A necessidade de um estacionamento para caminhões na região portuária é um reflexo do aumento da circulação de veículos de carga pesada no cais santista. Os constantes recordes na produção de gráos que o Brasil vem conquistando ocasionaram uma maior movimentação dos modais do transporte devido, obviamente, ao aumento das exportações destes gráos. Com estes índices, o Porto de Santos, o maior da América Latina, se tornou o principal pólo de escoamento dos produtos do Brasil. Mas a região da Baixada Santista, ao longo dos últimos anos, não foi preparada com uma infra-estrutura adequada para suportar este impacto. Empresários que atuam no setor atribuem as consequências atuais á falta de investimentos e incentivos dos vernos Federal e Estadual. A falta de infra-estrutura no Porto de Santos não é o único gargalo que provoca os congestionamentos na região. Os transtornos registrados na área portuária fazem parte de várias falhas do processo logístico, desde a armazenagem. As coisas são muito mais complexas do que se imagina e começam bem antes de a carga chegar aqui na Cidade. O problema não se origina em nossas vias, mas se agrava aqui por diversos fatores”, explica o vice-presidente do Sindisan, Vicente Aparácio Moncho. Ele exemplifica com o que acontece com os produtores de gráos que, por não contarem com silos, que permitiriam o armazenamento da carga até o momento adequado para embarque, enviam a safra agrícola para exportação após a colheita. “Eles transformam os caminhões e trens em armazéns. Se a logística começasse lá na produção, haveria um maior equilíbrio na hora de embarcar. As cargas chegariam ao Porto de Santos conforme a demanda. A bomba estoura aqui por falta de planejamento”, ressalta Moncho. “Outro obstáculo que contribui para a efetiva desordem no cais santista é o das péssimas condições das estradas em todo o Brasil”, acrescenta. A carência de uma logística eficiente tem provocado congestionamentos desastrosos em todo o complexo portuário. Desde o início deste ano, foram constatadas paralisantes no tráfego quase que diariamente. Em 1º de março, o enguicho de um trem na altura do Valon, ocasionou um congestionamento nos dois sentidos (Santos/São Paulo e São Paulo/Santos) que se estendeu até na Alemoa. O trecho que os veículos geralmente percorrem em até 20 minutos se transformou em um lon desafio que durou mais de três horas. Os carros e caminhões ficaram parados sem ter alternativas para sair do congestionamento.
Autor: SINDISAN
Como tudo começou
O uso da área da RFFSA para o estacionamento de caminhões é defendido desde 1997. Na época, foi criado o Grupo de Logística Terrestre da Baixada Santista, uma conquista de representantes do Sindisan, que previam uma superlotação de caminhões na Cidade desde a década de 80, Companhia de Engenharia de Trânsito (CET-Santos) e demais lideranças do transporte. O GLTBS tinha o objetivo de criar projetos para solucionar e abrigar os caminhões que chegam a Santos. Posteriormente, ao Grupo, foram integradas a DERSA, CODESP e Prefeituras de Guarujá e Cubatão. Desde então, o assunto vem sendo debatido, exaustivamente, entre as lideranças da região. “Essa é uma luta antiga de transportadores. Há 20 anos estamos cobrando uma iniciativa das autoridades diante do problema dos congestionamentos” explica Rocha. “Com muita antecedência prevêmos que este caos iria acontecer, mas parece que só para os vernantes estão olhando o caso com seriedade. Desta vez acho que vamos conseguir concretizar nossos esforços “, ressalta.
desapropriar o terreno na Alemoa
Mesmo depois de o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, ter se comprometido trabalhar para desapropriar o terreno na Alemoa, a área deverá estar pronta para abrigar os caminhões em meados de 2005. “Existe a necessidade de se fazer um aterro e para isso é preciso obter licença ambiental, o que demora. Portanto, não podemos contar com o estacionamento para quem vem descarregar a safra de soja e outros produtos este ano”, afirma o presidente do Sindisan, Marcelo Marques da Rocha. Para diminuir os transtornos, a Codesp está fazendo reformas nas vias do cais. A Autoridade Portuária pretende ainda demolir o Armazém 1 para que os caminhões que seguem pela Rua Cristiano Otoni possam entrar á direita sem ter que cruzar a linha férrea. A medida terá de ser aprovada pelo Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos (Condephasa) e pela CET.
Recapitulando os fatos 1997
Criado o Grupo de Logística Terrestre da Baixada Santista (GLTBS), constituído por representantes do Sindisan, Companhia de Engenharia de Trânsito (CET-Santos) e integrado pela DERSA, CODESP e Prefeituras de Guarujá e Cubatão. Medidas Provisórias prevém privatização de terrenos da RFFSA. Prefeitura Municipal de Santos (PMS) oficia ao MT manifestando interesse pelo terreno da Alemoa para pátio de caminhões. A necessidade da implantação de um sistema de estacionamento para caminhões destinados ao Porto de Santos, destacando-se no que deverá ser implantado em terreno da RFFSA na Alemoa, é apontada no relatório final do GLTBS. PMS pede audiência com o Ministro dos Transportes para tratar do terreno da RFFSA na Alemoa.
