Sete governadores já mudaram decretos para evitar restrição ao transporte de carga

Medidas seguem normas editadas pelo governo federal; movimento passou a ser coordenado pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, após críticas sobre as ações individuais dos governos

Governadores começaram a fazer ajustes em decretos locais numa tentativa de preservar o transporte de cargas pelo Brasil diante da crise novo coronavírus. Até o momento, pelo menos sete Estados excluíram o trabalho dos caminhoneiros do rol de atividades que precisam ser suspensas para evitar a disseminação da doença.
As medidas seguem normas editadas pelo governo federal no último sábado, 21. Através de decreto e Medida Provisória, o Executivo definiu serviços e atividades essenciais que não podem parar durante a crise, entre eles o transporte e a entrega de cargas. O governo ainda proíbe a restrição à circulação de trabalhadores que possa acarretar em desabastecimento para a população.
O movimento nos Estados também é orientado pelo Ministério da Infraestrutura, que instituiu na última sexta-feira, 20, o Conselho Nacional dos Secretários de Transportes. A iniciativa foi coordenada pelo ministro Tarcísio de Freitas depois de várias medidas de Estados e municípios terem pipocado nos últimos dias com potencial de atrapalhar o transporte de cargas pelo Brasil. O receio é de que certas iniciativas acabem gerando uma crise de abastecimento no País.
Ao postar no Twitter sobre reunião que ocorreu nesta terça-feira entre os governadores e o Executivo, o presidente Jair Bolsonaro contou que, na videoconferência, o ministro expôs “preocupação real de desabastecimento devido a medidas descoordenadas por alguns Estados e municípios”.
Nos últimos dias, no entanto, decretos publicados pelos governadores estão excluindo do rol de atividades que devem ser suspensas aquelas ligadas ao setor de transportes. Além disso, para que os trabalhadores não fiquem desassistidos nas estradas, os governos locais também estão permitindo que estabelecimentos comerciais na beira das estradas continuem funcionando.
O Espírito Santo foi um dos primeiros a fazer um reajuste na norma local. No sábado, 21, o governador Renato Casagrande (PSB) acrescentou as borracharias à lista de estabelecimentos que não precisam ser fechados temporariamente no Estado. Além disso, determinou que a limitação de horário aplicada a restaurantes e lanchonetes não se aplica aos estabelecimentos localizados às margens de rodovias federais e em aeroportos.
No domingo, 22, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), esclareceu em novo decreto que não estão inclusos na suspensão de 15 dias locais como borracharias, oficinas, serviços de manutenção e reparação de veículos, restaurantes e pontos de parada e descanso às margens de rodovias. As mesmas ressalvas também foram adotadas por Santa Catarina, Minas Gerais e Mato Grosso.
Já o Paraná incluiu, no último sábado, o transporte de cargas entre as atividades que podem funcionar no Estado. Antes mesmo das medidas tomadas pelo Executivo, Alagoas havia ponderado em seu decreto, assinado na última sexta-feira, 20, que as restrições não se aplicavam a esse tipo de atividade no Estado.
Governador na Bahia, Rui Costa (PT) foi às redes sociais na última segunda-feira, 23, para esclarecer que medidas restritivas no Estado não atingem a circulação de produtos que abastecem os municípios. Por isso, não há bloqueio para cargas e nem orientação nesse sentido. “Vamos apoiar os profissionais que garantem o funcionamento de serviços de saúde e abastecimento das cidades, como os caminhoneiros”, disse.

