O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) aprovou novas regras para o pagamento de infrações por motoristas em situações irregulares. A resolução foi publicada no Diário Oficial do dia 6/7. A principal mudança está na permissão das autoridades de trânsito estabelecerem possibilidades de quitação dos débitos com diversas formas de pagamento, inclusive utilizando cartões e de forma parcelada.O parcelamento não ficará restrito a apenas uma multa. Ele poderá ser organizado para mais infrações, em parcelas ou no conjunto dos débitos que um motorista tenha em relação ao seu veículo com um departamento de trânsito. Ao parcelar as infrações, o motorista fica liberado de pendências como a do licenciamento do veículo.Com o novo sistema, os departamentos estaduais de trânsito (Detrans) poderão contratar empresas para novos meios de pagamento. Em geral, a quitação de multas era realizada por meio de boletos emitidos pelos departamentos.As operadoras acionadas para intermediar os pagamentos devem ser credenciadas por entidades do Sistema Nacional de Trânsito.O proprietário do cartão deverá ser informado previamente das taxas adicionais cobrados ao optar por esta modalidade. Esses custos ficaráo a cargo do motorista, e não dos departamentos de trânsito.Os órgáos do Sistema Nacional de Trânsito que optarem por esse método de pagamento terão que repassar informações mensais ao Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) sobre a arrecadação. Caso essa prestação de contas não seja feita, a entidade poderá sofrer penalidades. Fonte: Agência Brasil NTC&Logística
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Petrobras anuncia aumento de preço na gasolina
O valor do diesel segue congelado A 2,0316 reais após acordo entre governo e caminhoneiros para acabar com a greve da categoria https://veja.abril.com.br/noticias-sobre etrobras/ Petrobras e levará os preços gasolina a partir desta quarta-feira. O valor do litro sobe de 2,0249 reais para 2,0369 reais nas refinarias este é o maior patamar desde 23 de junho. Desde o início do mês, o reajuste acumulado foi de 4,5%. As informações estão disponíveis no site da estatal.O avanço dos preços coincide com a alta das referências internacionais do petróleo e o aumento do dólar ante o real. Ambos os fatores, mercado externo e câmbio, integram o sistema de formação de preços de combustíveis da companhia, em vigor desde o ano passado e que prevê reajustes quase diários.Enquanto isso, o valor do diesel segue congelado A 2,0316 reais desde 1 º de junho após acordo entre governo e caminhoneiros para acabar com a greve da categoria, que causou uma crise de desabastecimento no país. A paralisação deu-se pela disparada no preço do combustível, que chegou a atingir uma máxima de 2,3716 reais por litro em maio. A Petrobras reitera há meses que não tem poder de formação de preços dos combustíveis, os quais oscilam ao sabor das condições de mercado. Além disso, destaca, inclusive em propagandas comerciais, que sua cotação responde por cerca de um terço do valor final nos postos. Fonte: Veja
Porto se prepara para navios de 366 metros
Empresas e prestadores de serviço se adequam para receber nova classe de cargueirosO Porto de Santos está apto a receber embarcações de 366 metros. Para a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a estatal que administra o cais santista, com a atual infraestrutura do canal de navegação, é possível trafegar com navios da classe New Panamax, que são capazes de transportar 14 mil TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés). Entretanto, terminais e a Praticagem de São Paulo apontam a necessidade da realização diversas obras estruturais. Os avanços da indústria naval, o crescimento das demandas do comércio exterior e o aprimoramento da logística, com foco para a economia de escala no transporte de cargas, são alguns dos fatores que fazem com que o Porto tenha de estar preparado para a nova realidade da navegação mundial. Hoje, o cais santista já recebe cargueiros com até 336 metros de comprimento, 48 metros de boca (largura) e capacidade para transporte de 9 mil TEU. Em maio, veio pela primeira vez ao Porto de Santos o maior navio em comprimento a escalar no complexo, o