ARTIGO ESPECIAL DE WILTON ALONSO LOPES, VICE-PRESIDENTE DO SINDISAN

O LASTRO DE SUA EMPRESA COMO GARANTIA DA CARGA : VOCÊ CONCORDA COM ISSO? A obrigatoriedade da contratação do RCTR-C pelo Transportador, é considerada uma das maiores conquistas do Setor. Ainda recentemente, por ocasião da desastrosa .Susep 113/04, o presidente da NTC, Dr. Geraldo Viana, em brilhante e histórico arrazoado á superintendência da Susep, demonstrou o quanto o RCTR-C representa para a cateria, acabando por gerar a Res. 123/04, garantindo assim a continuação da obrigatoriedade e exclusividade da sua contratação pelo transportador. Infelizmente, sabemos que alguns embarcadores (por ação de alguns corretores e seguradoras), continuam tentando impor suas apólices – prática da DDR – seus corretores e suas gerenciadoras de riscos ao transportador, sujeitando-o, às mais variadas regras e condições, algumas, verdadeiras armadilhas. Mas o que me faz retornar a este assunto não é a ação desses embarcadores, dessas seguradoras, nem desses corretores de seguro. O que me traz de volta ao tema é a surpreendente campanha que move o presidente do SETCESP, Sr. Urubatan Helou, contra a obrigatoriedade do RCTR-C. Não sei que outros argumentos o levam a levantar essa bandeira. Por isso, reporto-me tão somente às suas declarações contidas no livro comemorativo aos 70 anos do SETCESP. Sob qualquer ângulo que eu as examine, só vejo a oficialização da humilhante prática da DDR e a definitiva submissão do transportador aos leoninos termos e condições das seguradoras, corretores e gerenciadoras de Risco do próprio embarcador. Destaco aqui alguns trechos dessa entrevista:

Prefeituráveis debatem no Sindisan

A ansiedade dos transportadores rodoviários de carga da Cidade, com relação a diversos assuntos, marcou o debate entre os candidatos à Prefeitura de Santos realizado no auditório do sindicato na última quarta-feira, dia 25. Com idéias e propostas diferentes, os prefeituráveis Carlos Eduardo Adegas (PL), João Paulo Tavares Papa (PMDB), José Carlos Clemente (PSB), Luiz Antônio Xavier (PSTU), Raul istiano (PSDB) e Vicente Cascione (PTB) participaram do encontro, que teve quase três horas de duração e a presença de cerca de 100 pessoas. O debate foi dividido em cinco blocos e abordou os principais assuntos que envolvem o setor: estacionamento de caminhões; geração de empres; redução da carga tributária; planejamento/infra-estrutura para o Porto de Santos e desenvolvimento da área continental do Municí­pio. O evento teve mediação do jornalista Lucas Tavares, com réplicas do presidente do Sindisan, Marcelo Marques da Rocha e também do conselheiro Flávio Benatti.

ESPECIAL. Estacionamento de caminhões. Será que agora a novela chega ao fim?

Quem é do setor sabe que não é de hoje que o trânsito de caminhões na faixa do cais precisa passar por uma grande reformulação. Os gargalos no complexo portuário se agravam a cada dia, comprometendo o andamento dos serviços. Lideranças temem um colapso na região, principalmente nesta época do ano, quando se iniciam as exportações das safras agrícolas. A gravidade do problema levou sindicalistas, polí­ticos, empresários e demais representantes da Baixada Santista ao encontro com o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, no dia 30 de março, em Brasí­lia. Na ocasião, foi apresentado á autoridade um projeto de desapropriação da área da Rede Ferroviária Federal S.A no Porto de Santos para a construção de um estacionamento para caminhões e carretas. O líder ministerial apoiou a solicitação e entrou, na última quinta-feira, 15 de abril, uma nota Técnica ao presidente da República, Luiz Ignácio Lula da Silva, propondo a desapropriação de parte do terreno. O projeto apresentado ao verno é uma antiga reivindicação dos transportadores de carga que, desde a década de 80, aguardam numa área para a implantação de um estacionamento. Após estudos e a criação do Grupo de Logí­stica Terrestre da Baixada Santista, em 97, o terreno da RFFSA, localizado na Alemoa, foi considerado pelas autoridades locais como a melhor opção para abrigar os veí­culos pesados. Segundo o presidente do Sindisan, Marcelo Marques da Rocha, a proposta de desapropriação é a principal medida para remediar os problemas de tríafe do cais santista, enquanto se aguarda a construção das avenidas perimetrais. “Santos está afogada em um mar de caminhões. Só aquela área (da RFFSA) irá salva-lá¡”, afirma Rocha, que classificou a reunião com o ministro como “muito positiva”. Conforme o deputado federal, Vicente Cascione, vice-lí­der do verno, o terreno, cuja propriedade será transferida para a Codesp, tem 275 mil metros quadrados. Ele está localizado em uma gleba de 500 mil metros quadrados, onde também estará terminais portuários. Originalmente, devido á ausência de informações, a própria Autoridade Portuária estimava que o esperado a ser cedido seria o de 500 mil metros quadrados. A área localiza-se entre a Avenida Augusto Barata e a linha de trem da MRS Logí­stica, paralela á Avenida Martins Fontes e sua continuação, a marginal da Via Anchieta. Vai da Alemoa, onde é vizinha aos terminais da Stolthaven e da Ultragaz, até o pátio da concessionária ferroviária, atrás da antiga Estarada Ferroviária Santos (atualmente desativada), no Saboó. Com a desapropriação, a Codesp pretende arrendar parte da gleba para a iniciativa privada, a quem caberá instalar o estacionamento para caminhões. A estatal ainda não sabe o espaçoo a ser ocupado pelo pátio de veículos, mas planeja reservar o restante para implantar outros terminais e um trecho das avenidas perimetrais.