Transporte sofre forte queda de demanda, mantém atividades e ainda evita demissões

 

Pesquisa da CNT sobre impacto da covid-19 no transporte mostra transportadores pessimistas em relação ao futuro e com sérios problemas de faturamento; acesso a crédito facilitado é a medida mais importante

Mais de 90% dos transportadores estão pessimistas em relação ao futuro e avaliam que a pandemia do novo coronavírus terá impacto negativo em suas empresas. Isso é o que revela a Pesquisa de Impacto no Transporte Covid-19, da Confederação Nacional do Transporte, realizada de 1º a 3 de abril, com 776 empresas de cargas e de passageiros de todos os modais de transporte, e publicada nesta segunda-feira (6). O levantamento mostra que 85,3% das empresas transportadoras perceberam redução em sua demanda em março de 2020, na comparação com igual mês nos anos anteriores.

Clique aqui para acessar a Pesquisa de Impacto no Transporte Covid-19

Dos transportadores entrevistados, 70,7% já estão enfrentando problemas de caixa e severo comprometimento da capacidade para realizar os pagamentos correntes, como a folha de pagamentos e os fornecedores. Além disso, 53,7% das empresas têm recursos para, no máximo, um mês de operação, sendo que 28,2% não suportam 30 dias sem apoio financeiro adicional.

Para 69,6% dos empresários consultados, os efeitos da crise serão percebidos por mais de quatro meses. Mesmo diante do cenário adverso, as empresas do setor têm ajustado suas rotinas de trabalho de forma a manter seus empregados. A pesquisa mostra que 34,1% das empresas alternaram os empregados em turnos de trabalho; 32,1% concederam férias coletivas; e 29,5% utilizaram banco de horas. Diante das dificuldades, contudo, 22,2% já realizaram demissões em março de 2020.

Para 51,9% dos transportadores consultados pela CNT, a medida mais importante para aliviar o problema de fluxo de caixa durante a crise é a disponibilização de linhas de crédito com carência estendida e taxas de juros reduzidas (incluindo capital de giro) de forma ampla e sem restrição ao porte da empresa. Também foi lembrada por 43,3% das transportadoras a suspensão da cobrança do PIS e da Cofins.

“É inegável que a crise da covid-19 deixa os transportadores em uma situação de extrema dificuldade. Por isso, é urgente que o governo apresente planos de retomada gradual da economia – sempre conciliando a preservação da vida dos brasileiros com a sobrevivência das empresas, que são a base da sustentação socioeconômica do país”, declara o presidente da CNT, Vander Costa. 

No caso das transportadoras, segundo o presidente da Confederação, as ações governamentais precisam ter uma atenção especial. “Iniciativas como disponibilização de linhas de crédito às empresas de transporte e flexibilização na cobrança de impostos são imprescindíveis para que não haja interrupções na prestação dos serviços. Esse é o principal caminho para assegurar o abastecimento das cidades e a mobilidade das pessoas durante a pandemia.”

Confira mais algumas conclusões da Pesquisa de Impacto no Transporte Covid-19:

  • 84% das transportadoras esperam redução no faturamento nos próximos 30 dias; e 82,5%, nos próximos 60 dias;
  • Queda de faturamento é o principal problema das transportadoras (71,1%);
  • 46,4% das empresas já percebem dificuldade na obtenção de insumos do transporte;
  • Mais da metade (52%) revelaram que está mais difícil efetuar as entregas em função das restrições de acesso a alguns municípios e de novas regras de controle de entrada em estabelecimentos;
  • 70,7% dos entrevistados afirmaram já estar com sua capacidade de pagamentos comprometida;
  • Falta de serviços de apoio (restaurantes, lojas de peças de reposição, borracharias, atendimentos de órgãos públicos) é o maior entrave operacional na pandemia;
  • Sobre o acesso a capital de giro, 35,4% dos participantes que buscaram por crédito identificaram que o acesso a esse tipo de financiamento já está mais difícil.


