Cai número de fretes para os portos, mas sobe demanda interna por produtos

Pesquisa feita pela Fretebras revelou que o número de caminhoneiros passando pelos cinco principais portos do Brasil caiu 22% em janeiro e fevereiro

O setor de transporte e logística monitora dia a dia o impacto do coronavírus em sua operação. Nos dois primeiros meses de 2020, segundo a empresa FreteBras, os efeitos da crise foram sentidos principalmente nas importações e exportações.
Em pesquisa feita em sua base de mais de 400.000 fretes mensais, a empresa monitorou o movimento em cinco grandes portos do país: Santos (SP), Paranaguá (PR), Suape (PE), Tubarão (ES) e Rio Grande (RS). Em janeiro e fevereiro de 2020, a empresa notou que 22% menos caminhoneiros transitaram pelos cinco portos em comparação com novembro e dezembro de 2019.
O Porto Rio Grande é o mais afetado com 50% de queda, seguido por Santos (28%) e Tubarão (23%). O número de fretes com origem e destino para os portos também caiu em 7%. Em março, a expectativa é de uma queda mais acentuada. “Os caminhoneiros autônomos estão preocupados. Se não trabalham, não ganham. E se eles param, os produtos deixam de chegar nas farmácias e mercados”, diz Bruno Hacad, Diretor de Operações da FreteBras.

Demanda interna aumenta
Com mais pessoas estocando produtos em casa, a indústria tem demandado mais fretes. Segundo levantamento interno da plataforma Cargo X, que tem, em média, 70.000 pedidos por dia, o número de fretes de produtos industriais no último mês aumentou 10%. “Indústrias de comida, bebida e farmacêutica estão enviando muitos carregamentos”, diz Federico Vega, presidente da companhia.
A Fretefy, empresa de Curitiba especializada em facilitar a logística para grandes embarcadores, também notou aumento na demanda na terceira semana de março em comparação com o mesmo período de fevereiro. No total, subiu em 50% o número de fretes.
O segmento de higiene e limpeza foi o que registrou maior demanda, com alta de 90% no volume de cargas. Depois, o transporte de alimentos como feijão e arroz aumentou em 35%. Hortifruti, congelados e resfriados tiveram crescimento de 30%, enquanto bebidas aumentaram de 15 a 17% no período analisado.
Mesmo com mais cargas circulando, alguns estabelecimentos comerciais estão com prateleiras vazias nos últimos dias. Josney Komiak, gerente de Costumer Sucess do Fretefy, diz que esse desabastecimento dos supermercados e farmácias neste momento é pontual. “As pessoas estão ansiosas, as lojas não conseguem reabastecer rapidamente as gôndolas”, diz
Na visão da empresa, a retração no número de cargas e produtos em circulação só deve acontecer nas próximas semanas, como reflexo da política de menor circulação. “As pessoas não vão trabalhar na indústria, então o item não vai ser produzido e transportado até o cliente final”, diz Komiak.
A Fretefy estima uma diminuição de 5 a 10% nas cargas que chegam para abastecimento em grandes centros nas próximas semanas.