GLTBS se reúne, por convocação da PMS
GLTBS se reúne, por convocação da PMS, e destaca a importncia da implantação do estacionamento na Alemoa. Composto pelo Ministério dos Transportes, CODESP, Secretaria Estadual de Transportes e Prefeituras de Santos e Guarujá, é criado o Grupo de Trabalh
As reclamações de seus associados sobre os constantes congestionamentos no Porto
Para o presidente do Sindisan, Marcelo Marques da Rocha, a situação chegou a um nível insustentável. As reclamações de seus associados sobre os constantes congestionamentos no Porto o fez convocar uma reunião, às pressas, no dia 17 de março, com o obje
Multas de trânsito iráo ter novas regras a partir de junho
O parágrafo 8o. do art. 257 do Código de Trânsito Brasileiro prevém a aplicação de multa com fator multiplicador em veículos de propriedade de pessoas jurídicas que não identificarem o condutor do veículo que cometeu uma infração. A determinação passa a virar a partir de junho. Todos os detalhes sobre o assunto estão no art. que o advogado do Sindisan, Celestino Venâncio Ramos, escreveu e colocou á disposição em seu site na Internet. O endereço eletrônico é o www.celestinoadv.com.br.
Lideranças da região têm audiência com ministro amanhã
Representando o presidente da FETCESP, Flávio Benatti, o presidente do Sindisan, Marcelo Marques da Rocha, estará amanhã (30) em Brasília durante audiência com o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, às 9 horas. Também estaráo presentes o vice-presidente do Sindisan, Vicente Aparâcio Y Moncho e lideranças da região, como o prefeito Municipal de Santos, Beto Mansur, o deputado federal, Vicente Cascione, o presidente do Sindicam, Heraldo mes de Andrade, vereadores e empresários. O encontro com o ministro foi agendado para tratar, principalmente, da cenário do terreno da RFFSA para a Codesp, localizado na Alemoa, uma área que seria destinada á implantação de um estacionamento com capacidade para abrigar três mil caminhões. Mas na ocasião, serão apresentadas e discutidas outras sugestõs com o intuito de solucionar os problemas de trânsito no complexo portuário.,
Lideranças discutem problemas de tráfego no Porto
Os constantes congestionamentos de caminhões no complexo portuário que, há muito tempo vêm gerando irritabilidade entre empresários do transporte na região, resultou numa reunião emergencial entre transportadores, caminhoneiros e autoridades portuária e municipal, na última quarta-feira (17), na sede do Sindisan. O encontro foi convocado e conduzido pelo presidente do Sindisan, Marcelo Marques da Rocha. Estiveram presentes: João Paulo Tavares Papa (vice-prefeito e secretário de Planejamento de Santos); Arnaldo de Oliveira Barreto (diretor de Infra-estrutura e Serviços da Codesp);Heraldo mes de Andrade (presidente do Sindicam) e demais membros de diretoria do Sindisan. O problema de excesso de caminhões e a falta de estacionamentos acenderam várias sugestões, entre elas, a necessidade de mais investimentos por parte dos terminais e uma antiga reivindicaráo: a utilização para estacionamento de um terreno de cerca de 400 mil metros quadrados, no bairro da Alemoa, pertencente á rede Ferroviária Federal. Para dar continuidade às discussões, Barreto agendou uma nova reunião para a próxima sexta-feira, dia 26, às 10 horas, na sede da Codesp.
Código de Trânsito Brasileiro é tema de palestra no Sindisan
Acontece na próxima terça-feira, dia 30, às 8h30, no auditório do Sindisan (Rua D. Pedro II nº 89, Centro – Santos), a Palestra “RESPONSABILIDADE DA PESSOA JURÍDICA E O CÓDIGO DE TRáNSITO BRASILEIRO”, do advogado e professor da Academia de Polícia de São Paulo, Marcos Arantes Pantaleáo. O palestrante abordará o Código de Trânsito Brasileiro que ganhou novas Resoluções que entraráo em vir no mês de abril, modificando procedimentos dos Ógáos do Trânsito e das empresas que possuem veículos para a prestação de serviços ou conduzidos por terceiros. As inscrições devem ser feitas pelo endereço eletrônico www.pantaleaotransito.com.br/inscricao.php até sexta-feira (26). Associadas Sindisan têm desconto e pagam R$ 40,00 por pessoa (já incluída a apostila). Ao preencher a ficha de inscrição, no espaço “empresa”, a associada deve acrescentar, entre parênteses, “(associada do Sindisan) . A taxa deve ser depositada no Banco Itaú, Agência 0174, c/c 18365-7 e o comprovante de pagamento encaminhado pelo FAX: (011) 3271-0242. As vagas para as associadas são limitadas (35 pessoas). Informações: (13) 3219-4745/ secretaria@sindisan.com.br