Saiba como o Supply Chain 4.0 revoluciona o setor de logística

A indústria 4.0 já existe em todo mundo e colocou em prática conceitos até então desconhecidos, como Internet das Coisas, robótica avançada, analytics e big data. A tecnologia cresceu de forma exponencial e trouxe grandes facilidades para mercados diversos, entre eles o de suprimentos e logística, que, desde então, vem adotando o chamado Supply Chain 4.0. Mas o que é esse processo exatamente?
O assunto foi um dos destaques da Intermodal South America 2019, realizada na semana passada, em São Paulo. O processo garante que a gestão da cadeia de suprimentos seja mais integrada, dos fornecedores aos clientes, e que as decisões sobre custo, estoque, e atendimento sejam tomadas em uma perspectiva de ponta a ponta, e não isoladamente, por função. Com isso, a cadeia de abastecimento torna-se mais rápida, flexível, detalhada, precisa e eficiente.
De acordo com o João Pedro Castelo Branco, da McKinsey & Company, a cadeia de suprimentos é balizada por três variáveis básicas: rapidez na mudança de expectativas dos clientes, com tendência de individualização a partir do celular; foco na conveniência; e super sensibilidade ao preço. “A demanda e o comportamento do consumidor são afetados pela grande quantidade de opções que temos e pela forma como resolvemos nossa necessidade. Isso gera obrigação de precisão e de integração na cadeia”, explica. Segundo ele, as empresas estão mudando a forma de operar para se adaptarem às necessidades dos consumidores.
Nesse contexto, surgem máquinas com grande capacidade computacional, que analisam dados de forma mais dinâmica do que seres humanos. “Precisamos de profissionais capazes de interagir com todo o conhecimento gerado para receber inputs e trabalhar a viabilidade da máquina”. Entre as possibilidades geradas estão, por exemplo, a automação de veículos para tarefas repetidas, impressão 3D e, até mesmo, entregas em locais não usuais. “Quem disse que hoje eu preciso entregar um produto na sua casa? Eu posso entregar no porta-malas do seu carro. A Amazon já opera dessa maneira”, pontuou.

E as outras empresas?
Várias empresas vêm usando o Supply Chain 4.0 nas entregas de seus produtos. A Autotrack, por exemplo, monitora todo o ciclo operacional das cargas transportadas de caminhão, desde a coleta até a entrega. Cada etapa do processo é verificada, como a rota percorrida, tempo de direção, acidentes, temperatura da carga, perfil do condutor, uso de combustível e de pneu. “A ideia é que monitoremos indicadores que alimentam nossa cadeia. Com isso, nossa operação logística se torna muito mais eficiente”, explica Márcio Toscano, diretor-executivo da empresa.
O Mercado Livre, plataforma de tecnologia que oferece serviços de e-commerce para toda a América Latina, também adotou as vantagens de uma cadeia de abastecimento complexa desde 2013. “Optamos por não ter estoques. Construímos tecnologias paras fazer com que empresas possam anunciar seus produtos e para que compradores possam receber”, conta o diretor Leandro Bassoi.
Segundo ele, a mudança de paradigma veio a partir da necessidade de modernização da plataforma e de melhoria da experiência de compra dos usuários. Um dos processos de geração e acúmulo de dados foi a partir da criação de uma interface com os Correios. “No momento da compra, o Mercado Livre gerava uma etiqueta dos Correios para o fornecedor. Quando ele enviava a mercadoria ao cliente, a gente recebia essa informação. Isso gerou muita eficiência aos nossos processos”.
Outro exemplo de eficiência vem da atuação da empresa na Argentina. Como grande parte das mercadorias do país é entregue por meio de motoqueiros, a plataforma criou um aplicativo de celular para esses profissionais. Antes de iniciarem o trajeto, eles entram na ferramenta, acionam a função de leitura do código de barras impresso na caixa, e, em seguida, geram dados do trajeto feito pelo motorista. “O Mercado Livre trabalha sempre com tecnologia. A gente não se dá por vencido até melhorar. Nossa meta principal é oferecer excelência na execução e gerar valor para os usuários”, conclui Bassoi. Fonte: Agência CNT.