Fonte: Estadão

CNT atua para minimizar impactos da crise do novo coronavírus sobre o transporte

Desde o início da crise, a Confederação Nacional do Transporte tem trabalhado para reduzir perdas do setor e garantir operações dos sistemas essenciais a fim de que o Brasil supere este momento

A CNT (Confederação Nacional do Transporte), desde o início da emergência de saúde decorrente do novo coronavírus, tem atuado para a adoção de medidas que garantam as operações de transporte – essenciais para a garantia do abastecimento das cidades –, promovam a segurança e minimizem o impacto da crise gerada pela proliferação da covid-19.
Veja algumas das ações propostas e defendidas pela CNT, que foram acatadas ou geraram atuação por parte dos órgãos responsáveis:

• Transporte de cargas e de passageiros incluído como atividade essencial pelo governo federal, por meio da medida provisória n.º 926/2020 e do decreto n.º 10.282/2020. Isso visa atender às necessidades inadiáveis da comunidade e evitar o desabastecimento de itens básicos;
• Atuação junto ao Ministério da Infraestrutura para que não tenha restrição de circulação em rodovias e vias urbanas, garantindo a movimentação de produtos, bem como dos empregados para que exerçam as atividades essenciais e emergenciais;
• Medidas emergenciais para a aviação civil;
• Dilação do prazo de vencimento das tarifas de navegação aérea durante o período de enfrentamento da pandemia;
• Ampliação de crédito pelo BNDES para micro, pequenas e médias empresas, aumentando o limite máximo de crédito – de R$ 10 milhões para R$ 70 milhões;
• Suspensão, pelo BNDES, por seis meses dos pagamentos de empréstimos indiretos para as empresas;
• Suspensão, também pelo BNDES, por seis meses dos pagamentos de empréstimos diretos para as empresas;
• Contribuições para a adequação de medidas trabalhistas que visem adequar os impactos da redução econômica e minimizar os efeitos nas relações de emprego;
• Prorrogação até o dia 31/7 dos certificados do RNTRC (Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas), cujo vencimento esteja compreendido entre 1º de março e 30 de junho de 2020;
• Suspensão das obrigações e penalidades relacionadas ao Cadastramento da Operação de Transporte, com a consequente geração do CIOT, para as contratações que não envolverem TAC e TAC-Equiparado.

A Confederação Nacional do Transporte segue monitorando as repercussões e os impactos do coronavírus sobre o setor, trabalhando para garantir o abastecimento das cidades e as operações essenciais de transporte e para que a atuação do setor ocorra de forma segura para empresas, trabalhadores e todo o Brasil, contribuindo, ativamente, para que possamos superar este momento de crise mundial.

Fonte: CNT

Cai número de fretes para os portos, mas sobe demanda interna por produtos

Pesquisa feita pela Fretebras revelou que o número de caminhoneiros passando pelos cinco principais portos do Brasil caiu 22% em janeiro e fevereiro

O setor de transporte e logística monitora dia a dia o impacto do coronavírus em sua operação. Nos dois primeiros meses de 2020, segundo a empresa FreteBras, os efeitos da crise foram sentidos principalmente nas importações e exportações.
Em pesquisa feita em sua base de mais de 400.000 fretes mensais, a empresa monitorou o movimento em cinco grandes portos do país: Santos (SP), Paranaguá (PR), Suape (PE), Tubarão (ES) e Rio Grande (RS). Em janeiro e fevereiro de 2020, a empresa notou que 22% menos caminhoneiros transitaram pelos cinco portos em comparação com novembro e dezembro de 2019.
O Porto Rio Grande é o mais afetado com 50% de queda, seguido por Santos (28%) e Tubarão (23%). O número de fretes com origem e destino para os portos também caiu em 7%. Em março, a expectativa é de uma queda mais acentuada. “Os caminhoneiros autônomos estão preocupados. Se não trabalham, não ganham. E se eles param, os produtos deixam de chegar nas farmácias e mercados”, diz Bruno Hacad, Diretor de Operações da FreteBras.