Hyundai Loyalty, que tem 340 metros de proa (frente) a popa (trás). Se, por um lado, os navios cresceram em tamanho e, consequentemente, podem transportar um maior volume de cargas, por outro, os complexos portuários precisam se preparar para receber esses cargueiros. Neste contexto, os acessos terrestres e aquaviários merecem atenção especial para que seja garantido o acesso das mercadorias ao Porto. Questionada, a Autoridade Portuária informou que o Porto de Santos contratou estudos técnicos para se preparar para esta nova realidade. E foram esses trabalhos que mostraram a viabilidade do acesso dessas embarcações ao cais santista. Os estudos demonstram que as dimensões atuais são aceitáveis para a navegação desses navios. No modelo atual não há necessidade de aumentar a largura do canal, mantendo-se as dimensões atuais , destacou a Docas, em nota. Entre esses estudos que a Autoridade Portuária não comentou ao ser procurada está um desenvolvido pela Universidade de São Paulo (USP), que trata sobre obras para a otimização morfológica, náutica e logística do canal de acesso do Porto de Santos. O trabalho foi desenvolvido por técnicos do Centro de Gestão em Estudos Navais e do Tanque de Provas Numérico da instituição.Os pesquisadores utilizaram simulações matemáticas considerando um navio porta-contêiner com 366 metros de comprimento e 52 metros de boca, com capacidade para 14 mil TEU. Foram levados em conta o cenário atual, com profundidade de 15 metros, e um cenário futuro, com profundidade de 17 metros, viável para navios de até 15 mil TEU. RequisitosPara que os navios com 366 metros possam trafegar pelo canal de navegação do Porto, questões primordiais deverão ser observadas. A visibilidade deverá estar acima de uma milha náutica (1,8 quilômetro) e a maré, no estofo (período em que não há variação). Os ventos terão de estar abaixo de 15 nós (27 km/h) e ondas abaixo de 1,5 metro.Quanto aos rebocadores, a USP aponta que será necessário utilizar quatro embarcações, com sistemas centro proa e centro popa com capacidade de tração de 70 toneladas e soma total dos empuxos de 270 toneladas de tração. Também foi apontada a necessidade de um novo projeto de amarração de cargueiros no cais santista. Sobre esta questão, a Docas limitou-se a dizer que a Autoridade Marítima requereu estudos complementares que estão sendo desenvolvidos pelos terminais do Porto . Fonte: A Tribuna
Inflação acelera e vai a 1,26% em junho, maior para o mês em 23 anos
A inflação medida pelo índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou junho com alta de 1,26% ante um avanço de 0,40% em maio, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado foi o mais elevado para o mês desde 1995, quando subiu 2,26%, segundo o IBGE. A taxa de junho deste ano foi a primeira acima de 1% desde janeiro de 2016, quando o IPCA estava em 1,27%.Como resultado, a taxa acumulada em 12 meses saltou de 2,86% em maio para 4,39% em junho, o patamar mais elevado desde março de 2017, quando estava em 4,57%.O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que previam uma alta entre 1,02% e 1,37%, e levemente abaixo da mediana positiva de 1,28%.A taxa acumulada pela inflação no ano foi de 2,60%. Em 12 meses, o IPCA acumulou alta de 4,39%, dentro das projeções dos analistas, que iam de 4,14% a 4,50%, e abaixo da mediana de 4,41%.Preços administrados. Os preços administrados dispararam no acumulado em 12 meses no índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho, conforme cálculos da Rosenberg Associados enviados ao Projeções Broadcast. Segundo a consultoria, esses preços acumularam 11,78% em 12 meses concluídos em junho depois de 8,16%, atingindo o maior nível desde fevereiro de 2016 (14,93%).Vários preços administrados encareceram em junho, com destaque para gás encanado (2,37%), gás de botijáo (4,08%), taxa de água e esgoto (1,10%), mas especialmente conta de luz. No IPCA de junho, a energia elétrica ficou 7,93% mais elevada (de 3,53% em maio), em razão da mudança de bandeira amarela, com custo menor, para a vermelha 2, que cobra o valor mais alto. Enquanto a amarela tem taxa extra de R$ 1,00 a cada 100 quilowatts-hora (kWh), a vermelha 2 cobra R$ 5,00 a cada 100 kWh. Fonte: Estadão.