Fonte: CNT

CIOT: ANTT suspende procedimentos para cadastramento

 

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) suspendeu a vigência, a partir desta sexta-feira (3/4), da Portaria Suroc n. 19/2020, que define os procedimentos para cadastramento da Operação de Transporte e correspondente geração do Código Identificador da Operação de Transporte (CIOT), quando realizados por meio das Instituições de Pagamento Eletrônico de Frete (IPEFs).

A medida é resultado da flexibilização dos prazos para cumprimento de obrigações contratuais e regulatórias referentes ao transporte de cargas, em razão da emergência de saúde pública decorrente do coronavírus (Covid-19), após a publicação da Resolução n. 5.879/2020.

Durante o período da pandemia, os entes regulados deverão utilizar a versão e as regras do sistema informatizado atualmente disponibilizado pela ANTT, até ser publicada nova norma sobre o tema.

Saiba mais aqui.

Fonte: ANTT

Doria prorroga quarentena em SP até 22 de abril

Medida entra em vigor a partir desta quarta (8). SP registra 275 mortes por coronavírus e 4.620 casos confirmados da doença.

O governo de São Paulo ampliou a quarentena no estado a partir desta quarta-feira (8) até o dia 22 de abril. A medida segue sem flexibilizações, e foi tomada para conter o avanço do coronavírus no estado. A determinação será publicada no Diário Oficial desta terça-feira (7).

“Sim, a prorrogação da quarentena será feita em São Paulo por mais 15 dias, do dia 8 até o dia 22 de abril, quinze dias, portanto, em todo o estado, pelo conjunto de razões que já foram claramente expostas”, afirmou João Doria.
Ele ainda afirmou que os prefeitos têm a obrigação de seguir a orientação e usar o “poder de polícia em caso de desobediência”.

“Nenhuma aglomeração de nenhuma espécie em nenhuma cidade ou área do estado de São Paulo será admitida. As Guardas Municipais ou Metropolitanas deverão agir”, afirmou.

“Isso é constitucional, não é uma deliberação que pode ou não ser seguida. Ela deve ser seguida por todos os municípios do estado”, completou.

Impacto do isolamento

Antes do anúncio da ampliação da quarentena, o secretário estadual de Saúde, José Henrique German, e o coordenador de testes de coronavírus, Dimas Tadeu Covas, afirmaram que sem a adoção de medidas de isolamento social, como a suspensão de aulas e a recomendação de que a população fique em casa, o cenário previsto seria de 5 mil mortes no estado até o dia 13.

“Sem essas medidas que temos tomado, no sentido de fazer um isolamento das pessoas, pelos cálculos, seriam 10 vezes mais casos do que os 4600″, afirmou Henrique German.

Dimas Covas também defendeu a necessidade do isolamento social. “Neste momento, nós precisamos da adesão das pessoas. Precisamos elevar, mostrar que a redução está funcionando em níveis superiores a 70%”, destacou.

A coletiva de imprensa desta segunda teve a presença do infectologista David Uip, que retornou dos 14 dias de isolamento, após ter contraído a doença.

Uip reassumiu a coordenação do Centro de Contingência do Coronavírus. Antes dos anúncios, ele pediu a palavra ao governador e fez um relato sobre seu enfrentamento da doença.

“Eu agradeço à Deus por estar aqui vivo, segundo à minha família, especialmente à Tereza, meus filhos, netos e genro pela solidariedade.”

Ele ainda comentou sobre os dias em que precisou ficar em isolamento total. “É de extremo sofrimento. Eu tive que me reinventar. Tive que criar um Davi novo, seguramente mais humilde, e sabendo os limites da vida”. Uip também afirmou que voltará atender pacientes e fez um alerta a quem subestima a doença.

Quarentena

A determinação seguirá como a anterior, com o fechamento do comércio e mantendo apenas os serviços essenciais, como nas áreas de Saúde e Segurança.

A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo informou neste domingo (5) que o estado chegou a 275 mortes relacionadas ao coronavírus. São 15 óbitos a mais que o registrado no boletim divulgado neste sábado (4).

A alta no número de mortes foi de 6% nas últimas 24 horas. Em uma semana, a secretaria contabiliza aumento de 180% no número de mortes pela doença, em comparação com o balanço do domingo (29), quando o número de vítimas chegava a 98 pessoas.

