessão da AET (Autorização Especial de Trânsito) para CVCs (Combinações de Veículos de Carga). As normas estão previstas na Resolução n º 663/2017, publicada no Diário Oficial da União do dia 20 de abril. As alterações dizem respeito a veículos com PBTC (Peso Bruto Total Combinado) superior a 74 toneladas e inferior ou igual 91 toneladas, com altura máxima de 4,40 metros e comprimento de 28 a 30 metros.  Segundo o texto, para obter as autorizações para essas combinações, será necessário atender a um conjunto de procedimentos administrativos, especificações Técnicas e requisitos de segurança. Para acessar a íntegra da resolução, acesse:< http:/ esquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=20/04/2017&jornal=1&pagina=57&totalArquivos=276 >http:/ esquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=20/04/2017&jornal=1&pagina=57&totalArquivos=276 Fonte: CNT.

Comjovem Sindisan faz teste prático no simulador de direção do Sest/Senat

Inaugurado no último dia 3 de abril, o simulador de direção do Sest/Senat de São Vicente é uma ferramenta eficaz para o treinamento de motoristas, tanto do transporte de cargas, quanto de passageiros e pessoas.No dia 19, membros da Comissão de Jovens Empresários do Sindisan (Comjovem) participaram de reunião na unidade e aproveitaram para conhecer e testar o equipamento.O grupo foi recebido pelo diretor Sérgio Gonçalves, que apresentou detalhadamente os serviços oferecidos no local, como fisioterapia, tratamento odontológico, nutricionista e psicóloga.O coordenador da Comjovem Sindisan, Luciano Cacciatore, ressaltou a importncia de mostrar ao trabalhador do transporte tudo o que existe a seu dispor. são serviços de excelência e têm valores altos para a pessoa pagar fora daqui , afirmou. Todos os atendimentos são gratuitos para os trabalhadores do transporte.O local ainda conta com academia de musculação e cursos em diversas modalidades esportivas, além de aulas de música.Interessados em conhecer podem entrar em contato pelo telefone 3465-1300. Fonte: Sindisan.

Escolha não depende só do frete – Parte 2

Segue a segunda parte do artigo do especialista em transporte Neuto Gonçalves dos Reis: Mais de 40 anos atrás já se sabia que o custo do transporte interage fortemente com os demais custos logísticos, especialmente com os custos de armazenagem e os custos financeiros, quase sempre em sentido inverso [KOTLER (1974)]; O gerente de transporte prefere o despacho ferroviário ao despacho aéreo (…). Isso reduz a conta de frete da empresa. Entretanto, como as ferrovias são mais lentas, amarram o capital por mais tempo, retardam os pagamentos dos clientes e podem levar alguns clientes a comprar dos concorrentes que entreguem com maior presteza. O departamento de expedição usa caixas baratas para minimizar os custos de expedição. Isso leva ao aumento da taxa de danos e avarias e à  perda do aviamento.   fica claro que, sendo as atividades logísticas altamente correlacionadas, as decisões sobre tais atividades, em especial, sobre o do meio mais adequado de transporte, têm que ser tomadas com base no custo logístico total. Como o gerenciamento da logística é um conceito orientado para o fluxo, que visa a integrar recursos através de um duto (pipeline), desde os fornecedores até os clientes finais, as empresas precisam avaliar os custos e o desempenho desse fluxo de suprimentos de maneira integrada [ ISTOPHER (1994)]  Custo total mínimo Um sistema logístico unificado consiste em um conjunto de decisões sobre número, localização e dimensões de armazéns e seleção de meios de transporte. A escolha de um sistema logístico exige o exame dos custos de distribuição totais associados ao sistema proposto e a seleção do sistema que minimize o custo total [KOTLER (1974)]: D = T + FW + VW + S D = Custo total da distribuição do sistema proposto T= Custo total de frete do sistema proposto FW= Custo fixo total de armazenagem do sistema VW = Custo variável de armazenagem do sistema S = Custo total de vendas perdidas devido à  demora da entrega média Devido à  dificuldade de se medir o custo o custo das vendas perdidas, o enfoque mais moderno consiste em minimizar os custos totais, após definido o nível de serviço aos clientes ou grupo de clientes. Os custos totais seriam compostos pela soma dos custos de transporte, custos de armazenagem, custos de processamento e informações de pedidos (que não constavam da equação de Kotler), custos associados ao tamanho do lote (idem) e custos de manutenção de estoque [LAMBERT, M.D. (1994)].   A função logística que apura os custos logísticos totais pode ser adaptação à  seleção de meios de transporte. Para tanto, pode se utilizar a seguinte equação simplificada [SCHLáœTER&SCHLáœTER (2005)]: f (L) min = min [KI + KTr + KArm + KFin] onde min= objetivo da logística de minimizar os custos KI=Custo do input KTr = Custo do transporte KArm = Custo da armazenagem KFin = Custo financeiro Os autores apresentam também um modelo mais complexo, que inclui custo de obsolescência, importante, especialmente para produtos alimentícios, medicamentos e vestuário; custo do tratamento de sobras e avarias para re-inserção no mercado ou retorno ao meio ambiente; e custos de oportunidade (custos de deixar de aproveitar escalas de produção e a plena capacidade dos meios de transporte e de armazéns, por exemplo).   Entende-se como custo do input (KI) o valor da nota fiscal, tanto no caso de suprimento quanto no caso de venda. Se este preço for constante, pode até ser se eliminado do modelo. No entanto, é importante considera-lo devido às diferentes legislações tributárias, assim como a eventuais políticas de incentivos fiscais, que podem alterar este preço de um Estado para outro.   Já o custo do transporte (KTr) por item pode ser obtido dividindo-se a tarifa (frete) de uma viagem pelo total de itens transportados em cada carregamento.   O custo de armazenagem (KArm) é obtido dividindo-se as despesas de armazenagem por unidade de tempo (geralmente, por mês ou dia) pela demanda associada ao armazém, ou seja, quantidade de itens que sai do armazém no período de tempo considerado.   Já o custo financeiro, que pode incluir o custo de gerenciamento de risco, pode ser obtido pela fórmula: KFin = KI x TMA x (TTr + TArm) KI = Valor do input TMA = Taxa média de juros por unidade de tempo (dias) necessária para remunerar o capital de giro investido no produto (custo de oportunidade) TTr = Tempo de transporte (em dias) desde a coleta até o desembarque) TArm = Tempo de armazenagem do produto  Emin = Estoque mínimo, também chamado estoque de segurança. Seu valor depende da confiabilidade e da velocidade do meio de transporte utilizado. LR = Quantidade de itens do lote recebido DD = Demanda diária associada ao armazenamento. Qualquer escolha envolve, portanto, uma relação de trocas (trade-off) entre custos de transporte versus outros custos.   Em determinadas situações, a velocidade e a confiabilidade de um meio de transporte mais rápido tornam possíveis reduções ou eliminações de outros custos (como armazenagem e manutenção de estoques), ou seja, o transporte de alto custo acaba justificado pelo menor custo logístico total.   Nos Estados Unidos, IBM e Xerox centralizam seus estoques de peças de reposição para viabilizar economicamente uma política de resposta rápida, na qual o transporte aéreo e o uso intensivo de tecnologia de informação constituem os elementos principais [FLEURY et al (2000), capítulo 6]. Este artigo terá continuidade. Fonte: NTC.

