Senado aprova projeto que limita ICMS dos combustíveis

O Senado aprovou ontem (13) o Projeto de Lei Complementar (PLP) 18/2022, que limita a aplicação de alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis, gás natural, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo. Segundo a proposta, esses produtos seriam classificados como essenciais e indispensáveis, levando à fixação da alíquota do ICMS em um patamar máximo de 17%, inferior à praticada pelos estados atualmente. O texto também prevê a compensação da União às perdas de receita dos estados.

O objetivo do projeto é provocar a redução no valor dos combustíveis na bomba, aliviando o gasto do consumidor com gasolina, que supera os R$ 7 o litro no país, e com o diesel, beneficiando também caminhoneiros e transportadores. O PLP também busca reduzir o valor do gás de cozinha e da conta de luz.

Foram 65 votos a favor e 12 contrários. O projeto volta para a Câmara para nova análise após as emendas inseridas no texto. Para o relator do projeto no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), o PLP é “um passo importantíssimo para derrubar a inflação”, além de segurar os preços nas contas de luz e nos postos de combustível. Ele também afirmou que o Congresso “faz história” ao incluir esses setores entre os considerados essenciais.

“Participei da Constituinte de 1988, lá a gente dizia que a essencialidade dos produtos tinha que ser definida por lei complementar. E se passaram mais de 30 anos e o Congresso, em nenhum momento, definiu a essencialidade dos produtos. Portanto, esse é um passo importante, estamos fazendo história”, disse o senador.

Bezerra leu seu relatório em plenário na semana passada e hoje se ateve às emendas recebidas pelo projeto. Foram 77 no total e Bezerra acolheu quatro integralmente e nove parcialmente.

Emendas

Uma das emendas acatadas repõe perdas de arrecadação do Fundo de Manutenção da Educação Básica (Fundeb) e de ações de serviços de saúde. Ambos setores têm receitas vinculadas à arrecadação com o ICMS. O relator incluiu um trecho que prevê a manutenção das vinculações à saúde e educação básica, mas de forma proporcional à dedução dos contratos de dívida dos Estados com a União.

Bezerra também incluiu no texto um dispositivo para conferir segurança jurídica aos gestores estaduais. Assim, eles poderão reduzir a arrecadação do ICMS sem ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). De acordo com o regramento, um ente federativo não pode abrir mão de uma receita sem indicar uma nova fonte de arrecadação para compensar.

Após a aprovação do texto-base, os senadores aprovaram um destaque – os demais foram rejeitados. O destaque aprovado prevê que, se os estados e municípios perderem recursos em função da lei, a União vai compensá-los para que os atuais níveis do Fundeb sejam mantidos.

Senadores

O PLP não foi unânime no plenário. Alguns senadores se colocaram contrários ao projeto. Para Zenaide Maia (Pros-RN), o projeto não ataca o principal causador do aumento dos combustíveis, que é a atual política de preços da Petrobras, vinculada ao preço internacional do barril de petróleo e o valor do dólar.

“Esse PL não tem nada a ver. E, ainda, sem a garantia de que vai ter redução dos preços na bomba de combustível, a gente sabe que depende do dólar, e a certeza de que a Petrobras, assim que for aprovado isso aqui, vai recompor os preços, porque já faz mais de 20 dias que não dava aumento”.

Carlos Portinho (PL-RJ), novo líder do governo no Senado, defendeu o projeto e pediu a participação dos estados no esforço de reduzir o preço do combustível para a população. Segundo ele, o governo tem contribuído ao abrir mão de impostos federais sobre o combustível para reduzir o impacto da inflação explicada, segundo ele, pela guerra na Ucrânia, dentre outras variáveis internacionais.

“Temos que cortar os impostos, assim como diversas nações no mundo, neste momento de emergência internacional, estão fazendo. É o que temos para hoje”, disse. “Agora é hora dos governos: é hora do Governo Federal, que põe na mesa, e é hora desse sacrifício dos governos estaduais”.