Demanda interna aumenta
Com mais pessoas estocando produtos em casa, a indústria tem demandado mais fretes. Segundo levantamento interno da plataforma Cargo X, que tem, em média, 70.000 pedidos por dia, o número de fretes de produtos industriais no último mês aumentou 10%. “Indústrias de comida, bebida e farmacêutica estão enviando muitos carregamentos”, diz Federico Vega, presidente da companhia.
A Fretefy, empresa de Curitiba especializada em facilitar a logística para grandes embarcadores, também notou aumento na demanda na terceira semana de março em comparação com o mesmo período de fevereiro. No total, subiu em 50% o número de fretes.
O segmento de higiene e limpeza foi o que registrou maior demanda, com alta de 90% no volume de cargas. Depois, o transporte de alimentos como feijão e arroz aumentou em 35%. Hortifruti, congelados e resfriados tiveram crescimento de 30%, enquanto bebidas aumentaram de 15 a 17% no período analisado.
Mesmo com mais cargas circulando, alguns estabelecimentos comerciais estão com prateleiras vazias nos últimos dias. Josney Komiak, gerente de Costumer Sucess do Fretefy, diz que esse desabastecimento dos supermercados e farmácias neste momento é pontual. “As pessoas estão ansiosas, as lojas não conseguem reabastecer rapidamente as gôndolas”, diz
Na visão da empresa, a retração no número de cargas e produtos em circulação só deve acontecer nas próximas semanas, como reflexo da política de menor circulação. “As pessoas não vão trabalhar na indústria, então o item não vai ser produzido e transportado até o cliente final”, diz Komiak.
A Fretefy estima uma diminuição de 5 a 10% nas cargas que chegam para abastecimento em grandes centros nas próximas semanas.

Fonte: Exame

Santos terá mais de 470 novos leitos para Covid-19 na rede SUS

A Prefeitura de Santos abrirá mais de 470 novos leitos, entre Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para adultos e de enfermaria em equipamentos do SUS (Sistema Único de Saúde), hospitais filantrópicos e outras instituições hospitalares para enfrentar o novo coronavírus.
Até o momento, os equipamentos que contarão com novos leitos são: Complexo Hospitalar dos Estivadores, novo Ambulatório de Especialidades (Ambesp), Complexo Hospitalar da Zona Noroeste, Hospital de Pequeno Porte (HPP – que funciona na área do antigo PS Central), UPA Central, UPA Zona Leste, Beneficência Portuguesa, Santa Casa, Guilherme Álvaro, Afip Medicina Diagnóstica e Casa da Visão.
Do total de leitos, cerca de 390 são de enfermaria e 70 de UTI, sendo 15 deles já completamente equipados no nono andar do Complexo Hospitalar dos Estivadores, equipamento da Prefeitura mantido sob gestão compartilhada com o Instituto Social Hospital Alemão Oswaldo Cruz, que já contava com 17 leitos de UTI para adultos. Outros cinco leitos do tipo aguardam os ventiladores mecânicos.
A partir de sexta-feira (27), também serão disponibilizados 60 novos leitos na Santa Casa. “O Estivadores está pronto para receber as pessoas que necessitarem, com leitos de UTI prontos com respiradores. Não estamos no pico da crise, mas temos estimativa de que os casos cresçam com a curva da doença. Estamos preparados para esse enfrentamento, com as forças mobilizadas para atender à demanda que teremos na rede pública. Conforme a demanda for crescendo, ampliaremos o atendimento”, afirmou o prefeito Paulo Alexandre Barbosa, ressaltando que a Cidade terá apoio da iniciativa privada.
Atualmente, Santos conta com 263 leitos de UTI. Com os novos, o Município passará a ter cerca de 340 para atendimento intensivo. Já de enfermaria, com as novas implementações, serão, ao todo, mais de 2.100. De acordo com a Secretaria de Saúde (SMS), os novos leitos da Beneficência Portuguesa também já estão equipados para uso.