Devem seguir funcionando durante a quarentena:

• Hospitais, clínicas, farmácias e clínicas odontológicas;
• Transporte público;
• Transportadoras e armazéns;
• Empresas de telemarketing;
• Petshops;
• Deliverys;
• Supermercados, mercados e padarias;
• Limpeza pública;
• Postos de combustível.

Deverão seguir fechados:

• Bares;
• Restaurantes;
• Cafés;
• Casas noturnas;
• Shopping centers e galerias;
• Academias e centros de ginástica;
• Espaços para festas, casamentos, shows e eventos;
• Escolas públicas ou privadas.

*Bares, cafés e restaurantes podem manter o funcionamento em sistema de delivery e/ou drive thru.

Os hospitais, clínicas, farmácias e clínicas odontológicas, públicas ou privadas, devem seguir com o funcionamento normal.

As transportadoras, armazéns, serviços de transporte público, serviços de call center, petshops, bancas de jornais, táxis e aplicativos de transporte continuam funcionando com as orientações dos sanitaristas.

Os serviços de Segurança Pública, tanto estadual, quanto municipais, continuam funcionando normalmente. Os bancos e lotéricas também continuam abertos. As indústrias devem continuam operando, já que não têm atendimento ao público em geral.

Já os bares e restaurantes devem fechar e só poderão atender por delivery. A medida também afeta as padarias de todo o estado que trabalham com refeições.

Fonte: G1

NTC&Logística apresenta demandas ao senador Wellington Fagundes

Parlamentar mostrou todo o apoio ao setor neste momento de crise

Reunidos com o senador Wellington Fagundes, que coordena a FRENLOGI – Frente Parlamentar Mista de Logística e Infraestrutura do Congresso Nacional e o presidente da NTC&Logística, Francisco Pelucio, diretor jurídico, Marcos Aurélio Ribeiro, diretora executiva, Edmara Claudino, diretor financeiro, Marcelo Rodrigues e a assessora jurídica, Gildete Menezes que expuseram a situação difícil que vem sendo enfrentada pelo transporte rodoviário de cargas, em virtude da pandemia do coronavírus e solicitaram ajuda do parlamentar e a atuação da FRENLOGI para contribuir com solução das diversas demandas das empresas do setor neste momento difícil.

Acompanhado de toda sua equipe técnica e assessoria, Fagundes recebeu do Presidente da entidade e de sua equipe, um panorama detalhado da situação que os empresários do setor estão passando, para continuar abastecendo o Brasil.

O encontro aconteceu via conferência e reuniu também, o deputado federal Edinho Bez, representantes da equipe do IBL (Instituto Brasil Logística) e da Frente Parlamentar Mista de Logística e Infraestrutura (FRENLOGI) que relataram o trabalho que está sendo desenvolvido e mostraram todo apoio às demandas apresentadas pela NTC.

Na oportunidade, Pelucio comentou sobre o trabalho da entidade em acompanhar diariamente o impacto do volume de cargas frente à crise, “o DECOPE (departamento de custos operacionais da NTC) está monitorando de perto o impacto causado no setor e já registramos queda geral de 23,9%, número que preocupa, principalmente quando vemos alguns setores, como o de embalagens que está com mais da metade da sua produção parada, o que demonstra que a indústria já está sentindo essa perda e atinge diretamente o transporte”.

Demandas

Marcos Aurélio, da diretoria jurídica da entidade apresentou diversas dificuldades que as empresas estão passando, dentre elas, preocupação com a manutenção dos empregos e a dificuldade de pagamento da folha de salários em razão da severa queda no faturamento; com os impostos e contribuições  pela dificuldade de serem mantidos em dia, devido a baixa do volume de cargas transportadas que já impacta economicamente as empresas; o corte de recursos do SEST SENAT uma vez que a instituição contribui e muito com o suporte aos motoristas que trafegam pelo país e neste momento se torna ainda mais importante os serviços oferecidos pelo sistema; a necessidade de prorrogação das convenções coletivas e o desencontro de informações entre os agentes financeiros com o BNDES, onde as empresas não conseguem obter os recursos anunciados pelo governo para adquirir créditos e negociar dívidas , dentre muitas outras necessidades.