Relatório

Na semana passada, ao apresentar o relatório à imprensa, Bezerra afirmou que, se aprovado, o PLP poderia derrubar em R$ 1,65 o preço da gasolina e em R$ 0,76 o preço do diesel. No entanto, destacou que os preços poderiam apenas “não subir muito mais”, a depender do cenário internacional, que influencia no preço do barril de petróleo e na valorização do dólar frente ao real.

“Não estamos tabelando preço. Tem uma guerra na Ucrânia, a Rússia é responsável por 25% da produção de diesel no mundo, os preços estão tensionados. É evidente que pode haver elevação de preços. Mas, mesmo que haja, isso vai ajudar a não subir muito mais do que subiria”, disse, na ocasião.

Já existe um projeto, aprovado no Senado em março, que pretende reduzir o valor dos combustíveis. O Projeto de Lei 1.472/2021 propõe a mudança a forma de cálculo do preço dos combustíveis, além de criar uma Conta de Estabilização, para garantir a previsibilidade nos preços ao consumidor. O projeto, considerado uma das prioridades do Senado no início deste ano, atualmente está parado na Câmara dos Deputados, sem previsão de votação.

Fonte: Agência Brasil.

Venda de caminhões tem alta de 10,07% em maio; veja ranking

A venda de caminhões novos cresceu 10,07% no Brasil em maio em relação a abril. No mês passado, foram emplacadas 10.319 unidades, ante 9.375 de abril. Mesmo com a alta, o setor registra uma ligeira retração, de 1,01% no acumulado de 2022. E outras palavras, de janeiro a maio foram vendidos 46.450 caminhões novos no País, ante os 46.922 do mesmo período de 2021. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (2) pela Fenabrave, federação que reúne as associações de concessionárias de veículos.

Do mesmo modo, na comparação de maio de 2022 com maio de 2021, a retração nas vendas foi de 9,07%. Ou seja, em maio do ano passado os emplacamentos somaram 11.348 unidades.

De acordo com a Fenabrave, a Volkswagen/MAN mantém a liderança da venda de caminhões novos. A empresa detém 29,93% de participação no acumulado de 2022. Em seguida vem a Mercedes-Benz, com 27,58% das vendas no período. Logo depois, em terceiro lugar, aparece a Volvo, com 18,93%.

Ao passo que a Iveco aparece na quarta colocação, com 10,35% do mercado total. Depois vem a Scania, na quinta posição, com 7,06%. Logo em seguida está a DAF, que ficou em sexto lugar, com 5,46%. Por fim, a Caoa Hyundai conquistou o sétimo lugar, com 0,30% das vendas.

De acordo com a Fenabrave, os pesados lideram a venda de caminhões novos por segmento. Portanto, no acumulado de janeiro a maio de 2022 o segmento responde por 51,49% dos emplacamentos. Logo depois aparecem os semipesados (25,76%), seguidos dos leves (9,32%) e dos médios (8,35%). Por fim, os semileves representam 5,08% das vendas.

Volvo FH 540 lidera venda de caminhões novos

Da mesma forma, o pesado Volvo FH 540 foi o caminhão mais vendido no acumulado de 2022. Assim, somou 3.213 emplacamentos de janeiro a maio. Em seguida aparece o médio Volkswagen Delivery 11.180, com 2.400 vendas no período. Logo depois vem o DAF XF, na terceira posição, com 2.317 unidades vendidas.

Venda de implementos teve queda

Por sua vez, a venda de implementos rodoviários caiu 9,47% em 2022. Ou seja, somou 33.312 unidades no acumulado de janeiro a maio deste ano. Para comparação, nos cinco primeiros meses de 2021 foram emplacadas 36.796 unidades no País.