UPA CENTRAL, NOVO AMBESP E UPA ZONA LESTE

A UPA Central terá um Centro de Referência com a disponibilização de dois pavimentos superiores, não utilizados no momento, para os novos leitos. O novo Ambulatório de Especialidades (Ambesp) Dr. Nelson Teixeira, aberto nesta segunda-feira (23), na Rua Manoel Tourinho, 395, será, temporariamente, também utilizado para suporte à internação de pacientes.
Os atendimentos e procedimentos eletivos (agendados, não urgentes) estão suspensos conforme recomendação do Governo Estadual para enfrentamento da pandemia. “Iniciamos o novo Ambesp com essa visão de apoio de leitos para internação. A UPA Zona Leste, prevista para ser inaugurada em abril, também contará com UTI estruturada para internação de pacientes com coronavírus”, disse o secretário de Saúde, Fábio Ferraz.

AQUISIÇÃO DE EPIs

Todas as unidades de saúde estão abastecidas com todos os equipamentos de proteção individual (EPIs) como álcool em gel, toucas, luvas, máscaras, propé (sapatilhas), aventais, óculos de proteção, termômetros e oxímetros.
Nesta terça-feira (24), mais de 100 mil máscaras chegaram às unidades. “Estamos avançando na aquisição de insumos para prover todas as necessidades. Nosso almoxarifado da Saúde está abastecido de todos os materiais necessários para atender às nossas unidades. Estamos com o estoque preparado para fazer frente às demandas”, disse o prefeito, ressaltando que também está sendo feita a higienização dos ambientes das unidades.

Fonte: Prefeitura de Santos

Coronavírus: Entidades desenvolvem orientações trabalhistas para empresas do setor

Informações trabalhistas são orientadas às empresas de transporte de carga, uma atividade necessária para o abastecimento do país em qualquer circunstância

Diante dos últimos acontecimentos causados pela pandemia da COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus, a maior preocupação das empresas de transporte de carga está em como proceder diante de tantas medidas e orientações quanto ao isolamento das pessoas para que se evite uma proliferação ainda maior do vírus.

O transporte rodoviário de cargas é uma atividade estratégica e fundamental para o funcionamento da economia e para o abastecimento da sociedade, inclusive como agente intermediário com os demais modais. Dessa forma, precisa adotar medidas estratégicas para que possa continuar prestando serviço ao país, mas também seguindo as orientações dos órgãos competentes de saúde e das autoridades públicas que diariamente atualizam novas medidas que impactam diretamente o setor.

Empenhadas neste primeiro momento em prestar o máximo de informações ao transportador, a NTC&Logística, a FETCESP e o SETCESP desenvolveram em conjunto uma cartilha para orientar as ações que podem ser adotadas pelas empresas na questão trabalhista.

Acesse aqui

Francisco Pelucio, presidente da NTC ressaltou que “em um momento de crise como este, o transporte de cargas se torna ainda mais importante para o abastecimento das cadeias de suprimento, e ter informações corretas com certeza ajudará a todos. Precisamos dar continuidade às nossas atividades, mas de forma segura e responsável. Não podemos permitir que aconteça o desabastecimento, principalmente de alimentos e medicamentos. É nossa responsabilidade social continuar operando da melhor maneira possível, sempre atento às leis trabalhistas e às orientações das autoridades e órgãos de saúde, para que essa pandemia seja combatida o mais rápido possível e nossas atividades voltem à sua normalidade”.

Narciso Figueirôa Junior, assessor jurídico da NTC&Logística responsável pela elaboração do material, destaca: “O material que produzimos trata-se de um panorama sobre as possibilidades hoje existentes na legislação de adequação dos contratos de trabalho a essa realidade nova e preocupante que o setor produtivo está enfrentando. Algumas das medidas sugeridas são de simples aplicação, e outras são de maior complexidade”.

Outro ponto importante são as fake news, cuja circulação aumenta durante circunstâncias como as atuais, confundindo as pessoas, levando a decisões errôneas e podendo prejudicar os negócios. “Evite informações desencontradas. Procure meios seguros e de credibilidade para obter informações e orientações. As entidades de classes estão cumprindo o seu papel e poderão orientar e informar as empresas sobre as medidas que estão sendo tomadas para minimizar os efeitos dessa crise”, defende Figueirôa.