Fonte: Exame

Santos terá mais de 470 novos leitos para Covid-19 na rede SUS

A Prefeitura de Santos abrirá mais de 470 novos leitos, entre Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para adultos e de enfermaria em equipamentos do SUS (Sistema Único de Saúde), hospitais filantrópicos e outras instituições hospitalares para enfrentar o novo coronavírus.
Até o momento, os equipamentos que contarão com novos leitos são: Complexo Hospitalar dos Estivadores, novo Ambulatório de Especialidades (Ambesp), Complexo Hospitalar da Zona Noroeste, Hospital de Pequeno Porte (HPP – que funciona na área do antigo PS Central), UPA Central, UPA Zona Leste, Beneficência Portuguesa, Santa Casa, Guilherme Álvaro, Afip Medicina Diagnóstica e Casa da Visão.
Do total de leitos, cerca de 390 são de enfermaria e 70 de UTI, sendo 15 deles já completamente equipados no nono andar do Complexo Hospitalar dos Estivadores, equipamento da Prefeitura mantido sob gestão compartilhada com o Instituto Social Hospital Alemão Oswaldo Cruz, que já contava com 17 leitos de UTI para adultos. Outros cinco leitos do tipo aguardam os ventiladores mecânicos.
A partir de sexta-feira (27), também serão disponibilizados 60 novos leitos na Santa Casa. “O Estivadores está pronto para receber as pessoas que necessitarem, com leitos de UTI prontos com respiradores. Não estamos no pico da crise, mas temos estimativa de que os casos cresçam com a curva da doença. Estamos preparados para esse enfrentamento, com as forças mobilizadas para atender à demanda que teremos na rede pública. Conforme a demanda for crescendo, ampliaremos o atendimento”, afirmou o prefeito Paulo Alexandre Barbosa, ressaltando que a Cidade terá apoio da iniciativa privada.
Atualmente, Santos conta com 263 leitos de UTI. Com os novos, o Município passará a ter cerca de 340 para atendimento intensivo. Já de enfermaria, com as novas implementações, serão, ao todo, mais de 2.100. De acordo com a Secretaria de Saúde (SMS), os novos leitos da Beneficência Portuguesa também já estão equipados para uso.

UPA CENTRAL, NOVO AMBESP E UPA ZONA LESTE

A UPA Central terá um Centro de Referência com a disponibilização de dois pavimentos superiores, não utilizados no momento, para os novos leitos. O novo Ambulatório de Especialidades (Ambesp) Dr. Nelson Teixeira, aberto nesta segunda-feira (23), na Rua Manoel Tourinho, 395, será, temporariamente, também utilizado para suporte à internação de pacientes.
Os atendimentos e procedimentos eletivos (agendados, não urgentes) estão suspensos conforme recomendação do Governo Estadual para enfrentamento da pandemia. “Iniciamos o novo Ambesp com essa visão de apoio de leitos para internação. A UPA Zona Leste, prevista para ser inaugurada em abril, também contará com UTI estruturada para internação de pacientes com coronavírus”, disse o secretário de Saúde, Fábio Ferraz.

AQUISIÇÃO DE EPIs

Todas as unidades de saúde estão abastecidas com todos os equipamentos de proteção individual (EPIs) como álcool em gel, toucas, luvas, máscaras, propé (sapatilhas), aventais, óculos de proteção, termômetros e oxímetros.
Nesta terça-feira (24), mais de 100 mil máscaras chegaram às unidades. “Estamos avançando na aquisição de insumos para prover todas as necessidades. Nosso almoxarifado da Saúde está abastecido de todos os materiais necessários para atender às nossas unidades. Estamos com o estoque preparado para fazer frente às demandas”, disse o prefeito, ressaltando que também está sendo feita a higienização dos ambientes das unidades.

Fonte: Prefeitura de Santos

Coronavírus: Entidades desenvolvem orientações trabalhistas para empresas do setor

Informações trabalhistas são orientadas às empresas de transporte de carga, uma atividade necessária para o abastecimento do país em qualquer circunstância

Diante dos últimos acontecimentos causados pela pandemia da COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus, a maior preocupação das empresas de transporte de carga está em como proceder diante de tantas medidas e orientações quanto ao isolamento das pessoas para que se evite uma proliferação ainda maior do vírus.

O transporte rodoviário de cargas é uma atividade estratégica e fundamental para o funcionamento da economia e para o abastecimento da sociedade, inclusive como agente intermediário com os demais modais. Dessa forma, precisa adotar medidas estratégicas para que possa continuar prestando serviço ao país, mas também seguindo as orientações dos órgãos competentes de saúde e das autoridades públicas que diariamente atualizam novas medidas que impactam diretamente o setor.

Empenhadas neste primeiro momento em prestar o máximo de informações ao transportador, a NTC&Logística, a FETCESP e o SETCESP desenvolveram em conjunto uma cartilha para orientar as ações que podem ser adotadas pelas empresas na questão trabalhista.