Contudo, na comparação de maio com abril de 2022 o setor registrou alta nas vendas. De acordo com a Fenabrave, no mês passado foram emplacadas 7.215 unidades. Como resultado, houve alta de 9,78% na comparação com as 6.572 vendas feitas em abril.

Venda de ônibus cresceu

Assim como ocorreu com os caminhões, as vendas de ônibus novos cresceram em maio. Assim, foram emplacadas 1.936 unidades em maio, ante 1.521 em abril, Ou seja, o aumento foi de 27,28%.

Do mesmo modo, no acumulado do ano o setor registra alta, ainda que tímida, nas vendas. Assim, de janeiro a maio de 2022 foram emplacadas 7.780 unidades. No mesmo período de 2021, foram vendidas 7.545 unidades. Ou seja, o avanço foi de 3,11%.

Ranking da venda de caminhões novos em 2022

Os 10 modelos mais emplacados

Marca/Modelo Maio Total em 2022
1º Volvo FH 540 621 3.213
2º VW Delivery 11.180 419 2.400
3º DAF XF 513 2.317
4º Volvo FH 460 445 1.810
5º Volvo VM 270 388 1.725
6º Mercedes-Benz Accelo 1016 274 1.418
7º Mercedes-Benz Actros 2651 264 1.268
8º VW Delivery 9.170 311 1.249
9º VW Constellation 24.280 242 1.207
10º VW Constellation 24.260 249 1.110
Fonte: Fenabrave.    

Fonte: Estradão/ Estadão.

Preço do Diesel encerra maio com aumento de 4,4%; preço médio é de R$ 7,17

O preço médio do litro do diesel comum nos postos brasileiros fechou o mês de maio a R$ 7,17, alta de 4,40% em relação ao mês de abril, enquanto o tipo S-10 aumentou 4,14% e fechou o período a R$ 7,28. É o que aponta o último levantamento do Índice de Preços Ticket Log (IPTL).

“O preço do diesel já registra sua sexta alta consecutiva e, diferentemente do fechamento de abril e da primeira quinzena de maio, nenhum Estado brasileiro apresentou qualquer recuo no preço, de acordo com o último levantamento da Ticket Log. Se compararmos com o início do ano, o valor já está mais de 29% mais caro, e, com um ano atrás, cerca de 53%”, destaca Douglas Pina, Diretor-Geral de Mainstream da Divisão de Frota e Mobilidade da Edenred Brasil.

De acordo com análise regional, o Norte lidera o maior preço médio para o diesel comum, comercializado a R$ 7,43, e a maior alta no preço, de 4,83%. Os postos de abastecimento do Norte também registraram a média mais cara para o diesel S-10, vendido a R$ 7,56, com alta de 4,03%. Já as menores médias para os dois tipos foram registradas nas bombas de abastecimento do Sul, a R$ 6,73 o comum, e R$ 6,82 o S-10.

O IPTL é um índice de preços de combustíveis levantado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Ticket Log, que tem grande confiabilidade, por causa da quantidade de veículos administrados pela marca: 1 milhão ao todo, com uma média de oito transações por segundo. A Ticket Log, marca de gestão de frotas e soluções de mobilidade da Edenred Brasil, conta com mais de 30 anos de experiência e se adapta às necessidades dos clientes, oferecendo soluções modernas e inovadoras, a fim de simplificar os processos diários.

Fonte: Frota e Cia.

Projeto que limita ICMS de combustíveis pode ser votado semana que vem

O senador Fernando Bezerra (MDB-PE) teve ontem (2) mais uma rodada de conversas com representantes dos secretários de Fazenda dos estados sobre a possibilidade de limitar a aplicação de alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre bens e serviços relacionados a combustíveis, gás natural, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo.

Bezerra é relator do Projeto de Lei Complementar (PLP) 18/2022, que trata desse tema e foi aprovado na Câmara. Um dos consensos saídos da reunião foi a possibilidade de votar o PLP 18 antes do dia 14.