Prefeitura de Santos e MP firmam TAC sobre enchentes
A Prefeitura de Santos firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público sobre as medidas necessárias para solução de drenagem na Zona Noroeste. O objetivo é minimizar os impactos causados pelas chuvas alagam a região.Dentre as medidas previstas no TAC está a conclusão das obras da Avenida Haroldo de Camargo, no bairro Castelo. Até o momento já foram executados 70% dos trabalhos. A Prefeitura foi pré-selecionada para obter os recursos para a implantação de uma estação elevatória (que bombeará as águas das chuvas e maré alta) no final do canal da Haroldo de Camargo, pelo Programa Avançar Cidades, do Governo Federal.A estação com comporta e três bombas terá capacidade de bombear até seis mil litros de água por segundo para o Rio Bugres e está prevista no Programa Santos Novos Tempos. O valor previsto para essa obra é de R$ 30 milhões. O projeto executivo está pronto e aguarda a liberação da verba. O prazo para início da obra é de um ano, em função da necessidade obtenção de recursos e realização de processo licitatório.O documento foi assinado pelo prefeito Paulo Alexandre Barbosa, pela promotora de Justiça Almachia Zwaarg Acerbi, pelo advogado da Associação Comunitária Castelo, Fabio Eduardo Martins Solito e pelo morador da Zona Noroeste Carlos Alberto Raia Ferreira. Fonte: Diário do Litoral.
Publicada MP de programa que concede R$ 1,5 bi a montadoras
o Diário Oficial da União traz hoje (6) a medida Provisória (MP) que cria o novo programa de incentivo a montadoras Rota 2030 Mobilidade e Logística.O presidente Michel Temer assinou ontem a MP que cria o programa. Com o Rota 2030 serão concedidos créditos tributários que podem chegar a R$ 1,5 bilhão ao ano. O subsídio valerá igualmente para montadoras que atuam no país e para as empresas importadoras, que poderão abatê-lo sobre o Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).O Rota 2030 substitui o Inovar Auto, que vigorou entre 2012 e 2017, e concedia vantagens tributárias para a cadeia produtiva do setor instalada no país, além de aumentar a alíquota de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a importação de automóveis. Fonte: Agência Brasil.
disponibilizada prévia da nova versão do Manual de Orientação do eSocial
Está disponível na área de Documentação Técnica do Portal do eSocial a prévia da nova versão do MOS – Manual de Orientação do eSocial. Para acessar, clique no link: https:/ ortal.esocial.gov.br/manuais/mos-2.4.02.pdf -previa O Manual foi revisto para abranger todas as alterações promovidas no eSocial até o momento, inclusive quanto as Notas Técnicas e Nota de Documentação Evolutiva. O MOS compõe a documentação do eSocial, trazendo regras de utilização do sistema, prazos de envio dos eventos, além de exemplos e explicações mais detalhadas sobre diversos pontos relatados por usuários.A versão final desta atualização do Manual ainda aguarda publicação oficial pelo Comitê Gestor do eSocial, mas os usuários já podem desde logo utilizá-lo para esclarecer suas dúvidas. Fonte: Portal eSocial.