Redes sociais lideram uso de telefone celular com internet

A maior finalidade do uso de smartphones pelos brasileiros é o acesso às redes sociais. Ao responderem à 143ª Pesquisa CNT MDA, 82% dos entrevistados disseram buscar Whatsapp, Telegram, Facebook, Instagram, entre outras redes, em seus aparelhos de telefone celular com internet. Em segundo lugar no ranking de finalidade, estão as ligações por Whatsapp, sendo citadas por 55,5%. Em seguida, estão as ligações comuns (48,9%).
Os brasileiros também utilizam os smartphones para buscar notícias (27%), tirar fotografia (18%) e acessar e-mails (17%). Os jogos e outros entretenimentos aparecem na finalidade de uso de 11,8% dos entrevistados. Eles puderam escolher até três opções.
No total de pessoas entrevistadas em todas as regiões do Brasil, 69,5% utilizam smartphones e 57,3% consideram que os preços de pacotes de dados para acessar a internet pelos equipamentos estão altos.
A Pesquisa CNT MDA ouviu 2.002 pessoas em 137 municípios das cinco regiões do Brasil. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, com 95% de nível de confiança.
Confira a íntegra da pesquisa acessando http://www.cnt.org.br/Pesquisa/cnt-mda
Fonte: Agência CNT de Notícias.

Argentina será a mais afetada pela entrada de trigo americano no Brasil

Após anúncio feito pelo presidente Jair Bolsonaro de que o Brasil vai reduzir tarifas de importação para a entrada de 750 mil toneladas de trigo dos Estados Unidos, consultorias estimam que o preço do cereal no mercado interno tende a cair. De acordo com a INTL FCStone, o valor do cereal pago ao produtor rural deve ser impactado principalmente entre maio e julho.
“Você leva um tempo para começar a contratar o navio. Além disso, o trigo que deve chegar aqui no Brasil é o da nova safra americana, que começa a ser colhido apenas em junho”, explica o consultor em gerenciamento de risco da consultoria, Roberto Sandoli.
Apesar dessa perspectiva de redução nos preços do trigo no Brasil, um dos países que poderá ser afetado é a Argentina, que se sentirá pressionada a baixar seus preços para conseguir colocar o produto no mercado brasileiro.
“Os argentinos teriam que reduzir os preços na mesma proporção para poder concorrer com os americanos. Inclusive, eles conseguiriam fazer isso porque possuem um custo de produção menor”, comenta Sandoli.
A consultoria Safras&Mercado também ressalta os impactos no país vizinho. “Se o volume vem da Argentina ou dos EUA, é algo indiferente (para o Brasil). Essa decisão afeta mais a Argentina”, comentou o analista de mercado Paulo Molinari.
“O ponto principal é entender em quais condições esse produto poderá entrar no Brasil, como por exemplo, se importação será durante o ano inteiro ou só por um período”, enfatiza o gestor de risco.
Em 2018, o Brasil importou 6,8 milhões de toneladas. No ranking, deste volume, 5,9 milhões de toneladas de trigo foram provenientes da Argentina, 339 mil toneladas do Paraguai, 273 mil toneladas dos EUA e 197 mil toneladas do Canadá.
Área plantada na próxima safra
Apesar da perspectiva de queda nos preços, a área plantada com o cereal no Brasil não deve cair. A expectativa da INTL FCStone é que o total semeado na próxima temporada fique estável ou tenha leve aumento. Isso pode ser explicado pela falta de opção quando se trata de outras culturas.“O produtor não tem outra opção. Ele poderia plantar aveia, mas aveia não tem valor comercial”, comenta.
O analista explica que o plantio do trigo poderia ser útil como uma rotação de cultura para a soja que seria semeada depois. “Como a soja brasileira, por conta da guerra comercial entre China e EUA, pode ter maior demanda, ela poderia substituir uma rentabilidade perdida no cereal”, explica.
A projeção da FCStone é que produtores do Paraná mantenham a área plantada e os agricultores de São Paulo reduzam levemente o total plantado. “O Paraná começa a plantar no mês que vem, então isso já está definido. A grande questão vai ser saber o que os agricultores do Rio Grande do Sul vão fazer, mas eu acredito em manutenção de área”, comenta Roberto. Fonte: Canal Rural.