“Eles [os secretários de Fazenda] preferem avançar no entendimento para que o relatório que a gente venha a produzir possa ser apreciado antes do dia 14. Para que esse relatório, apoiado e aprovado aqui no Senado, possa ser a base para um amplo entendimento que se pretende em uma nova reunião de conciliação no próximo dia 14”, disse Bezerra após o encontro.

Segundo o senador, “caso esse clima de compreensão e colaboração continue”, o relatório pode ser votado na sessão de terça-feira (7) ou na de quarta-feira (8). Após a reunião com Décio Padilha, presidente do Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz), Bezerra ainda vai se encontrar com o ministro da Economia, Paulo Guedes. “Vou traduzir quais foram as tratativas aqui realizadas”, adiantou.

Segundo a proposta, os setores de combustíveis, gás natural, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo seriam classificados como essenciais e indispensáveis, levando à fixação da alíquota do ICMS em um patamar máximo de 17%.

O projeto também determina uma compensação aos estados pela perda com a arrecadação do imposto. Segundo o texto, haverá, até 31 de dezembro de 2022, uma compensação paga pelo governo federal aos estados pela perda de arrecadação do imposto por meio de descontos em parcelas de dívidas refinanciadas desses entes federados junto à União.

Também presente no encontro, o senador Jean Paul Prates (PT-RN) disse que as conversas avançaram no que ele chama de parte estrutural. Os setores de telecomunicações e energia só seriam classificados como essenciais a partir de 2024. Já o diesel, gasolina e gás de cozinha entrariam nessa classificação de imediato. A questão da compensação aos estados, no entanto, não avançou.

“Por enquanto não foi aceita nenhuma fonte de conta ou fundo ou mesmo transferência direta do governo federal para os estados para compensar isso. O governo acha que não tem que fazer essa contribuição neste momento”, disse Jean Paul.

O senador destacou o impacto restrito dessas medidas no preço final dos combustíveis ao consumidor. “A dimensão tributária tem um alcance diminuto, a gente está falando de uma diminuição de R$ 0,10 a R$ 0,18 no preço da gasolina. Acho que a gente pode evoluir para outras dimensões também”.

Fonte: Agência Brasil.

PIB cresce 1,0% no primeiro trimestre, impulsionado pelo setor de serviços

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,0% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o último trimestre do ano passado. Esse é o terceiro resultado positivo, depois do recuo no segundo trimestre de 2021 (-0,2%). O PIB, que é a soma dos bens e serviços produzidos no Brasil, chegou a R$ 2,249 trilhões em valores correntes.

Com esse resultado, o PIB está 1,6% acima do patamar do quatro trimestre de 2019, período pré-pandemia, e 1,7% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica do país, registrado no primeiro trimestre de 2014. O nível está próximo do registrado no primeiro trimestre de 2015. Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais divulgados no último dia 2 pelo IBGE.

O crescimento da economia foi puxado pela alta nos serviços (1,0%), que representam 70% do PIB do país. “Dentro dos serviços, o maior crescimento foi de outros serviços, que tiveram alta de 2,2%, no trimestre, e comportam muitas atividades dos serviços prestados às famílias, como alojamento e alimentação. Muitas dessas atividades são presenciais e tiveram demanda reprimida durante a pandemia”, explica a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

Ainda dentro dos serviços, houve crescimento de 2,1% em Transporte, armazenagem e correio. “Houve aumento do transporte de cargas, relacionado ao aumento do e-commerce no país nesse período, e do de passageiros, principalmente pelo aumento das viagens aéreas, outra demanda represada na pandemia”, avalia a pesquisadora.

Por outro lado, a agropecuária recuou 0,9% no primeiro trimestre. “Essa queda foi impactada principalmente pela estiagem no Sul, que causou a diminuição na estimativa da produção de soja, a maior cultura da lavoura brasileira”, destaca Palis.