Acesse aqui

Francisco Pelucio, presidente da NTC ressaltou que “em um momento de crise como este, o transporte de cargas se torna ainda mais importante para o abastecimento das cadeias de suprimento, e ter informações corretas com certeza ajudará a todos. Precisamos dar continuidade às nossas atividades, mas de forma segura e responsável. Não podemos permitir que aconteça o desabastecimento, principalmente de alimentos e medicamentos. É nossa responsabilidade social continuar operando da melhor maneira possível, sempre atento às leis trabalhistas e às orientações das autoridades e órgãos de saúde, para que essa pandemia seja combatida o mais rápido possível e nossas atividades voltem à sua normalidade”.

Narciso Figueirôa Junior, assessor jurídico da NTC&Logística responsável pela elaboração do material, destaca: “O material que produzimos trata-se de um panorama sobre as possibilidades hoje existentes na legislação de adequação dos contratos de trabalho a essa realidade nova e preocupante que o setor produtivo está enfrentando. Algumas das medidas sugeridas são de simples aplicação, e outras são de maior complexidade”.

Outro ponto importante são as fake news, cuja circulação aumenta durante circunstâncias como as atuais, confundindo as pessoas, levando a decisões errôneas e podendo prejudicar os negócios. “Evite informações desencontradas. Procure meios seguros e de credibilidade para obter informações e orientações. As entidades de classes estão cumprindo o seu papel e poderão orientar e informar as empresas sobre as medidas que estão sendo tomadas para minimizar os efeitos dessa crise”, defende Figueirôa.

Fonte: NTC&Logística

Lei do descanso de caminhoneiros pode mudar por causa do coronavírus

A Lei do descanso pode ser alterada por causa do avanço do coronavírus. O assunto já está sendo discutido pelos governos federal e estaduais em conjunto com entidades do setor de transportes

A Lei do Descanso pode receber alterações por causa do avanço do número de infectados pelo coronavírus no Brasil. O assunto já está sendo discutido pelos governos federal e estaduais em conjunto com entidades do setor de transportes.
A ideia é flexibilizar a jornada de profissionais como caminhoneiros de modo a atender a demanda por suprimentos, que deve crescer por causa da ampliação da adesão ao trabalho à distância e períodos de quarentena.
Com boa parte da população sendo orientada a permanecer em casa para conter o número de casos de contaminação, o setor de transporte rodoviário de carga deve intensificar as atividades para garantir o abastecimento. Até a noite de terça-feira (17) foram confirmados mais de 300 casos e pelo menos duas mortes no Brasil.
As discussões giram em torno da ideia de ampliar o tempo que o caminhoneiro, entre outros motoristas, possa ficar ao volante. Os defensores da mudança argumentam que isso visa garantir a entrega de suprimentos e equipamentos médicos. Inclusive os relacionados ao diagnóstico, exames e tratamento contra o novo coronavírus (COVID-19).
Lei do descanso prevê paradas a cada 4 horas
A Lei do Descanso determina que o caminhoneiro faça paradas de 30 minutos a cada quatro horas ao volante. Além disso, o motorista profissional deve parar por uma hora durante essa jornada para a refeição. Outra regra vigente é o intervalo diário de 11 horas entre uma viagem e outra.
As regras atuais poderão ser flexibilizadas no caso de setores considerados estratégicos no combate à epidemia no País. Medida semelhante já foi adotada nos Estados Unidos. Assim como ocorre no Brasil, os caminhões são responsáveis pelo transporte de boa parte dos produtos que circulam nos EUA.
Na sexta-feira (13), o presidente norte-americano, Donald Trump declarou estado de emergência nacional por causa do surto de coronavírus. Logo em seguida, o Departamento de Transportes dos EUA isentou algumas categorias de motoristas do cumprimento das regras da HOS. A sigla para horas de serviço (em tradução livre) é equivalente à Lei do Descanso no Brasil.

Nos EUA, regra já mudou
Pelas regras do HOS os caminhoneiros dos EUA podem dirigir por, no máximo, 11 horas em qualquer período do dia. Essa jornada costuma ser de oito horas de trabalho e três de descanso. Como esse tempo pode ser fracionado em etapas, com intervalos de ao menos 30 minutos para descanso, o total chega a 14 horas.
A flexibilização valerá até o dia 12 de abril ou até que haja redução do surto do vírus. Nesse período, caminhoneiros que fazem entregas de equipamentos de saúde e suprimentos poderão trabalhar direto, sem paradas. A condição é que os profissionais descansem por pelo menos dez horas consecutivas após realizarem as entregas.