Oito mil litros de gasolina vazam de caminhão-tanque em posto de Santos
Aproximadamente 8 mil litros de gasolina vazaram de um caminhão-tanque que abastecia um posto de combustíveis no Macuco, em Santos, no final da noite de quinta-feira (5). No total, o veículo estava carregado com 23 mil litros do combustível. Por conta do acidente, as moradias no entorno do estabelecimento, que fica na Rua Luís Gama com a Silva Jardim, chegaram a ser evacuadas por conta do risco de explosão que foi descartado já no final da madrugada desta sexta-feira (6). De acordo com Daniel Onias, coordenador da Defesa Civil de Santos, parte do combustível que vazou foi contido e recolhido. O restante atingiu as galerias pluviais do bairro .A Reportagem apurou no local que o vazamento teria ocorrido após uma manobra realizada pelo veículo de carga. O tanque chegou a cair e, com o peso, o chão cedeu. O Corpo de Bombeiros foi acionado e usou espuma para isolar o combustível, evitando assim possíveis incêndios e explosões.A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) também foi acionada e esteve no local do vazamento. Fonte: A Tribuna. http://www.atribuna.com.br/noticias/noticias-detalhe/santos/gasolina-vaza-de-caminhao-tanque-que-abastecia-posto-de-santos/?cHash=81617a494ae1911fa012821186ce954e
Confirmada na CCJ permissão para parcelamento do seguro obrigatório de veículos
A permissão aos proprietários de veículos para parcelar o pagamento do Seguro Obrigatório (DPVAT) em 12 parcelas foi confirmada na reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) ontem (4), na forma de um substitutivo ao PLS 162/2014. O texto segue para a Câmara dos Deputados, se não houver recurso para análise em Plenário.O PLS 162/2014, do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), busca diminuir o prejuízo financeiro que hoje têm os proprietários de determinadas categorias de veículos com o seguro. Ele acredita que esse parcelamento reduzirá a inadimplência, especialmente dos donos de motocicletas que, proporcionalmente, possuem o maior custo em relação ao valor do veículo. Em 2018, automóveis pagaram R$ 45,72 e motocicletas R$ 185,50.A relatora, senadora Ana Amélia (PP-RS), apresentou texto alternativo para retirar a vigência imediata da futura lei. Para a efetiva implantação dessa medida, a parlamentar considera necessário prazo para que a Administração possa oferecer aos cidadáos os meios para o parcelamento, em cada estado, pois o pagamento do seguro é vinculado ao do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). O novo prazo será de 180 dias após a publicação da lei que resultar do projeto.Ana Amélia também previu, no substitutivo aprovado pela CCJ, a correção de artigo que retira, inadvertidamente, competências do Conselho Nacional de Trânsito. Além disso, a relatora entende que o fracionamento em parcelas deve ser uma opção e não uma obrigatoriedade dos proprietários de veículos, como previa o texto original. Fonte: Agência Senado.
Se esse parachoque falasse
O capricho dos caminhoneiros com relação à s suas máquinas alcança os detalhes. O diferencial pode estar em um escapamento cromado, uma manopla de câmbio personalizada, uma tampa de cubo imponente. Até recentemente, porém, a grande estrela era a pintura. Motorista que se prezava cobria a carroceria com filetagens adornos feitos com pincel, estêncil ou carretilha. E ainda ostentava no parachoque frases bem-humoradas do tipo: não sou mágico, mas vivo de truck .Hoje, os ornamentos feitos à mão são raros. E mesmo os trocadilhos irreverentes perderam lugar para mensagens de cunho motivacional ou religioso. Antes que esse universo desapareça por completo, pesquisadores e artistas gráficos de diversas partes do país têm feito um importante trabalho de registro. Para esses profissionais, a criatividade popular é uma fonte de inspiração e merece ser tratada com todo o respeito. As obras espontneas, produzidas sem estudo formal, como a pintura de placas e letreiros, são exemplos de design vernacular. Padrões descobertosFátima Finizola é uma das pioneiras nesses estudos. A designer e professora da UFPE, de Caruaru, reuniu um vasto material para o projeto Iconografia das carrocerias de Pernambuco , lançado em 2013 com o apoio do