Na Indústria, houve estabilidade (0,1%). O maior avanço nas atividades industriais veio de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (6,6%) e a única queda foi das Indústrias Extrativas (-3,4%). “Essa atividade puxou o resultado para baixo, e sua queda se deve especialmente à produção de minério de ferro, que caiu bastante. Como a Indústria da Transformação teve alta (1,4%) e tem bastante peso no grupo, isso equilibrou o resultado da Indústria”, explica.

Clique e confira a íntegra.

Fonte: IBGE.

ANTT realiza audiência pública sobre produtos perigosos

Para colher subsídios e informações adicionais para o aprimoramento a proposta de revisão da Resolução nº 5.947/2021, que “atualiza o Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos e aprova as suas Instruções Complementares, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) vai realizar, nesta quinta-feira (2/6), a Audiência Pública nº 3/2022. A sessão virtual será transmitida pelo Canal ANTT no Youtube, a partir das 15h: https://www.youtube.com/watch?v=fa3U-03s2n0

A Resolução nº 5.947/2021 está fundamentada no Comitê de Peritos no Transporte de Produtos Perigosos das Nações Unidas, que estão no Regulamento Modelo da ONU, conhecido como “Orange Book”, e no Acordo Europeu para o transporte Internacional de Produtos Perigosos por Rodovia. Assim, os estudos apresentados objetivam identificar, nas regulamentações internacionais, as prescrições a serem incorporadas no normativo nacional, a fim de adequar, bem como analisar as demais exigências já vigentes na Resolução nº 5.947/2021 e que foram alvo de manifestação do setor regulado ao longo dos anos, para eventuais alterações ou complementações.

As informações específicas sobre a matéria estão disponíveis, na íntegra, no sítio http://www.antt.gov.br – Participação Social – Audiência Pública nº 3/2022. Acesse https://participantt.antt.gov.br/Site/AudienciaPublica/VisualizarAvisoAudienciaPublica.aspx?CodigoAudiencia=498

Outras informações e esclarecimentos adicionais poderão ser obtidos pelo endereço de e-mail ap003_2022@antt.gov.br.

Fonte: ANTT.

 

STF adia conclusão de julgamento sobre acordo coletivo no transporte

O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou, no último dia 26, a conclusão do julgamento que vai decidir se as convenções coletivas que tratam de direitos não previstos na Constituição prevalecem sobre as leis trabalhistas.

Até o momento, nove ministros votaram. Faltam os votos de Dias Toffoli e do  presidente, Luiz Fux, que serão proferidos na quarta-feira (1º).

O entendimento que for firmado pela Corte vai valer somente para os casos de acordos e convenções celebrados entre transportadoras e seus motoristas de caminhão antes da Lei 12.619/2012, norma que disciplinou os direitos e deveres dos profissionais.

Os acordos definiram que a atividade de transporte de cargas é incompatível com o controle de jornada de trabalho.

Embora o entendimento seja aplicado ao caso específico, a decisão poderá abrir a possibilidade para que a tese possa ser aplicada em outros julgamentos semelhantes.

Entenda 

O caso chegou ao Supremo por meio de um recurso da Confederação Nacional do Transporte (CNT) contra decisões da Justiça do Trabalho que anularam os acordos, por entender que existem meios tecnológicos para as transportadoras realizarem o controle de jornada dos motoristas.

Segundo a entidade, a Constituição garante a prevalência das convenções coletivas no caso de direitos não assegurados.

A Justiça do Trabalho decidiu que os acordos não poderiam ter aplicado a regra da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) que dispensa o controle de horas aos empregados que exercem atividade externa.

Com a anulação, as empresas foram condenadas ao pagamento de horas extras e de trabalho prestado em dias de descanso antes da vigência da lei.

Votos 

Em seu voto, o ministro Gilmar Mendes, relator do caso, entendeu que os acordos entre empregadores e empregados devem prevalecer nas relações jurídicas que se iniciaram antes da lei e a supremacia dos acordos coletivos deve ser assegurada.