Codesp estuda concessão de avenidas perimetrais do Porto

A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) estuda a possibilidade de uma Parceria Público-Privada (PPP) para a conclusão da 2ª fase da Perimetral da Margem Esquerda (Guarujá), avaliada em R$ 400 milhões, e parada desde 2017. Como contrapartida, a empresa investidora terá direito à exploração da via. O mesmo plano deve ser implantado na Margem Direita (Santos).
Além de poder explorar a área, cobrando tarifas dos caminhões que acessam o Porto, a empresa será responsável pela manutenção de todo trecho viário, além de ter de oferecer segurança, retirar os caminhões parados e disponibilizar profissionais para atuar no local, assim como guinchos por 24 horas, nos sete dias da semana.
A área da Perimetral de Guarujá é de responsabilidade total da Codesp. Em Santos, porém, há um trecho de área urbana, que é fiscalizado pelo Município. Para que não haja empecilhos no futuro, o diretor-presidente da Autoridade Portuária, Casemiro Tércio Carvalho, esteve na Prefeitura para discutir a questão.
Ele foi recebido, na segunda-feira, pelo prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), que estava acompanhado do vice-prefeito e secretário de Assuntos Portuários, Indústria e Comércio, Sandoval Soares (PSDB), e demais técnicos da administração.
“A Prefeitura recebeu bem a proposta, que ainda está em estudo”, informou a Codesp, em nota, após a reunião.
A Administração Municipal, por sua vez, disse que aguardará a apresentação do projeto da estatal para fazer análise detalhada da proposta.
Concessão exploração
Carvalho ressalta que o assunto ainda é tema de estudos, mas dá uma prévia daquilo que pensa em realizar na área. “A ideia é conceder toda a Avenida Perimetral do lado de Guarujá e de Santos, com todos os acessos e pontes”.
O diretor-presidente diz ter pensado em uma concessão com o sistema ponto a ponto, que cobra o pedágio de forma eletrônica e com base no trecho percorrido pelo usuário. “Veículos utilitários não pagam, apenas caminhões”, propõe.
Uma das possibilidades indicadas por ele é a utilização de pórticos (portais) que, através de seus sensores, acusarão a passagem dos caminhões tagueados (sinalizados).
“Entrou na Perimetral e andou um quilômetro, vai pagar por um quilômetro. Normalmente, estamos falando em 20 centavos por quilômetro, que é o preço médio da tarifa da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), mas, obviamente, vamos modelar.
Perimetral de Guarujá
Parada desde 2017, a 2ª fase da Perimetral de Guarujá tem por objetivo eliminar o trânsito entre o Porto e a Cidade, que é intenso na Avenida Santos Dumont, no Distrito de Vicente de Carvalho (onde fica a zona portuária). A via é utilizada como acesso aos terminais da Margem Esquerda e por moradores.
Na Avenida Santos Dumont, para segregar o tráfego urbano do portuário, a Codesp optou por construir uma ponte de 990 metros de comprimento e quatro faixas. Ela será usada somente por veículos de passeio, atendendo ao fluxo urbano.
A estrutura terá início nas proximidades do terminal da Dow Química terminará sobre o Rio Santo Amaro. A ponte que já existe no local será demolida para a construção da nova, que terá um pé direito de 6,7 metros.