Setor vem orientando profissionais
Segundo a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) o setor ainda não foi afetado pelo coronavírus. “Em um momento de crise como este, o transporte de cargas se torna ainda mais importante para o abastecimento das cadeias de suprimento”, diz o presidente da entidade, Francisco Pelúcio.
“Precisamos dar continuidade às nossas atividades, de forma segura e responsável”, afirma. Pelúcio se refere às orientações que a associação vem fazendo. “Sugerimos que sejam evitadas aglomerações e adotadas boas práticas de higiene.”

Fonte: Estadão

Trânsito muda na entrada de Santos para retirada de estrutura de obra

Está programada para os períodos de 20 a 23 deste mês e 3 a 6 de abril a desmontagem do cimbramento (estrutura metálica de suporte provisória) instalado no cruzamento das avenidas Nossa Senhora de Fátima e Martins Fontes e Rodovia Anchieta, utilizado para a construção do viaduto na entrada da Cidade, que faz parte do programa Nova Entrada de Santos. Veja abaixo vídeos com orientações sobre as mudanças.
Para a realização dos trabalhos, nos dois finais de semana alternados, será preciso implantar alterações no trânsito, na passagem sob o túnel do viaduto da Martins Fontes, garantindo a entrada e a saída de Santos. No primeiro fim de semana será no sentido São Paulo/Santos e, no de abril, no sentido Santos/São Paulo.
As alterações ficarão em vigor das 22h do dia 20 (sexta-feira) até as 5h do dia 23 de março (segunda-feira). E no segundo final de semana de operação de desmontagem será das 22h do dia 3 (sexta-feira) até 5h do dia 6 de abril (segunda-feira).

ORIENTAÇÃO
Placas de sinalização serão instaladas para orientar os motoristas sobre os desvios e organizar o fluxo de veículos. Agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Santos) também estarão monitorando o trânsito. A recomendação é para que os motoristas evitem transitar pela área, nas datas agendadas para a remoção da estrutura.

ANÚNCIO
As intervenções no trânsito da entrada da Cidade foram anunciadas durante entrevista coletiva à imprensa, na manhã desta terça-feira (17), pelo prefeito Paulo Alexandre Barbosa. O detalhamento do trânsito no local foi explicado no alto do viaduto que está em construção no encontro das Avenidas Martins Fontes e Nossa Senhora de Fátima, no Saboó.
“Essa é mais uma etapa importante da obra do viaduto que segue com planejamento e cronograma em dia. Nesse momento necessitará de intervenção no trânsito que faremos de forma ordenada e com segurança para impactar o mínimo possível na vida das pessoas”, afirmou o prefeito Paulo Barbosa. “A estrutura do viaduto está pronta; seguimos para a parte geral de acabamento e trabalhamos com a meta de entregar essa obra dentro do primeiro semestre deste ano”, completou.

Confira como ficam os acessos São Paulo/Santos e Santos/São Paulo:

SÃO PAULO/SANTOS
A primeira etapa do trabalho será no sentido São Paulo/Santos da Avenida Martins, que ficará fechada ao trânsito de veículos entre 22h do dia 20 (sexta-feira) e 5h do dia 23 (segunda-feira).

Veículos que estiverem na Avenida Martins Fontes saindo de Santos:
Os veículos que seguem pela Avenida Martins Fontes, saindo de Santos, terão apenas uma faixa de rolamento até passar embaixo do túnel do viaduto que está sendo construído na entrada da Cidade. Em seguida, os motoristas terão a opção de seguir à direita para a marginal sentido Zona Noroeste / São Vicente ou esquerda, sentido Via Anchieta, seguindo as rotas atuais já implantadas.

Para os veículos que estiverem na Via Anchieta chegando à Santos:
Os veículos que chegam à Santos serão desviados à esquerda, em uma única faixa de rolamento, para passar sob o viaduto na contramão, onde hoje passam os veículos sentido Via Anchieta, e depois retornam à direita, em direção à pista sentido Centro.