Fonte: NTC&Logística

Lei do descanso de caminhoneiros pode mudar por causa do coronavírus

A Lei do descanso pode ser alterada por causa do avanço do coronavírus. O assunto já está sendo discutido pelos governos federal e estaduais em conjunto com entidades do setor de transportes

A Lei do Descanso pode receber alterações por causa do avanço do número de infectados pelo coronavírus no Brasil. O assunto já está sendo discutido pelos governos federal e estaduais em conjunto com entidades do setor de transportes.
A ideia é flexibilizar a jornada de profissionais como caminhoneiros de modo a atender a demanda por suprimentos, que deve crescer por causa da ampliação da adesão ao trabalho à distância e períodos de quarentena.
Com boa parte da população sendo orientada a permanecer em casa para conter o número de casos de contaminação, o setor de transporte rodoviário de carga deve intensificar as atividades para garantir o abastecimento. Até a noite de terça-feira (17) foram confirmados mais de 300 casos e pelo menos duas mortes no Brasil.
As discussões giram em torno da ideia de ampliar o tempo que o caminhoneiro, entre outros motoristas, possa ficar ao volante. Os defensores da mudança argumentam que isso visa garantir a entrega de suprimentos e equipamentos médicos. Inclusive os relacionados ao diagnóstico, exames e tratamento contra o novo coronavírus (COVID-19).
Lei do descanso prevê paradas a cada 4 horas
A Lei do Descanso determina que o caminhoneiro faça paradas de 30 minutos a cada quatro horas ao volante. Além disso, o motorista profissional deve parar por uma hora durante essa jornada para a refeição. Outra regra vigente é o intervalo diário de 11 horas entre uma viagem e outra.
As regras atuais poderão ser flexibilizadas no caso de setores considerados estratégicos no combate à epidemia no País. Medida semelhante já foi adotada nos Estados Unidos. Assim como ocorre no Brasil, os caminhões são responsáveis pelo transporte de boa parte dos produtos que circulam nos EUA.
Na sexta-feira (13), o presidente norte-americano, Donald Trump declarou estado de emergência nacional por causa do surto de coronavírus. Logo em seguida, o Departamento de Transportes dos EUA isentou algumas categorias de motoristas do cumprimento das regras da HOS. A sigla para horas de serviço (em tradução livre) é equivalente à Lei do Descanso no Brasil.

Nos EUA, regra já mudou
Pelas regras do HOS os caminhoneiros dos EUA podem dirigir por, no máximo, 11 horas em qualquer período do dia. Essa jornada costuma ser de oito horas de trabalho e três de descanso. Como esse tempo pode ser fracionado em etapas, com intervalos de ao menos 30 minutos para descanso, o total chega a 14 horas.
A flexibilização valerá até o dia 12 de abril ou até que haja redução do surto do vírus. Nesse período, caminhoneiros que fazem entregas de equipamentos de saúde e suprimentos poderão trabalhar direto, sem paradas. A condição é que os profissionais descansem por pelo menos dez horas consecutivas após realizarem as entregas.

Setor vem orientando profissionais
Segundo a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) o setor ainda não foi afetado pelo coronavírus. “Em um momento de crise como este, o transporte de cargas se torna ainda mais importante para o abastecimento das cadeias de suprimento”, diz o presidente da entidade, Francisco Pelúcio.
“Precisamos dar continuidade às nossas atividades, de forma segura e responsável”, afirma. Pelúcio se refere às orientações que a associação vem fazendo. “Sugerimos que sejam evitadas aglomerações e adotadas boas práticas de higiene.”