Somente após ser finalizada é que deve começar a remodelação da Avenida Santos Dumont e a construção da outra ponte.
Obras em Santos são acompanhadas com rigidez, diz Docas
As obras da Avenida Perimetral de Santos entre o Macuco e a Ponta da Praia estão em andamento e devem ser finalizadas até agosto de 2020. Até que isto aconteça, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) pretende acompanhar os trabalhos com rigidez. Isto acontece pelo fato da construtora Cappellano, responsável pelo serviço, ter paralisado as atividades no ano passado e não ter concluído a primeira etapa prevista até o final de 2018.
“A empresa estava passando por dificuldade financeira. Até discutimos a possibilidade de outra empresa fazer a sub-rogação do contrato (assumir), mas a Cappellano disse que continuaria. Temos ciência de que um grupo econômico aportou dinheiro. O ponto mais importante é que redobramos a atenção com o contrato e a fiscalização está em cima”, afirmou o diretor-presidente da Docas, Casemiro Tércio Carvalho.
O executivo, no entanto, informa que o período de chuva não tem ajudado. De qualquer forma, a estatal reforça que, devido aos problemas com paralisações, a empresa foi penalizada em R$ 25 mil. Caso ocorram novos atrasos, a Autoridade Portuária aplicará outras multas à construtora.
Esta etapa da Avenida Perimetral da Margem Direita do Porto de Santos deve acabar com um dos principais conflitos na relação Porto-Cidade, que é o tráfego intenso de caminhões em direção aos terminais da Ponta da Praia, em Santos.
O empreendimento envolve a revitalização dos 3,5 quilômetros da Avenida Mário Covas, a antiga Avenida dos Portuários, que passa ao lado da zona portuária do Canal 4 e segue até o Mercado de Peixe.
A obra
O serviço foi dividido em três partes. A primeira é a construção do viaduto e dos pontilhões ferroviários. Neste ponto, inclusive, Carvalho aponta uma mudança no projeto que, segundo ele, não deve alterar muito o cronograma. A novidade é que o desemboque da ponte, do outro lado da linha férrea, será prolongado em oito metros para que possam caber duas novas linhas.
Em seguida, está previsto o remanejamento de interferências e a revitalização da Avenida Mário Covas. Já a terceira parte será a readequação da atual Avenida Ismael Coelho de Souza (dentro da área portuária), com a relocação dos ramais ferroviários, que estão entre os armazéns e serão transferidos para a região entre os galpões e a avenida.
Segregação
Com a implantação desse complexo de viadutos, será segregado o tráfego rodoviário entre veículos de contêineres e de grãos. O equipamento terá duas faixas de rolamento em cada sentido e vão com altura de 6,75 metros.
Todo o tráfego que segue em direção à Libra Terminais será absorvido pelos viadutos, mantendo-se na Avenida Mário Covas o trânsito dos veículos que demandam ao Corredor de Exportação.
A via passará por uma completa reurbanização, com reforma do pavimento, nova iluminação e paisagismo, enquanto a avenida interna será mantida desde as instalações da Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP) até o Armazém 33. Fonte: A Tribuna.