SANTOS/SÃO PAULO
Já os desvios para a retirada do cimbramento no sentido contrário da Martins Fontes (Santos/São Paulo) serão implantados entre os dias 3 (sexta-feira) e 6 (segunda-feira) de abril.

Veículos que estiverem na Avenida Martins Fontes saindo de Santos:
Os veículos que seguem pela Avenida Martins Fontes saindo de Santos terão apenas uma faixa de rolamento até passar o túnel sob o viaduto que está em construção, na contramão que é a abertura por onde hoje chegam os veículos da Rodovia Anchieta. Na sequência, os motoristas terão a escolha de seguir tanto pela Rodovia Anchieta, sentido São Paulo, quanto acessar a Marginal SP 148, antiga Bandeirantes, sentido Zona Noroeste / São Vicente, seguindo as rotas atuais já implantadas.

Para os veículos que estiverem na Via Anchieta chegando à Santos:
Os veículos que chegam à Santos terão apenas uma faixa de rolamento até passar o túnel sob o viaduto que está sendo construído na entrada da Cidade, para em seguida retornar a sua rota atual.

Confira os vídeos com orientações sobre as interdições

De 20 a 23 de março:
https://youtu.be/wXC-VEBoBZQ

De 3 a 6 de abril:
https://youtu.be/vIHLDM-BfRw

NTC&Logística divulga nota oficial sobre o Coronavírus

Na manhã de ontem (17), a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística divulgou a seguinte nota:

Diante da pandemia do coronavírus, que atinge todo o planeta, e, seguindo as orientações das autoridades de saúde pública no Brasil, a NTC&Logística tomou medidas internas para evitar a disseminação do vírus. Reuniões e eventos estão suspensos, mas, nosso atendimento continua, de preferência, por telefone, e-mail ou whatsapp.
Para evitarmos o avanço da COVID-19, e suas consequências para a saúde da população e o impacto na economia, manifestamos máxima preocupação e orientamos que nossos associados adotem as medidas orientadas pelos especialistas, preservando suas famílias, seus colaboradores e seus clientes.
Porém, em um momento de crise como este, o transporte de cargas se torna ainda mais importante para o abastecimento das cadeias de suprimento. Precisamos dar continuidade as nossas atividades, mas, de forma segura e responsável. Não podemos permitir que aconteça o desabastecimento, principalmente de alimentos e medicamentos. É nossa responsabilidade social continuar operando da melhor maneira possível.
Por isso, sugerimos que as atividades das empresas de transportes prossigam, mas que seja evitada aglomerações no interior dos estabelecimentos e que sejam adotadas as boas práticas de higiene e distâncias entre si, além das demais regras repetidas na mídia pelas autoridades de saúde.
Essas medidas poderão manter o transporte rodoviário de cargas em funcionamento, tendo em vista que quase 6% de todas as pessoas empregadas no mundo inteiro trabalham no setor, principalmente em pequenas e médias empresas que, devido ao seu tamanho, não conseguem lidar facilmente com choques externos, como os impactos econômicos trazidos com a COVID-19.
Vale aqui deixar um alerta quanto as “fake news”, que, infelizmente, nestas circunstâncias aumentam a circulação. É importante lembrar que informações corretas evitam pânico; sendo assim, solicitamos que divulguem apenas notícias de fontes confiáveis.
Ressaltamos que é dever de todos prezar pela saúde do próximo com bons modos e cuidados com a higiene, que são armas importantes para que essa pandemia seja combatida o mais rápido possível e as nossas atividades voltem o mais rápido possível à sua normalidade.
O Transporte Rodoviário de Cargas é atividade estratégica e fundamental para o funcionamento da economia e o abastecimento da sociedade, inclusive, como agente intermediário com os demais modais.
Nesse sentido, conscientes de nossa responsabilidade, colocamos, como sempre, a NTC&Logística e demais entidades representativas do setor, em todo o Brasil, à disposição para participar de todos os planejamentos e apoiar as ações das autoridades federais, estaduais e municipais.