O senador Wellington Fagundes disse “estamos olhando atentamente para o setor, uma vez que sabemos da sua importância neste momento de crise, queremos contribuir e por isso reuniões com relatos como esses se fazem importantes para termos informações confiáveis e que nos ajudam a buscar soluções, tendo em vista o trabalho sério e relevante que a NTC desenvolve”, na ocasião também ressaltou a importância dos cuidados e disse que irá contribuir, levando as demandas do transporte de cargas para o senado. “Esse é um momento que devemos ter total equilíbrio, união, humanismo, com o foco em salvar vidas mantendo os cuidados orientados pelos órgãos de saúde e também é a oportunidade de aprender sobre a valorização do setor, por isso vamos atuar em conjunto para isso”, ressaltou.

Segundo o deputado federal, Edinho Bez, “é necessário que essas demandas do transporte de cargas cheguem até os responsáveis, para que sejam solucionadas o quanto antes, anotei todas as informações e estarei juntamente com o senador contribuindo para o que for possível, me coloco à disposição da NTC.”

“As empresas de transporte de cargas e logística estão contribuindo com o Brasil, como sempre fizeram e a ajuda do Senador, representando o setor é muito importante, por isso eu e diretoria da NTC agradecemos e vamos trabalhar juntos para que possamos passar por essa crise e manter nossas empresas em pé, contribuindo com o abastecimento e o progresso desse país”, destacou Francisco Pelucio.

Fonte: NTC&Logística

Governo prorroga pagamento de tributos federais por causa da covid-19

O governo federal formalizou no dia 3 de março, no Diário Oficial da União (DOU), a prorrogação do prazo para pagamento de tributos federais em virtude da emergência de saúde do novo coronavírus.

A portaria assinada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, diz que contribuições previdenciárias devidas por empresas e empregadores domésticos, relativas a março e abril, agora poderão ser recolhidas em julho e setembro, respectivamente.

O adiamento também vale para a contribuição para PIS/Pasep e Cofins, com os pagamentos dos valores devidos em março e abril transferidos para julho e setembro.

“São R$ 80 bilhões que estarão disponíveis nos caixas das empresas”, disse o secretário da Receita, José Barroso Tostes Neto, durante o anúncio da medida na quarta-feira.

O Diário Oficial publica ainda instrução normativa da Receita Federal que prorroga o prazo de entrega da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) de abril, maio e junho para o 15º dia útil do mês de julho deste ano.

Também foi prorrogado o prazo de apresentação das Escriturações Fiscais Digitais de PIS/Pasep, Cofins e da Contribuição Previdenciária sobre a Receita (EFD-Contribuições) de abril, maio e junho para o 10º dia útil do mês de julho, inclusive nos casos de extinção, incorporação, fusão e cisão total ou parcial.

Fonte: UOL / Estadão

Governo edita MP para manutenção do emprego e renda

 

O governo anunciou nesta quarta-feira (1º) a edição da medida provisória 936 de 01/04/2020 que institui o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda e dispõe sobre medidas trabalhistas complementares para enfrentamento do estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20/03/20, e da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus (covid-19), de que trata a Lei nº 13.979, de 6/02/20.

Confira aqui a MP na Íntegra 

Fonte: NTC&Logística

Registro das demandas para manutenção do TRC

No intuito de auxiliar o bom andamento do suprimento da cadeia de abastecimento no país, a NTC&Logística disponibiliza um formulário para o registro das demandas urgentes no TRC.

O registro destes problemas, nos trará dados para envio aos órgãos responsáveis em busca de uma solução.

A NTC&Logística agradece a colaboração de todos da cadeia de abastecimento e espera que juntos possamos superar, da melhor forma possível, este momento.

Clique aqui e preencha o formulário.

Fonte: NTC&Logística

PARTICIPE! Sua contribuição é muito importante.