“Leilão dos aeroportos foi um sucesso indiscutível”

O governo federal está comemorando o resultado do leilão de 12 aeroportos regionais, realizado na última sexta-feira (15), que arrecadou R$ 2,377 bilhões em outorga, a serem pagos à União na assinatura dos contratos. O economista e sócio gestor da Inter B. Consultoria, Claudio Frischtak, exalta o resultado do leilão e o modelo de concessão em bloco. Também destaca a condução do atual governo em relação ao setor de infraestrutura. Segundo Frischtak, o processo bem-sucedido se contrapõe ao modelo de concessões adotado pelo governo Dilma Rousseff, que, para ele, foi desastroso. Confira a entrevista:
O governo federal fala que o leilão desta sexta-feira superou as expectativas em função dos elevados valores dos ágios e das outorgas. Como o senhor avalia esse resultado?
O leilão foi um sucesso, isso é indiscutível. O ágio não representa todo o sucesso. Claro que ele é importante e indica que houve competição. Mas o determinante é daqui para frente: compromisso dos investidores e dos novos operadores em melhorar a eficiência do sistema portuário. Com as outorgas, o governo arrecadou quase R$ 2,4 bilhões, o que foi muito acima do esperado. Não sabemos muito o que será feito com esses valores, mas, do ponto de vista do usuário, o importante é o que os operadores farão.
Para a realidade do sistema aeroportuário brasileiro, flagrantemente heterogêneo, o modelo de leilão em blocos é o ideal?
Em relação à modelagem em bloco, sempre tive um viés a favor. Ela traz um pouco da ideia de misturar o filé com o osso e tem potencial de sinergia entre os aeroportos superavitários e deficitários. É inegável que a Infraero não tem mais condições de investir nos aeroportos menores. Logo, se esses terminais não forem privatizados, seriam abandonados. Inversamente, a ideia do leilão em bloco implica processos de modernização mais uniformes, em grande medida seguida pelos diferentes aeroportos. Ou seja, foi um processo bem-sucedido.
Qual lição ou mensagem pode ser extraída desse resultado positivo, então?
O processo e o resultado mostram os erros crassos cometidos pelo modelo de concessão dos aeroportos adotado pelo governo Dilma Rousseff, que obrigava a Infraero a ser acionista com 49% de participação nas concessões. Isso era contra o interesse público. Até hoje, a Infraero está vendendo suas participações. Portanto, esse modelo bem-sucedido verificado hoje contrapõe o passado, que tinha uma modelagem malfeita, com um desenho muito mal elaborado. Também há que se ressaltar a participação de diversos operadores, entre os quais, a espanhola Aena, que administra os terminais de Madri, na Espanha. Essa é uma excelente notícia e aumenta a competição. Também vemos a ratificação da Zurich como investidora de fato [a empresa suíça já opera o aeroporto de Confins-MG].
A maciça participação de empresas estrangeiras é uma sinalização de que o ambiente de negócios brasileiro voltou a ser atrativo para capital estrangeiro? O que mudou?
Estamos voltando à normalidade da relação do país com os investidores estrangeiros. Esse movimento começou com o governo Michel Temer, que, na minha avaliação, na gestão da economia, foi excelente. Isso porque repensou o papel do Estado, que deixou de ser intervencionista e agressivo. Além disso, o modelo de concessões aeroportuárias, especialmente no pós-Dilma, em que só tem o setor privado investindo é atrativo. O leilão anterior já havia sido um sucesso e a transição está sendo bem-feita, sem percalços jurídicos, inclusive com a cooperação da Infraero. Portanto, o investidor quando procura o país, ele olha o segmento, e o aéreo é muito atraente. Temos um país com território continental, isso conta; potencial grande de crescimento de fluxos domésticos e internacionais. Eles investem olhando para daqui 30 anos e apostam que o Brasil, apesar dos problemas fiscais, retomará a estabilidade macroeconômica.
A despeito das derrapadas políticas, o senhor considera que, no campo da infraestrutura, o governo tem acertado? O PPI está no caminho certo?
O PPI é uma excelente inovação institucional e esse governo agiu corretamente ao preservar a carteira de projetos e ampliá-la. Também foi acertada a decisão de levar o Tarcísio Gomes para o Ministério da Infraestrutura. É uma pessoa que teve papel importante na formatação e consolidação do PPI. Não pegaram um neófito, mas um técnico com experiência em fazer as coisas acontecerem. Contudo, eu vejo esse governo fragmentado. Há um grupo pragmático, que envolve a economia, a infraestrutura e os próprios militares, contrapondo-se a um grupo sectário e ideológico, que, do ponto de vista do país, não representa a maioria e só atrapalha o governo e a agenda da economia e da infraestrutura. Fonte: Agência CNT.

Produção industrial avança em nove locais pesquisados em janeiro

Apesar da queda de 0,8% na produção industrial nacional, nove dos 15 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tiveram alta na passagem de dezembro de 2018 para janeiro deste ano. O maior crescimento foi observado no Amazonas (5,2%), de acordo com dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgados hoje (14).

Outros estados com alta foram Pernambuco (3,0%), Rio Grande do Sul (2,6%), Goiás (2,6%), Pará (1,7%), Santa Catarina (0,8%), Minas Gerais (0,7%) e o Paraná (0,7%). A Região Nordeste, que também é pesquisada pela soma dos seus nove estados, teve crescimento: 1%.

Por outro lado, seis estados puxaram a queda nacional da indústria: Mato Grosso (-5,4%), Espírito Santo (-2,6%), Bahia (-2,2%), São Paulo (-1,8%), Rio de Janeiro (-1,3%) e o Ceará (-0,4%).

Outras comparações

Na comparação com janeiro de 2018, dez dos 15 locais pesquisados tiveram queda. As maiores delas foram observadas no Amazonas (-10,5%) e em Mato Grosso (-9,2%). Dos cinco locais com alta na produção, o Paraná teve o melhor resultado (8,1%).

No acumulado de 12 meses, oito dos 15 locais tiveram queda, com destaque para Goiás (-4,2%), e sete tiveram alta, com o melhor resultado sendo observado no Pará (8,2%). Fonte: Agência Brasil.

