O inverno começa nesta sexta-feira, dia 21, às 12h54. Neste momento, o hemisfério sul recebe a menor quantidade de energia proveniente do Sol e marca o dia mais curto do ano (solstício de inverno), enquanto o hemisfério norte recebe a maior quantidade de energia e o dia mais longo (solstício de verão).
Neste ano, a estação será influenciada pelo fenômeno El Niño, que já atua desde 2018 por aqui (mas só foi confirmado oficialmente em janeiro de 2019). Durante o inverno, seus efeitos são mais sentidos na região Sul e estados de São Paulo e de Mato Grosso do Sul com chuva acima da média. No outono, a temperatura ficou acima da média em grande parte do Brasil. Já no inverno, a situação não será muito diferente.
Regime de chuvas
A simulação americana CFSv2 indica chuva acima da média em uma grande faixa que engloba os Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Espírito Santo e sul e leste de Minas Gerais. Os maiores desvios positivos de precipitação são previstos no litoral do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, todo o Estado do Paraná, o sudoeste de São Paulo, o sul de Mato Grosso do Sul e as capitais Porto Alegre, Florianópolis e Curitiba.
No Norte e Nordeste, a chuva oscila entre a média e abaixo da média, mas isto requer atenção. Nas capitais do leste Nordeste, os maiores acumulados do ano acontecem justamente no inverno. Então, chover abaixo da média não implica obrigatoriamente chover pouco.
Calor?
Além da chuva acima da média, o calor dominará o Brasil com extremos de temperatura máxima a partir de agosto sobretudo em Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Verifique abaixo os efeitos específicos deste El Niño no inverno das 5 regiões do Brasil.
Norte
A previsão indica que de julho a setembro a temperatura média do ar permanecerá dentro da média ou acima, principalmente no sudeste do Pará. O tempo seco aliado às altas temperaturas vai deixar a umidade relativa do ar baixa. Não está descartada a ocorrência de eventuais episódios de friagens no Sul desta região.
Nordeste
O boletim do Inmet indica o predomínio de áreas com maior probabilidade de chuvas dentro ou abaixo da climatologia, principalmente sobre a costa leste, onde o período chuvoso aproxima-se do final. Na maior parte da região, a temperatura permanecerá próxima à média, enquanto que no interior, o período seco começa e a previsão é de temperaturas ligeiramente mais altas e baixos índices de umidade relativa, principalmente no sul do Piauí e no oeste da Bahia.
Centro-Oeste
A tendência é de diminuição da umidade relativa do ar nos próximos meses, com valores diários que podem ficar abaixo de 30% e picos mínimos abaixo de 20%, o que já é estado de alerta. A previsão para o inverno indica alta probabilidade das chuvas ocorrerem dentro ou ligeiramente abaixo da média climatológica em grande parte da região, com temperaturas acima da média, devido à permanência de massas de ar seco e quente, principalmente nos meses de agosto e setembro.
Sudeste
O trimestre de junho a agosto corresponde ao período mais seco da região, especialmente no norte de Minas Gerais. As chuvas devem permanecer dentro ou ligeiramente acima da média, principalmente em setembro, no sul de São Paulo. Já as temperaturas devem permanecer acima da média em grande parte da região, podendo haver declínio acentuado de temperatura em locais mais elevados, devido à passagem de massas de ar frio mais continentais.
Sul
As chuvas devem ficar acima da média em grande parte da região Sul. A maior frequência das frentes frias contribuirá para maiores variações nas temperaturas ao longo deste trimestre. Porém, as temperaturas médias devem permanecer acima da média climatológica, exceto na metade sul do Rio Grande do Sul e leste de Santa Catarina, onde o inverno deverá ocorrer dentro da normalidade com temperaturas mínimas podendo atingir valores abaixo de 0ºC em áreas serranas e planalto, principalmente no mês de julho. Fonte: Canal Rural.