Francisco Pelucio
Presidente

Fonte: NTC&Logística

Frete de retorno é previsto em nova resolução da ANTT

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou, nesta quinta-feira (16/1/2020), a Resolução nº 5.867/2020, que estabelece as regras gerais, a metodologia e os coeficientes dos pisos mínimos, referentes ao quilômetro rodado na realização do serviço de transporte rodoviário remunerado de cargas, por eixo carregado, instituído pela Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas (PNPM-TRC).

A nova norma tem como principais características:

1- A obrigação do pagamento do frete de retorno está prevista na nova resolução, para as operações impedidas pela regulamentação de trazer cargas no retorno. (Um exemplo é um caminhão que transporta combustível e não pode voltar transportando outro tipo de carga).

2- Foi incluída, no cálculo do piso mínimo, a cobrança do valor das diárias do caminhoneiro.

3- Foi incluída na tabela uma novo tipo de carga: a pressurizada. Agora são 12 categorias.

4- Foram criadas duas novas tabelas para contemplar a operação de carga de alto desempenho. As Operações de Alto Desempenho são as que levam menor tempo de carga e descarga (antes tinham as tabelas para a operação padrão).

5- Atualização monetária dos itens que compõem a tabela, como pneu, manutenção, etc (prevista na legislação de acontecer a cada semestre).

Confira aqui a resolução completa. As tabelas serão publicadas aqui, na atualização da norma.

Histórico – A Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas (conhecida como Tabela de Frete) foi estabelecida pela Medida Provisória nº 832/2018 e convertida na Lei nº 13.703/2018. Em cumprimento às normas legais, a ANTT publicou, por meio da Resolução ANTT nº 5.820/2018, as tabelas com os pisos mínimos referentes ao quilômetro rodado na realização de fretes, por eixo carregado. As tabelas de pisos mínimos têm natureza vinculativa e foram elaboradas conforme as especificidades das cargas, sendo divididas em: carga geral, a granel, frigorificada, perigosa e neogranel.

As primeiras tabelas, constantes do Anexo II da Resolução ANTT nº 5.820/2018, foram atualizadas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em janeiro/2019, além das atualizações decorrentes de oscilação do preço do óleo diesel, conforme determinação legal.

A Lei nº 13.703/2018 estabelece que a publicação dos pisos ocorrerá até os dias 20 de janeiro e 20 de julho de cada ano, e os valores serão válidos para o semestre em que a norma for editada.

A nova Resolução é resultado do primeiro ciclo regulatório do projeto entre a ANTT e a entidade sem fins lucrativos ESALQ-LOG/FEALQ-USP, que será desenvolvido durante 21 meses (a contar de janeiro de 2019).

Para a primeira etapa do ciclo, foram realizados: análise da metodologia da Resolução ANTT nº 5.820/2018; análise de impacto regulatório; estudos sobre os diversos mercados de fretes; revisão da metodologia de custo operacional total (piso mínimo de frete); definição dos insumos que compõem os custos de transporte de cargas; pesquisa para ampla participação social e contribuições em indicadores operacionais do custo de transporte (questionário presencial e online); definição da metodologia de coleta de dados; e processo de participação e controle social (Tomada de Subsídios nº 009/2018, Tomada de Subsídios nº 019/2018, Audiência Pública nº 12/2018 e Audiência Pública nº 2/2019).

A participação da sociedade e do mercado foram essenciais para fundamentar a norma. Na Audiência Pública nº 2/2019, foram promovidas cinco sessões presenciais e foram recebidas e analisadas 555 contribuições no total.

Entenda tudo sobre a PNMP aqui.

Fonte: ANTT

Sindisan recebe sugestões para consulta pública de Normas Regulamentadoras (NR’s)

Até a próxima quarta-feira (15), o Sindisan receberá sugestões sobre os textos das NR’s 10, 29, 30 e 32, que serão enviadas à FETCESP com o objetivo de subsidiar a entidade para contribuição à consulta pública do Ministério da Economia.

Do que trata as NR’s?
NR-10: Segurança em Instalações e Serviços de Eletricidade
NR-29: Segurança e Saúde no Trabalho Portuário
NR-30: Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário
NR-32: Segurança e Saúde no Trabalho e Serviços de Saúde

A revisão dos textos passa pela análise de um grupo permanente tripartite com representantes do governo federal (auditores fiscais), empregadores (confederações) e trabalhadores (centrais sindicais) e as alterações só podem ser feitas se tiverem a concordância dos três grupos de representação.