Responda esta pesquisa pelo menos 1 vez por semana

Com o intuito de monitorar o impacto no volume de cargas imposto pela pandemia da COVID-19, o DECOPE, da NTC&Logística, está monitorando o desempenho do setor através de um indicador, desde o início do afastamento social. Para que isto aconteça, precisamos que as empresas nos auxiliem respondendo o questionário abaixo.
É de extrema importância que esta pesquisa seja respondida com frequência, pelo menos uma vez por semana, para acompanharmos a variação do volume de cargas no TRC.

Esta pesquisa irá ajudar o TRC a demonstrar para o Governo a realidade enfrentada pelo setor neste momento de crise.

Por favor, não deixe de responder esta pesquisa, ela poderá ajudar a sua empresa no futuro.

IMPORTANTE
Esta é uma pesquisa de longa duração, pois trata-se de um monitoramento. Irá durar todo o período de crise e algumas semanas após para acompanharmos a retomada. Por isso, sua participação diária é tão importante. Não basta responder apenas 1 vez, precisamos saber como será o desempenho de sua empresa durante todo este período.
A NTC&Logística agradece a sua colaboração

Clique aqui e acesse a pesquisa.

Fonte: NTC&Logística

Queda do petróleo começa a impactar preço de combustível nos postos

Postos não costumam repassar todo o ajuste de preço da Petrobras, que já acumula redução de mais de 40% desde o início do mês

O diesel caminha para fechar o mês de março como o combustível que mais teve o preço afetado pela queda do petróleo no mercado internacional, com redução de 4,6% nas últimas quatro semanas, começando a refletir no bolso do consumidor o tombo brusco de mais de 60% no valor da commodity até o momento, e que pode ceder mais.

Segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o diesel caiu 4,6% nas últimas quatro semanas, contra redução de 2,89% da gasolina.

O preço médio do diesel na semana de 22 a 28 de março foi de R$ 3,49 o litro nos postos de abastecimento, contra R$ 3,66/l de 1º a 7 de março. Já a gasolina custava em média R$ R$ 4,40/l na última semana de março ante R$ 4,53/l na primeira semana do mês.

No caso do diesel, o preço mais baixo foi registrado nos postos do Sul do País, R$ 2,89/l em média, e o mais alto na região Norte, R$ 4,95/l.

Neste domingo, o petróleo atingiu o mais baixo valor em quase duas décadas com queda de 6,34% o tipo Brent, negociado na Bolsa de Londres e usado como referência pela Petrobras, cotado a US$ 23,35 o barril. O tipo WTI, negociado em Nova York, caiu 5,30%, a US$ 20,37. O gatilho foi a extensão do prazo de isolamento social decretado pelo presidente dos EUA Donald Trump por mais 30 dias.

De acordo com analistas, a redução significativa do petróleo não chega com a mesma força ao varejo por várias questões, com destaque para a formação do preço. Na gasolina, o impacto vem de 45% em impostos e mistura do etanol, enquanto no diesel os impostos representam 24% e a misturado ao biodiesel.

Além disso, os postos não costumam repassar todo o ajuste das refinarias da Petrobras, que já acumula redução de mais de 40% desde o início do mês. Principalmente agora, com a demanda em franca queda por causa do coronavírus, a expectativa é de que o repasse demore ainda mais para acontecer, a fim de ajudar a sustentar custos dos postos de abastecimento.

Segundo o presidente da Fecombustíveis, Paulo Miranda Soares, associação que reúne a maioria dos 41 mil postos do País, em entrevista ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, na semana passada, se o governo não ajudar o setor será inevitável “uma quebradeira em massa dos postos”. Segundo ele, as vendas de combustíveis já caíram entre 40% e 50% nas capitais São Paulo e Rio de Janeiro, maiores mercados brasileiros, e 60% e Porto Alegre.

Fonte: Exame

ANVISA publica alteração da RDC 304/2019

A ANVISA através da Resolução RDC 360 publicada em 30.03.2020, acatou sugestões de aperfeiçoamentos e correções da Resolução RDC 304, de 17 de setembro de 2019, flexibilizando as exigências para o transporte de medicamentos.