Fonte: Estadão

Trânsito muda na entrada de Santos para retirada de estrutura de obra

Está programada para os períodos de 20 a 23 deste mês e 3 a 6 de abril a desmontagem do cimbramento (estrutura metálica de suporte provisória) instalado no cruzamento das avenidas Nossa Senhora de Fátima e Martins Fontes e Rodovia Anchieta, utilizado para a construção do viaduto na entrada da Cidade, que faz parte do programa Nova Entrada de Santos. Veja abaixo vídeos com orientações sobre as mudanças.
Para a realização dos trabalhos, nos dois finais de semana alternados, será preciso implantar alterações no trânsito, na passagem sob o túnel do viaduto da Martins Fontes, garantindo a entrada e a saída de Santos. No primeiro fim de semana será no sentido São Paulo/Santos e, no de abril, no sentido Santos/São Paulo.
As alterações ficarão em vigor das 22h do dia 20 (sexta-feira) até as 5h do dia 23 de março (segunda-feira). E no segundo final de semana de operação de desmontagem será das 22h do dia 3 (sexta-feira) até 5h do dia 6 de abril (segunda-feira).

ORIENTAÇÃO
Placas de sinalização serão instaladas para orientar os motoristas sobre os desvios e organizar o fluxo de veículos. Agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Santos) também estarão monitorando o trânsito. A recomendação é para que os motoristas evitem transitar pela área, nas datas agendadas para a remoção da estrutura.

ANÚNCIO
As intervenções no trânsito da entrada da Cidade foram anunciadas durante entrevista coletiva à imprensa, na manhã desta terça-feira (17), pelo prefeito Paulo Alexandre Barbosa. O detalhamento do trânsito no local foi explicado no alto do viaduto que está em construção no encontro das Avenidas Martins Fontes e Nossa Senhora de Fátima, no Saboó.
“Essa é mais uma etapa importante da obra do viaduto que segue com planejamento e cronograma em dia. Nesse momento necessitará de intervenção no trânsito que faremos de forma ordenada e com segurança para impactar o mínimo possível na vida das pessoas”, afirmou o prefeito Paulo Barbosa. “A estrutura do viaduto está pronta; seguimos para a parte geral de acabamento e trabalhamos com a meta de entregar essa obra dentro do primeiro semestre deste ano”, completou.

Confira como ficam os acessos São Paulo/Santos e Santos/São Paulo:

SÃO PAULO/SANTOS
A primeira etapa do trabalho será no sentido São Paulo/Santos da Avenida Martins, que ficará fechada ao trânsito de veículos entre 22h do dia 20 (sexta-feira) e 5h do dia 23 (segunda-feira).

Veículos que estiverem na Avenida Martins Fontes saindo de Santos:
Os veículos que seguem pela Avenida Martins Fontes, saindo de Santos, terão apenas uma faixa de rolamento até passar embaixo do túnel do viaduto que está sendo construído na entrada da Cidade. Em seguida, os motoristas terão a opção de seguir à direita para a marginal sentido Zona Noroeste / São Vicente ou esquerda, sentido Via Anchieta, seguindo as rotas atuais já implantadas.

Para os veículos que estiverem na Via Anchieta chegando à Santos:
Os veículos que chegam à Santos serão desviados à esquerda, em uma única faixa de rolamento, para passar sob o viaduto na contramão, onde hoje passam os veículos sentido Via Anchieta, e depois retornam à direita, em direção à pista sentido Centro.

SANTOS/SÃO PAULO
Já os desvios para a retirada do cimbramento no sentido contrário da Martins Fontes (Santos/São Paulo) serão implantados entre os dias 3 (sexta-feira) e 6 (segunda-feira) de abril.

Veículos que estiverem na Avenida Martins Fontes saindo de Santos:
Os veículos que seguem pela Avenida Martins Fontes saindo de Santos terão apenas uma faixa de rolamento até passar o túnel sob o viaduto que está em construção, na contramão que é a abertura por onde hoje chegam os veículos da Rodovia Anchieta. Na sequência, os motoristas terão a escolha de seguir tanto pela Rodovia Anchieta, sentido São Paulo, quanto acessar a Marginal SP 148, antiga Bandeirantes, sentido Zona Noroeste / São Vicente, seguindo as rotas atuais já implantadas.