Prefeitura de Santos propõe intermediar negociação entre estivadores e terminais

Uma intermediação das negociações entre estivadores e terminais portuários foi proposta pelo prefeito Paulo Alexandre Barbosa, que recebeu ontem (12) representantes do sindicato dos estivadores de Santos (Sindestiva), no Paço Municipal. A categoria está em campanha pela manutenção da contratação de 50% de mão de obra avulsa desde que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou decisão permitindo que 100% dos trabalhadores sejam vinculados à CLT.
Durante o encontro, o presidente do Sindestiva, Rodnei da Silva, expôs detalhes das tratativas em andamento e possíveis impactos de eventual restrição da oferta de trabalho para estivadores, com consequente aumento na demanda de serviços públicos prestados pelo Município.
“A categoria se reuniu em assembleia. Aprovamos mais uma proposta, que está sendo encaminhada aos terminais e a trouxemos para conhecimento do prefeito”, disse o sindicalista.
O chefe do Executivo abordou eventuais impactos social e econômico para o Município, pregando a busca por um acordo. “Entendemos a importância do processo de modernização do porto, mas é preciso conciliar isso com a preservação do sustento dessas famílias. É fundamental que essa riqueza gerada fique na Cidade, com os trabalhadores portuários”, salientou, mencionando uma colaboração da Prefeitura para o entendimento entre as partes. “Vamos intermediar esse diálogo para que possamos encontrar uma solução”. Fonte: Prefeitura de Santos.

Avenida Martins Fontes, em Santos, terá pista interditada a partir desta segunda (11)

A partir desta segunda-feira (11) a pista 4 da Avenida Martins Fontes, em Santos, estará bloqueada no trecho do bairro do Saboó, entre a rua Pio XII e a Rodovia Anchieta. A interdição acontece para que a 3ª etapa do programa Nova Entrada de Santos seja realizada.
Como alternativa os motoristas que tiverem como destino a cidade de São Paulo terão a pista 3 da mesma avenida, que receberá também o fluxo de veículos com destino à Zona Noroeste.
A avenida segue com a pista 1, sentido Zona Noroeste/Centro, interditada no trecho entre a Nossa Senhora de Fátima e a Rua São Sebastião. O trecho da Rua São Sebastião até o final da pista, na aproximação com a Rua Flamínio Levy, deverá ser liberado apenas para o tráfego de moradores do bairro e veículos leves.
Já a pista 2 permanecerá recebendo os veículos que vierem da Zona Noroeste e da também da Via Anchieta. Fonte: Diário do Litoral.

Começa o prazo para eleitor faltoso evitar cancelamento do título

O prazo para quem não votou nem justificou a falta em pelo menos três votações seguidas regularizar sua situação começa nesta quinta-feira (7). Para isso, é preciso pagar as multas referentes às ausências, bem como comparecer a um Cartório Eleitoral para apresentar, além do título, um documento com foto e um comprovante de residência.
Para somar as três faltas, são contados também os turnos de votação. Também são contadas as eleições suplementares, convocadas quando o pleito oficial é anulado devido a irregularidades. Segundo informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mais de 2,6 milhões de pessoas podem ter o título cancelado caso não resolvam a situação.
Os nomes dos faltosos começaram a ser divulgados em 20 de fevereiro e podem ser consultados nos cartórios eleitorais de todo o país. O prazo para a regularização vai até 6 de maio.
O cancelamento do título pode acarretar uma série de problemas. A pessoa fica, por exemplo, impedida de obter passaporte e carteira de identidade, de receber salário de função ou emprego público e/ou de participar de concorrência pública ou administrativa estatal.
O faltoso fica ainda impossibilitado de obter empréstimos em instituições públicas, de se matricular em instituições de ensino e de ser nomeado em concurso público.
Não terão os títulos cancelados aqueles que não são obrigados a votar, sendo seu comparecimento às urnas facultativo, como as pessoas entre 16 e 18 anos e acima de 70 anos. Também não estão sujeitos à medida os portadores de deficiência a quem seja impossível ou extremamente oneroso o cumprimento das obrigações eleitorais. Fonte: Agência Brasil.