A CNT possui representação do referido grupo tripartite (denominado CTTP) e tem trabalhado em conjunto, levando subsídios e assuntos de interesse do TRC, através da Comissão de Assuntos Trabalhistas (CAT), na qual a FETCESP é integrante.

Propostas para reforma tributária acabam com a guerra fiscal

Há duas propostas de emenda constitucional que podem ser votadas no Congresso; textos aguardam fim do recesso legislativo, em fevereiro

A volta do início dos trabalhos do Poder Legislativo em fevereiro abre a expectativa de que o Congresso Nacional aprove neste ano alguma reforma tributária. Duas propostas de emenda constitucional têm mais chance de serem votadas. A PEC 45/2019 na Câmara dos Deputados, e a PEC 110/2019 no Senado Federal.

A PEC da Câmara aguarda parecer do relator na comissão especial e a PEC do Senado ainda está na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), pronta para ser votada a sua admissibilidade.

Segundo especialistas ouvidos pela Agência Brasil, as propostas são semelhantes nos seus objetivos, mas diferentes no conteúdo – abrangência, prazos de transição e grau de autonomia de União, estados e municípios de fixarem alíquotas de impostos, taxas e contribuição.

“As duas [PECs] propõem a substituição dos principais tributos de produtos e serviços – o ICMS [Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços], o ISS [Imposto Sobre Serviço], o IPI [Imposto sobre Produtos Industrializados] e o PIS[Programa de Integração Social] / Cofins [Contribuição para Financiamento da Seguridade Social] – pelo Imposto de Bens e Serviços [IBS], que é um imposto do tipo valor adicionado”, explica o economista Bernardo Appy, ex-secretário executivo e ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda (2003 – 2009) e diretor do Centro de Cidadania Fiscal, o think tank que elaborou a PEC 45 que foi apresentada na Câmara pelo deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP).

“As duas propostas tentam simplificar e tornar menos oneroso o recolhimento dos tributos, do ponto de vista da burocracia, do tempo necessário para gerir essas obrigações tributárias. E, ao mesmo tempo, promover uma uniformização tributária no âmbito federal, de modo a acabar com aquilo que tem se chamado de guerra fiscal, cujo principal elemento de disputa é o ICMS”, acrescenta Luiz Alberto dos Santos, consultor do Senado Federal e professor da Ebape/Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Conforme Appy, “as duas propostas acabam com a guerra fiscal na prática. O fim da guerra fiscal se dará ao longo da transição”, tempo que difere entre as duas propostas. No caso da PEC 45, há dois prazos. O IBS será implantado em dez anos no que diz respeito à extinção integral dos antigos tributos e a vigência plena do novo. Para a conclusão da partilha da receita do novo tributo entre os entes federativos (União, estados e municípios), o prazo é de 50 anos.

No caso da PEC 110, mais impostos são consolidados no IBS e os prazos previstos são mais céleres: seis anos para extinção de antigos tributos e dez anos para a conclusão da partilha. Essa proposta constitucional tem o mesmo conteúdo do substitutivo da Proposta de Emenda Constitucional nº 293/04, relatada pelo ex-deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), que estava pronta para ser votada em comissão em 2018.

Guerra fiscal

Para acabar com a guerra fiscal, as duas propostas adotam o princípio da tributação no destino. Ou seja, a receita será recolhida e arrecadada pela unidade da Federação ao qual o produto se destina e não onde é produzida. “O princípio da origem daria lugar ao princípio da tributação no destino. Esse é o principal elemento capaz de reduzir a guerra fiscal”, assinala, Luiz Alberto dos Santos.

Na opinião de Bernardo Appy, esse arranjo terá efeito na produtividade das empresas e no crescimento econômico. “As empresas acabam por escolher seus centros de distribuição não por onde minimiza os custos de logística, mas minimiza os custos tributários. Do ponto de vista econômico perde produtividade, gasta mais capital e trabalho para fazer a mesma distribuição. Esse tipo de distorção deixa de existir”, garante o economista.