Funcultura (Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura). Ao lado do fotógrafo e designer Damiáo Santana, ela percorreu Recife, Olinda, Caruaru e Jaboatão dos Guararapes em busca das derradeiras oficinas de carroceria, onde os caminhoneiros tradicionalmente customizavam seus veículos. Na época, a cultura da ornamentação já estava caindo um pouco. Hoje, é difícil de encontrá-la. Havia também uma perda nas inscrições de textos, com predomínio de citações religiosas , conta Finizola. Era uma produção efêmera e sem registro até então. A ideia era valorizar e colocar em jogo como obra de design. Para isso, tentamos traçar um perfil. O primeiro critério eram as placas serem de Pernambuco , recorda.Durante o processo, a dupla identificou dezenas de padrões de filetagem. Visitamos as empresas de reforma e fabricação de carroceria para aprender os processos e vimos que o uso de estêncil era muito forte , recorda. difícil encarar esse trabalho como autoral, pois uma empresa pega o estilo da outra e faz adaptações em cima , ressalta. Segundo a pesquisadora, os desenhos são, em geral, abstratos e repetitivos, aproveitando ao máximo os moldes vazados. A gente não vê elementos pictóricos. A exceção são as quinas, onde, por vezes, eles botam um cavalinho, uma flor de lis. E, nas lameiras, são comuns imagens de Jesus Cristo ou de Sol .Da carroceria para o texto< Vários dos achados de Fátima e Damiáo foram sintetizados na forma de uma fonte composta de símbolos e desenhos a Dingbat Carroceria , que pode ser baixada gratuitamente no site do projeto (www.designvernacular.com.br). Desse modo, as filetagens ganhariam uma sobrevida virtual. Essa também é a aposta do designer e professor Rafael Hoffmann, da Faculdade SATC, de Criciúma (SC). Inspirado nas famosas frases de caminhão, ele criou a família de fontes Mantenha distncia , disponível para download no site rafaelhoffmann.com/mantenhadistancia < Rafael teve essa ideia a partir de uma experiência prosaica. Eu estava na BR, dirigindo até Porto Alegre para um encontro de designers, e fiquei observando os caminhões na estrada. Como estava no clima de tipografia, liguei uma coisa a outra: percebi que já tinha visto aquilo, que existia um padráo muito uniforme nas pinturas de carroceria, e resolvi pesquisar , lembra o designer, que cresceu cercado de caminhões, pois o av ô tinha um posto de gasolina.O resultado foi a Mantenha distncia , uma coleção dessas letras de base quadrada, traço pesado e cantos cortados em linha curva ou reta. Na verdade, Rafael capturou a essência de um tipo de trabalho popularmente conhecido como degradê . O nome vem da transição grosseira de cores que serve de base para as frases escritas nos caminhões. Parece ser uma tendência esse estudo do popular, que busca preservar e trazer para um meio mais formal algo que antes estava na periferia do design , analisa o professor.< Comboio criativoEsse tipo de trabalho é quase oculto. Pesquisei bastante, e não encontrei quase nada sobre o assunto , reforça Felipe Monoyume. O ilustrador e designer brasiliense foi instigado por uma encomenda inusitada do violeiro Fábio Miranda, um declarado admirador da arte da filetagem. Fábio veio com essa ideia para ser capa de disco. Ele me passou uma apostila com exemplos de padrões. A partir daí, criei 42 gráficos diferentes , revela Monoyume, que se dedicou à empreitada por quase oito meses. Tanta dedicação veio à tona com o Chamamento , em 2016. O CD conta com a participação de 33 músicos convidados. Monoyume pensou que essa reunião de artistas poderia ser simbolizada por uma multiplicidade de filetagens, como se fosse um comboio de caminhões. Depois, percebi que dava para fazer mandalas com os padrões, o que, por conta da forma circular, cria um link com as rosetas típicas das violas caipiras , revela o artista, referindo-se aos enfeites que rodeiam a boca do instrumento. < Os esforços de Monoyume, Rafael Hoffmann e Fátima Finizola não são isolados. Os departamentos de arte e desenho industrial das faculdades estão repletos de projetos semelhantes. A modernização pode ter alcançado os caminhões, mas a arte associada às antigas carrocerias continua rodando em alta velocidade no imaginário do brasileiro. Fonte: Agência CNT.