Para os veículos que estiverem na Via Anchieta chegando à Santos:
Os veículos que chegam à Santos terão apenas uma faixa de rolamento até passar o túnel sob o viaduto que está sendo construído na entrada da Cidade, para em seguida retornar a sua rota atual.

Confira os vídeos com orientações sobre as interdições

De 20 a 23 de março:
https://youtu.be/wXC-VEBoBZQ

De 3 a 6 de abril:
https://youtu.be/vIHLDM-BfRw

NTC&Logística divulga nota oficial sobre o Coronavírus

Na manhã de ontem (17), a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística divulgou a seguinte nota:

Diante da pandemia do coronavírus, que atinge todo o planeta, e, seguindo as orientações das autoridades de saúde pública no Brasil, a NTC&Logística tomou medidas internas para evitar a disseminação do vírus. Reuniões e eventos estão suspensos, mas, nosso atendimento continua, de preferência, por telefone, e-mail ou whatsapp.
Para evitarmos o avanço da COVID-19, e suas consequências para a saúde da população e o impacto na economia, manifestamos máxima preocupação e orientamos que nossos associados adotem as medidas orientadas pelos especialistas, preservando suas famílias, seus colaboradores e seus clientes.
Porém, em um momento de crise como este, o transporte de cargas se torna ainda mais importante para o abastecimento das cadeias de suprimento. Precisamos dar continuidade as nossas atividades, mas, de forma segura e responsável. Não podemos permitir que aconteça o desabastecimento, principalmente de alimentos e medicamentos. É nossa responsabilidade social continuar operando da melhor maneira possível.
Por isso, sugerimos que as atividades das empresas de transportes prossigam, mas que seja evitada aglomerações no interior dos estabelecimentos e que sejam adotadas as boas práticas de higiene e distâncias entre si, além das demais regras repetidas na mídia pelas autoridades de saúde.
Essas medidas poderão manter o transporte rodoviário de cargas em funcionamento, tendo em vista que quase 6% de todas as pessoas empregadas no mundo inteiro trabalham no setor, principalmente em pequenas e médias empresas que, devido ao seu tamanho, não conseguem lidar facilmente com choques externos, como os impactos econômicos trazidos com a COVID-19.
Vale aqui deixar um alerta quanto as “fake news”, que, infelizmente, nestas circunstâncias aumentam a circulação. É importante lembrar que informações corretas evitam pânico; sendo assim, solicitamos que divulguem apenas notícias de fontes confiáveis.
Ressaltamos que é dever de todos prezar pela saúde do próximo com bons modos e cuidados com a higiene, que são armas importantes para que essa pandemia seja combatida o mais rápido possível e as nossas atividades voltem o mais rápido possível à sua normalidade.
O Transporte Rodoviário de Cargas é atividade estratégica e fundamental para o funcionamento da economia e o abastecimento da sociedade, inclusive, como agente intermediário com os demais modais.
Nesse sentido, conscientes de nossa responsabilidade, colocamos, como sempre, a NTC&Logística e demais entidades representativas do setor, em todo o Brasil, à disposição para participar de todos os planejamentos e apoiar as ações das autoridades federais, estaduais e municipais.

Francisco Pelucio
Presidente

Fonte: NTC&Logística

Frete de retorno é previsto em nova resolução da ANTT

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou, nesta quinta-feira (16/1/2020), a Resolução nº 5.867/2020, que estabelece as regras gerais, a metodologia e os coeficientes dos pisos mínimos, referentes ao quilômetro rodado na realização do serviço de transporte rodoviário remunerado de cargas, por eixo carregado, instituído pela Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas (PNPM-TRC).

A nova norma tem como principais características:

1- A obrigação do pagamento do frete de retorno está prevista na nova resolução, para as operações impedidas pela regulamentação de trazer cargas no retorno. (Um exemplo é um caminhão que transporta combustível e não pode voltar transportando outro tipo de carga).

2- Foi incluída, no cálculo do piso mínimo, a cobrança do valor das diárias do caminhoneiro.