Estivadores realizam manifestação nesta sexta-feira, no Porto de Santos

O Sindicato dos Estivadores de Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão (Sindestiva) realiza, nesta sexta-feira (1), uma manifestação no Porto de Santos. A categoria decidiu, na última nesta terça-feira (26), pelo início de uma greve por tempo indeterminado.
A paralisação é uma resposta à decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que entra em vigor nesta sexta, e permite que os terminais de contêineres do Porto possam utilizar apenas trabalhadores portuários avulsos vinculados (contratados com base na CLT).
Os manifestantes se reuniram, a partir das 7 horas, em frente ao Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo). O presidente do Sindestiva, Rodnei Oliveira da Silva, o Nei da Estiva, falou que já havia um acordo entre trabalhadores e operadores portuários sobre a questão, que não foi respeitado.
“A lei diz, em seu artigo 40, que o trabalhador portuário poderá trabalhar como avulso e vinculado. Por isso, foi estabelecido num acordo coletivo de trabalho, por dois anos, que nós trabalharíamos com 50% de mão de obra vinculada, sendo trabalhadores de estiva com registro e cadastro no Ogmo. E, também, trabalhadores avulsos. Por isso esse acordo, que nós buscamos e as partes fecharam, teria que ter sido prorrogado. É ele que teria que ter sido mantido para que nós tivessemos, realmente, uma paz no Porto de Santos”, disse o presidente do Sindestiva.
Segundo o sindicalista, os operadores dos terminais induziram o Tribunal Superior do Trabalho ao erro, ao interpretar a lei como “contratação de trabalhadores vinculados ou avulsos”, ao invés de “trabalhadores vinculados e avulsos”.
“Eles não se conteram com o que já tinham e queriam mais. Foram buscar decisões judiciais descabíveis levando, inclusive, o Judiciário ao erro. Está no processo, bem claro, quando eles querem mostrar o artigo 40. Ao invés de mostrar ‘e’, eles fazem a leitura do ‘ou’. Eles tiveram êxito em derrubar a liminar que mantinha o percentual de 25% de trabalhadores avulsos. Mas nós temos, e é importante a sociedade saber, o julgamento do mérito ainda. Temos fé que vamos reverter (a decisão) e o Judiciário fará justiça”, completou Nei.
O percentual de avulsos e vinculados nas operações é uma disputa antiga entre estivadores e empresas. Em 2015, uma sentença do TST acabou com a proporção de 50/50 (o terminal teria 50% de sua mão de obra integrada por avulsos e 50% por vinculados) e estipulou um calendário de transição. Hoje, as instalações podem atuar com 75% de empregados próprios, contratados pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), e 25% via Ogmo.
Houve um princípio de tumulto quando os sindicalistas tentaram entrar no terminal da Libra para chamar os avulsos que estavam embarcados para participar do movimento, além de checar uma denúncia de possível exploração do trabalho. Segundo eles, os funcionários estariam trabalhando sem ser respeitadas as horas de descanso. A entrada dos membros do Sindestiva foi negada.
A Guarda Portuária convocou Nei da Estiva para conversar com a delegada federal, na sede da Companhia Docas de Santos (Codesp). A delegada foi solidária a manifestação, mas pediu cautela aos sindicalistas porque, caso eles entrassem no Porto, seria configurado crime federal e eles teriam que ser detidos.
Foi negociado, então, que a Polícia Federal fará a vistoria para averiguar se há algum desrespeito às relações de trabalho. O Sindestiva fará um Boletim de Ocorrência contra a negativa de entrada por parte do diretor do terminal.
A Autoridade Portuária emitiu uma nota em que informa que atuará, em conjunto com as demais autoridades competentes, por meio da Cesportos (Comissão Estadual de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis), para garantir a plena operação do Porto de Santos.
Outro lado
Em nota, o Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp) disse que, desde de julho de 2018, tais empresas informaram que estavam aguardando a apresentação de uma proposta, para a possibilidade de continuidade na utilização de trabalho de estiva na forma de avulsos, posterior a março de 2019, sem que fosse encaminhada qualquer proposta. A apresentação da proposta, mesmo com a extrema proximidade quanto ao prazo legal para o novo sistema, foi avaliada pelas empresas na expectativa que houvesse possibilidade de sua aplicação.
Segundo o sindicato, entretanto, a proposta recebida “mantém a posição intransigente, de negar a aplicação da decisão judicial e ainda exigir o retorno de 50% das operações com estivadores avulsos”. Em análise inicial, o Sopesp alegou que a proposta é inviável, pois continua exigindo uma equipe excessiva e valor de remuneração fora da realidade quanto à necessidade de competitividade do Porto de Santos, frente a outros portos e terminais privados.
Nesta manhã, a categoria dos operadores portuários informou que as empresas já realizam 100% de suas operações com estivadores vinculados, desde o período de trabalho que se iniciou 1 hora da manhã desta sexta-feira. Fonte: A Tribuna.