BNDES aprova financiamento de caminhões elétricos

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou ontem (4) a aprovação de um financiamento para desenvolvimento e fabricação de caminhões elétricos no país no valor de R$ 88,6 milhões. Os recursos serão destinados à VW Caminhões e Ônibus, do grupo Volkswagen que vai desenvolver o plano de inovação do veículo elétrico na fábrica localizada em Resende (RJ). O empréstimo do BNDES corresponde a 80% do investimento total do projeto, de R$ 110,8 milhões.

O objetivo da instituição é apoiar a engenharia nacional no desenvolvimento de caminhões elétricos para o transporte urbano de cargas, seguindo uma tendência mundial na área da mobilidade. A expectativa é que o financiamento contribuia também para a geração e manutenção de empregos qualificados.

O BNDES informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o desenvolvimento do caminhão elétrico “é vantajoso para a logística urbana, pois possui menor impacto ambiental, tanto na emissão de poluentes quanto na emissão de ruídos. Além dos aspectos ambientais, o projeto de inovação da VW Caminhões e Ônibus tem efeitos positivos na capacitação da engenharia brasileira e no adensamento da cadeia de fornecedores, com diversos componentes a serem desenvolvidos e adaptados para os novos veículos”.

Com uma frota de caminhões elétricos, a VW Caminhões e Ônibus ganhará maior competitividade, ampliando a capacidade de exportação de bens de maior valor agregado. “O BNDES acredita que a nova tecnologia de propulsão elétrica pode fortalecer o Brasil como fabricante e exportador de veículos elétricos utilitários, contribuindo para a recuperação do setor de caminhões e ônibus nos próximos anos”, destacou a assessoria do banco. Fonte: Agência Brasil.

Demanda por serviços de transporte acumula queda de 2,5% em sete meses

A demanda por serviços no país cresceu 0,8% entre janeiro e julho de 2019, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgados na PMS (Pesquisa Mensal de Serviços), no dia 12 de setembro.
Contudo, esse mesmo desempenho não foi percebido pelas empresas que prestam serviços de transporte, pois essas dependem significativamente do dinamismo de outras atividades como a indústria e o comércio. Assim, o transporte acumulou queda de 2,5% no volume de serviços prestados até julho de 2019, quando comparado a igual período do ano anterior.
Apesar do resultado negativo em sete meses, a PMS indica uma recuperação da demanda por transporte. Isso porque houve crescimento de 0,7% no volume de serviços de transporte na comparação entre junho e julho.
Esse é o terceiro mês consecutivo sem perdas de demanda para o setor transportador. Assim, caso essa tendência se mantenha, é possível ter esperança em uma efetiva recuperação do setor transportador ainda em 2019. Fonte: Agência CNT.
Confira a íntegra em: https://www.cnt.org.br/agencia-cnt/demanda-servicos-de-transporte-acumula-queda-sete-meses

Previsão de crescimento da economia sobe para 0,87% neste ano

O mercado financeiro aumentou a projeção para o crescimento da economia e reduziu a estimativa de inflação para este ano. Segundo o boletim Focus, pesquisa divulgada todas as semanas pelo Banco Central (BC), a previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – foi ajustada de 0,80% para 0,87% em 2019.
Segundo a pesquisa, a previsão para 2020 permaneceu em 2,10%. Para 2021 e 2022 também não houve alteração nas estimativas: 2,50%.
Inflação
A estimativa de inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo caiu de 3,65% para 3,59%, este ano. Para os anos seguintes não houve alterações nas projeções: 3,85%, em 2020, 3,75%, em 2021, e 3,50%, em 2022.
A meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional é 4,25% em 2019, 4% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,5% em 2022, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 6%. Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.
Quando o Comitê de Política Monetária aumenta a Selic, a finalidade é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Para o mercado financeiro, ao final de 2019 a Selic estará em 5% ao ano. Para o final de 2020, a estimativa segue em 5,25% ao ano. No fim de 2021 e 2022, a previsão permanece em 7% ao ano.
Dólar
A previsão para a cotação do dólar ao fim deste ano subiu de R$ 3,80 para R$ 3,85 e, para 2020, de R$ 3,81 para R$ 3,82. Fonte: Agência Brasil.

Ford deixará de produzir caminhões na América do Sul

A montadora americana Ford, anunciou na terça-feira (19) que irá fechar ainda em 2019, a fábrica de São Bernardo do Campo (SP). Com a medida a fabricante de veículos vai parar de vender caminhões na América do Sul. Os modelos Cargo, F-4000, F-350 e deixarão de ser vendidos no Brasil e serão comercializados até o final dos estoques. Com o encerramento das atividades da fábrica, a montadora também deixará de produzir o modelo de passeio, New Fiesta.
De acordo com nota emitida pela Ford, a ação faz parte do plano de reestruturação global da marca, que acaba de constituir uma parceria com a Volkswagen para fabricação de veículos utilitários. “É um importante marco no retorno à lucratividade sustentável de suas operações na América do Sul”, afirma o comunicado. A respeito da manutenção dos veículos já adquiridos, por nota a montadora diz que “continuará honrando todas as garantias e vai garantir o fornecimento de peças e de assistência técnica” e que está trabalhando com as concessionárias nos próximos passos dessa decisão.
A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), ressalta que “essa é uma decisão individual da marca que está buscando alternativas no país. Essa ação mostra a complexidade das operações da indústria automobilística no Brasil com uma cadeia longa e o reflexo em toda economia”.
De acordo com a associação, em 2018, o foram produzidas 105.534 unidades de caminhões no Brasil. O número representa um crescimento de 27,1% em relação a 2017. Números da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) também mostram aquecimento (alta de 46,8%) no mercado de caminhões no ano passado. Com 76,4 mil caminhões emplacados ano passado, o número ainda é considerado aquém do potencial de consumo, estimado em mais de 120 mil veículos por ano. Mesmo assim, foi o primeiro aumento registrado do segmento desde 2013, quando as vendas entraram em queda até atingir a marca de apenas 52 mil unidades vendidas em 2017.

Trajetória
A Ford foi a primeira montadora a se instalar no Brasil, em 1919, no centro de São Paulo (SP), quando começou a montagem de automóveis Modelo T e caminhões Ford TT. Em 1957, a empresa lançou o F-600 seu primeiro caminhão nacional, na fábrica no bairro do Ipiranga, (SP). Já a fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, começou suas atividades em 1967, enquanto em 2001, a montadora inaugurou uma unidade em Camaçari (BA). Fonte: Agência CNT de Notícias.