Gilmar Mendes destacou ainda que a legislação trabalhista não consegue acompanhar o mundo virtual. “Esse novo mundo da revolução digital está fazendo uma revolução também no âmbito do direito, e há dificuldade do direito legislado acompanhar essa realidade”, disse.

O voto do relator foi seguido pelos ministros Nunes Marques, André Mendonça e Alexandre de Moraes.

Os ministros Edson Fachin, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski votaram para manter as decisões da Justiça do Trabalho.

Fonte: Agência Brasil.

Receita Federal esclarece sobre a comprovação de inscrição no CNPJ

A Receita Federal esclarece que o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) é uma fonte única e oficial de informações cadastrais de pessoas jurídicas, sendo completamente integrada com órgãos de registro e administrações tributárias por meio da Redesim. Todas as atualizações de informações cadastrais, inclusive sobre os responsáveis legais e quadro societário, são realizadas exclusivamente na base de dados do CNPJ.

Desta forma, não é necessário, para nenhum fim, exigir de empresas e outras pessoas jurídicas a atualização ou comprovação de outras fontes, como, por exemplo, a antiga base previdenciária.

O comprovante de inscrição e situação do CNPJ, suficiente para quaisquer comprovações pode ser emitido pelo serviço Consultar CNPJ, disponível no site da Receita Federal. Acesse: https://www.gov.br/pt-br/servicos/consultar-cadastro-nacional-de-pessoas-juridicas

Nos casos específicos em que o sistema de parcelamento de débitos declarados em GFIP (parcelamento previdenciário) exigir ajustes no cadastro previdenciário, o contribuinte deve buscar atendimento online por meio do Chat RFB, disponível no Portal e-CAC.

Fonte: Receita Federal.

Fique alerta! PIS/COFINS – crédito – vedação do crédito de PIS/COFINS sobre combustíveis

A Medida Provisória nº 1.118/22 de 17/05/2022 revogou a possibilidade do crédito de PIS e COFINS dos produtos sujeitos a alíquota 0% listados abaixo, nas aquisições para uso próprio da Empresa.
Gasolina;

Etanol;

Óleo Diesel;

Biodiesel;

GLP.

A permissão do crédito somente será possível para as notas fiscais de aquisição desses combustíveis, emitidas até o dia 16/05/2022.

Vale lembrar que a Lei Complementar nº 192 de 11/03/2022 reduziu para 0% as alíquotas de PIS e COFINS na aquisição desses combustíveis, até 31/12/2022.

Fundamentação Legal:

Lei Complementar nº 192/22  https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/Lcp192.htm?utm_source=akna&utm_medium=email&utm_campaign=INFORMATIVO-FISCAL-N-111
Medida Provisória nº 1.1 18/22 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Mpv/mpv1118.htm?utm_source=akna&utm_medium=email&utm_campaign=INFORMATIVO-FISCAL-N-111#art1

Fonte: Paulicon.

ANTT realiza Operação Solarium no Maio Amarelo

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) iniciou, no dia 23/5, com o apoio de instituições parceiras como a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e outras que auxiliam em nossas atividades, a Operação Solarium, em vários portos marítimos e fluviais do Brasil, com foco na fiscalização do transporte rodoviário de cargas.

O objetivo da ação, que nesta primeira etapa se encerra no dia 27/5, é verificar a regularidade no atendimento às normas relativas ao Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC), frete eletrônico, vale pedágio, piso mínimo, transporte internacional e de produtos perigosos.

A iniciativa é motivada pelo Maio Amarelo, mas ocorrerá ao longo de todo o ano de 2022 e promoverá a proteção e segurança de todos os envolvidos no transporte rodoviário de cargas. Tanto na segurança viária, quanto na segurança no cumprimento das regras que beneficiam os motoristas e transportadores.

Clique e confira os locais fiscalizados.

Fonte: ANTT.