3- Foi incluída na tabela uma novo tipo de carga: a pressurizada. Agora são 12 categorias.

4- Foram criadas duas novas tabelas para contemplar a operação de carga de alto desempenho. As Operações de Alto Desempenho são as que levam menor tempo de carga e descarga (antes tinham as tabelas para a operação padrão).

5- Atualização monetária dos itens que compõem a tabela, como pneu, manutenção, etc (prevista na legislação de acontecer a cada semestre).

Confira aqui a resolução completa. As tabelas serão publicadas aqui, na atualização da norma.

Histórico – A Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas (conhecida como Tabela de Frete) foi estabelecida pela Medida Provisória nº 832/2018 e convertida na Lei nº 13.703/2018. Em cumprimento às normas legais, a ANTT publicou, por meio da Resolução ANTT nº 5.820/2018, as tabelas com os pisos mínimos referentes ao quilômetro rodado na realização de fretes, por eixo carregado. As tabelas de pisos mínimos têm natureza vinculativa e foram elaboradas conforme as especificidades das cargas, sendo divididas em: carga geral, a granel, frigorificada, perigosa e neogranel.

As primeiras tabelas, constantes do Anexo II da Resolução ANTT nº 5.820/2018, foram atualizadas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em janeiro/2019, além das atualizações decorrentes de oscilação do preço do óleo diesel, conforme determinação legal.

A Lei nº 13.703/2018 estabelece que a publicação dos pisos ocorrerá até os dias 20 de janeiro e 20 de julho de cada ano, e os valores serão válidos para o semestre em que a norma for editada.

A nova Resolução é resultado do primeiro ciclo regulatório do projeto entre a ANTT e a entidade sem fins lucrativos ESALQ-LOG/FEALQ-USP, que será desenvolvido durante 21 meses (a contar de janeiro de 2019).

Para a primeira etapa do ciclo, foram realizados: análise da metodologia da Resolução ANTT nº 5.820/2018; análise de impacto regulatório; estudos sobre os diversos mercados de fretes; revisão da metodologia de custo operacional total (piso mínimo de frete); definição dos insumos que compõem os custos de transporte de cargas; pesquisa para ampla participação social e contribuições em indicadores operacionais do custo de transporte (questionário presencial e online); definição da metodologia de coleta de dados; e processo de participação e controle social (Tomada de Subsídios nº 009/2018, Tomada de Subsídios nº 019/2018, Audiência Pública nº 12/2018 e Audiência Pública nº 2/2019).

A participação da sociedade e do mercado foram essenciais para fundamentar a norma. Na Audiência Pública nº 2/2019, foram promovidas cinco sessões presenciais e foram recebidas e analisadas 555 contribuições no total.

Entenda tudo sobre a PNMP aqui.

Fonte: ANTT

Sindisan recebe sugestões para consulta pública de Normas Regulamentadoras (NR’s)

Até a próxima quarta-feira (15), o Sindisan receberá sugestões sobre os textos das NR’s 10, 29, 30 e 32, que serão enviadas à FETCESP com o objetivo de subsidiar a entidade para contribuição à consulta pública do Ministério da Economia.

Do que trata as NR’s?
NR-10: Segurança em Instalações e Serviços de Eletricidade
NR-29: Segurança e Saúde no Trabalho Portuário
NR-30: Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário
NR-32: Segurança e Saúde no Trabalho e Serviços de Saúde

A revisão dos textos passa pela análise de um grupo permanente tripartite com representantes do governo federal (auditores fiscais), empregadores (confederações) e trabalhadores (centrais sindicais) e as alterações só podem ser feitas se tiverem a concordância dos três grupos de representação.

A CNT possui representação do referido grupo tripartite (denominado CTTP) e tem trabalhado em conjunto, levando subsídios e assuntos de interesse do TRC, através da Comissão de Assuntos Trabalhistas (CAT), na qual a FETCESP é integrante.