Ele acrescenta que “essa simplificação tem um efeito muito grande sobre o potencial de crescimento da economia brasileira. Uma parte do efeito mais evidente, o custo burocrático de pagar imposto – que no Brasil é o mais alto do mundo – por causa desses tributos sobre produtos e serviços e também da complexidade que gera muito litígio”.

Carga tributária e regressividade

No senso comum e no desejo de contribuintes e empresários, fazer reforma tributária acende a expectativa de que haverá redução da carga de impostos, taxas e contribuições. Appy e Santos afastam essa possibilidade.

“Não é intenção de nenhuma das propostas a redução de carga tributária. Vamos ter mudança na composição dos tributos e na forma de distribuição desses tributos entre os entes da Federação, como eles vão incidir em cada etapa do processo produtivo”, sublinha o consultor do Senado.

“Só dá para reduzir carga tributária diminuindo dívida pública”, pondera Bernardo Appy. De acordo com ele, “carga tributária é uma discussão de dívida pública. Se o país quer ter políticas públicas mais abrangentes, vai ter uma carga tributária mais alta. Se quer ter uma atuação menor do governo, vai ter uma carga tributária menor.”

Outra expectativa que pode ser frustrada é a possibilidade de diminuir o peso dos impostos regressivos e indiretos, que todos pagam – inclusive os mais pobres – quando compram uma mercadoria ou pagam um serviço. Ao contrário desses tributos, os impostos que taxam renda, patrimônio ou lucro pesam para os setores mais ricos da sociedade.

Conforme análise publicada pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), as duas propostas, além de dar fim à guerra fiscal, reduzem litígios, simplificam e barateiam a cobrança e o pagamento de tributos, mas não resolvem “o problema da injustiça tributária, porque mantêm o caráter regressivo do sistema tributário, evitando tributar de modo mais expressivo a renda e o patrimônio.”

“É um conjunto de propostas não atinge ou não afeta algumas distorções do nosso sistema tributário, como a questão de benefícios de isenções fiscais, inclusive federais. A questão da tributação de grandes fortunas não está sendo equacionada. A regressividade do sistema vai continuar existindo”, aponta Luiz Alberto dos Santos.

Para Bernardo Appy, existe a possibilidade de “corrigir distorções” da regressividade, mas há limites para avançar. “Países em desenvolvimento não têm como tributar a renda no mesmo nível dos países desenvolvidos, porque a população é mais pobre”. O economista estima que cerca de 10% da população no Brasil paga Imposto de Renda de Pessoa Física, enquanto nos países desenvolvidos a base de arrecadação é de 90% da população.

Outras propostas

Além das PECs 45 e 110, há outras propostas tramitando no Congresso Nacional. Esse é o caso da Emenda Substitutiva Global 178/2019 assinada pelos partidos da oposição na Câmara (PT, PCdoB, PDT, PSB, PSOL e Rede). A emenda substitui o relatório da PEC 45 e é baseada no documento A Reforma Tributária Necessária, elaborado pela Associação Nacional dos Auditores Fiscais (Anfip), Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco) e Plataforma Política Social.

O documento prevê tributação da renda, da propriedade e da riqueza, das transações financeiras, de bens e serviços, da folha de pagamentos, e cria novas formas de arrecadação como a tributação ambiental e a tributação do comércio internacional.

Outra proposta de emenda constitucional é a PEC 128/2019, de autoria do deputado Luis Miranda (DEM-DF) que “altera o sistema tributário nacional”. A proposição ainda aguarda votação de admissibilidade na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara. Se aprovada irá à comissão especial e poderá ser apensada à proposta em discussão.

Fonte: Exame/NTC&Logística

CONTRAN estabelece nova metodologia de aferição de peso de veículos

A Deliberação nº 182, publicada no Diário Oficial da União de hoje (13), inclui o art. 17-B à Resolução nº 258, de 30 de novembro de 2007, do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), que regulamenta os artigos 231 e 323 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), fixa metodologia de aferição de peso de veículos, estabelece percentuais de tolerância e dá outras providências.

Confira o conteúdo da Deliberação, clicando aqui.

Fonte: D.O.U.