Em reunião realizada no mês de fevereiro último, a NTC&Logística e a CNT levaram à ANVISA as preocupações das empresas de transporte rodoviário de cargas com a iminente entrada em vigor da Resolução RDC 304, em 17 de março, contendo exigências de climatização dos veículos de transporte e cross-docking, além de monitoramento contínuo dos veículos para o controle da climatização, exigências essas que inviabilizaria a continuidade da prestação de serviços por parte da maioria das empresas, ante a impossibilidade de cumprimento das exigências.

A nova resolução prorroga em um ano o prazo de vigência da Resolução RDC 304 de 17 de setembro de 2019, que passará a vigorar a partir de 17 de março de 2021. A partir desta data haverá um prazo de um ano para a implementação pelas empresas de transportes de sistemas ativos ou passivos de controle de temperatura e umidade nos veículos de transporte e armazéns de trânsito, além de monitoramento das condições de transporte.

Durante esse período de um ano todos os agentes integrantes da cadeia de distribuição de medicamentos deverão produzir estudos de mapeamento de temperatura e umidade para subsidiar as medidas de controle a serem aplicadas no sistema de transporte. Embora não conste na resolução ficou acordado na reunião de fevereiro que a ANVISA exercerá papel de coordenação desses estudos e mapeamentos, convocando todos os agentes que atuam na distribuição até a ponta final.

Embora não tenha aplicação imediata, pois ainda estará na dependência dos estudos que serão realizados, desde já a nova resolução estabeleceu a dispensa de climatização e monitoramento dos veículos na última pernada do transporte, isentando do cumprimento das exigências no transporte realizado com duração de até 8 (oito) horas, porém mediante uso de embalagens térmicas.

A resolução desobriga expressamente o cumprimento das exigências de climatização e monitoramento, cuja falta durante esse período de transitoriedade, não serão consideradas como infração.

Segundo o Dr. Marcos Aurélio, diretor jurídico da NTC&Logística, “é importante ressaltar que as empresas do TRC deverão participar ativamente dos estudos e mapeamento previstos na resolução, evitando serem surpreendidas por novas decisões que comprometam a sua atividade e saúde financeira no futuro, pois os demais agentes interessados já demonstraram sua presença e forte atuação na elaboração de regulamentação segundo os seus interesses.”

“A solicitação que fizemos para a ANVISA contribui com os transportadores, uma vez que as medidas dificultariam o processo normal de abastecimento de medicamentos que é tão importante para a sociedade, principalmente no momento que estamos vivendo. Precisamos agora aproveitar o prazo estipulado e continuar trabalhando em propostas que estejam de acordo com a realidade do nosso setor”, ressaltou o presidente da NTC&Logística, Francisco Pelucio.

O presidente da Confederação Nacional do Transporte – CNT, Vander Costa comentou que a decisão da entidade em atender a solicitação de alteração da RDC 304 foi de grande importância. “As exigências impunham custos excessivos e desnecessários ao transporte. Da forma como estavam, elas comprometiam o fornecimento de medicamentos às regiões mais distantes do país, particularmente em estados e municípios do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Com isso, havia o risco de desabastecimento na cadeia logística de produtos farmacêuticos ou de elevação de custos desses produtos ao consumidor em regiões mais vulneráveis, o que seria uma solução perversa. Tais alterações não comprometerão a qualidade, a garantia e a segurança dos medicamentos, uma vez que foram fruto do trabalho conjunto com a NTC&Logística, demais entidades vinculadas ao sistema CNT e empresas que atuam no segmento”.

“A decisão da ANVISA beneficia a sociedade como um todo, uma vez que aumentaria os custos de medicamentos para quem mais precisa, a população carente, e poderia prejudicar as empresas, uma vez que elas não conseguiriam se adequar no tempo determinado anteriormente. Após conversas a fim de mediar o pedido dos transportadores junto à agência, houve mudanças na portaria e acredito que agora existam condições favoráveis para que as recomendações sejam atendidas”, comentou o senador Wellington Fagundes.

A NTC já se posicionou junto à ANVISA manifestando a disposição da entidade em atuar coordenando a participação das suas empresas associadas nos estudos a serem conduzidos pela Agência, com a prudência necessária para o enfrentamento da crise econômica que se espera e tão logo seja superada a pandemia que assola o Brasil e o mundo.

Fonte: NTC&Logística