Comjovem Sindisan faz reunião no Sest/Senat de São Vicente nesta quarta

Para que as empresas possam conhecer mais os serviços oferecidos pelo Sest/Senat, a reuniãoda Comjovem de abril será realizada na unidade de São Vicente da entidade. O encontro será no dia 19, às 14 horas. Na ocasião, os presentes terão a oportunidade de ver como funciona o Simulador de Direção, inaugurado no último dia 3, e que é muito importante para a capacitação de motoristas. Os interessados em participar da reunião podem confirmar presença pelo link abaixo: < https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSf76IktYWlShbJlV9foiZRpp14lmJi9QEtkr9uxsEAUu2bxrA/viewform?c=0&w=1 >https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSf76IktYWlShbJlV9foiZRpp14lmJi9QEtkr9uxsEAUu2bxrA/viewform?c=0&w=1 O Sest/Senat de São Vicente fica na Praça Adalberto Panzan, 151, na Cidade Náutica. O telefone da unidade é o 3465-1300. Fonte: Sindisan.

Escolha não depende só do frete

*Neuto Gonçalves dos ReisOuve-se dizer frequentemente que o governo e os usuários deveriam dar preferência sempre aos meios ferroviário e hidroviário, por serem os que consomem menos combustível e os que têm fretes mais baratos.  Se a escolha dependesse apenas destes dois fatores, não haveria caminhões nem aviões. A realidade, no entanto, é que, embora as despesas com transportes sejam, quase sempre, o principal custo logístico de qualquer empresa, não se pode optar por um meio de movimentação com base exclusivamente no menor frete.  A seleção do meio transporte respeita, no Brasil, o princípio da livre escolha do usuário. O governo pode até induzir uma alteração da matriz de distribuição modal, mas não consegue fazer isso por decreto. Relembre-se, a respeito, a tentativa fracassada do Governo Geisel e do ministro dos Transportes da época, general Dyrceu Nogueira, de obrigar as siderúrgicas a transportarem seus produtos por ferrovia.  Além do mais, a simples existência (oferta) do meio de transporte no percurso desejado, embora necessária, não constitui condição suficiente para a sua utilização. Um bom exemplo é a hidrovia Tietê araná (2.400 km de vias navegáveis).   Resultado de décadas de investimentos do governo de São Paulo, essa via tem 66,2% de ociosidade. Levou em 2016, quando bateu seu recorde de transportes, 7,56 milhões toneladas de carga de longo curso, quando sua capacidade é para 20 milhões.  Segundo a Secretaria dos Transportes, mais de 95% das cargas do estado continuam sendo movimentadas por rodovias. No caso das exportações, cerca de 83,5% das mercadorias exportadas por Santos chegam ao porto por rodovia, 15% por ferrovia e apenas 1,5% por hidrovia.  A maioria dos autores identifica como principais custos logísticos, além dos de transporte, os de armazenagem e manuseio, estoque, processamento e informação de pedido, armazenagem e manuseio.  não se pode esquecer também que os preços dos produtos variam de um local para o outro. Por isso, o custo da mercadoria a ser adquirida não pode ser desprezado nesta análise. preciso levar em conta ainda os custos da armazenagem. Meios mais lentos exigem estoques maiores.Há também o custo financeiro de manter o estoque, bastante significativo para os meios mais lentos, especialmente para produtos de maior valor. Fonte: NTC.