Autoridades e especialistas discutem ‘pejotização’ no STF

Representantes do governo, de trabalhadores, de setores da economia, da Justiça do Trabalho e especialistas convidados apresentaram ontem seus argumentos sobre a chamada “pejotização” em audiência pública realizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido do ministro Gilmar Mendes. Foram destacados o risco de aumentar, em centenas de bilhões, o rombo no regime de Previdência Social, as fraudes que mascaram relações com subordinação como pessoa jurídica e, na ponta oposta, as mudanças no mercado de trabalho e a necessidade de novas possibilidades de contratação.

Gilmar Mendes é relator do processo que analisa a licitude da contratação de trabalhador autônomo ou pessoa jurídica para a prestação de serviços, prática conhecida como “pejotização” (ARE 1532603). Os processos sobre o tema estão suspensos em todo o país, a pedido do ministro.

O caso concreto trata de pedido de vínculo com a Prudential do Brasil Seguros, que figura em diversas reclamações sobre o assunto no STF. Vice-presidente da companhia, Antônio Rezende defendeu que o regime adotado com corretores de seguros é de franquia. E diante das leis de franquia e corretagem fica evidente que “o corretor franqueado não é e nem poderia ser empregado”.

O advogado da parte contrária no caso, Gustavo Teixeira Ramos, destacou que a pejotização acaba com a fiscalização do ambiente laboral e com a sindicalização. “Enquanto o trabalhador, se quiser ser contratado, é obrigado a trocar direitos por recebimentos um pouco superiores, o empregador se beneficia duplamente, sonegando impostos e direitos”, disse.

Entre 2020 e 2025 foram propostas 1,2 milhão de ações trabalhistas pleiteando o vínculo de emprego, segundo Roseline Rabelo de Jesus, representante do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) afirmou na audiência pública. A OAB, assim como outras entidades, defendem a competência da esfera trabalhista para analisar esses casos. As empresas, a Justiça comum, por envolverem contratos civis.

Para o advogado-geral da União, Jorge Messias, o que parece, à primeira vista, um arranjo moderno de contratação é, na prática, um sistema que fragiliza a relação de trabalho. “Não se pode admitir, em nenhuma hipótese, que a pejotização seja apresentada como algo bom ao trabalhador hiposuficiente”, disse.

Hoje a maior parte das relações de pejotização, acrescentou, atingem pessoas que ganham cerca de R$ 6 mil e, diferente do que alegam algumas empresas, não são trabalhadores altamente especializados e de alta renda.

 

Fonte: Valor Econômico por Assessoria Jurídica Tributária da FETCESP

Vendas de caminhões usados crescem 25,7% no ano

Apesar do avanço geral, a Fenauto observa uma mudança no perfil das vendas: os caminhões seminovos,com até três anos de uso, perderam espaço

 

O mercado de caminhões usados manteve fôlego em setembro e se posicionou como alternativa diante do crédito caro e do ritmo ainda contido das vendas de modelos zero quilômetro. De acordo com levantamento da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), foram comercializadas 41,6 mil unidades no mês, alta de 3,3% em relação a setembro de 2024. Na comparação com agosto, o avanço foi de 3,3%, sinalizando uma leve perda de tração em relação ao desempenho mais acelerado do primeiro semestre.

No acumulado de janeiro a setembro, as transações somaram 325,2 mil unidades, o que representa um crescimento expressivo de 25,7% frente ao mesmo período do ano passado. O resultado reflete o impacto dos juros ainda elevados, que encarecem o financiamento de caminhões novos, e a demanda resiliente por transporte de cargas, impulsionada pelo agronegócio e pelo e-commerce.

Entre os modelos mais procurados seguem os tradicionais Volvo FH, Ford Cargo e Mercedes-Benz Axor, que figuram entre os dez mais vendidos do país, segundo a entidade.

Seminovos em queda, veteranos em alta

Apesar do avanço geral, a Fenauto observa uma mudança no perfil das vendas. Os caminhões seminovos (com até três anos de uso) perderam espaço, com queda de 13,2% nas vendas frente a setembro de 2024. Já os veículos mais antigos, com mais de 13 anos, avançaram 2,3% no mês e acumulam alta de 28,3% no ano, movimento atribuído à busca de alternativas mais acessíveis por autônomos e pequenas transportadoras.

Para Enilson Sales, presidente da Fenauto, o desempenho confirma o momento positivo do mercado de usados como um todo, incluindo automóveis, e a expectativa de fechamento de ano em patamar histórico. “O mercado de seminovos vem apresentando uma performance positiva e consistente neste ano, o que nos leva a prever um novo recorde. Os meses de final de ano são historicamente mais intensos em termos de vendas. Por isso, acreditamos que essa reta final deve trazer números ainda mais positivos para o setor, reforçando o veículo usado como a opção mais sólida e vantajosa para o consumidor brasileiro”, afirma o executivo.

O setor, que vinha em recuperação desde o início de 2024, deve encerrar o ano com crescimento de dois dígitos e consolidar o caminhão usado como peça essencial na renovação das frotas e na manutenção da atividade de transporte no país.

 

Fonte: Transporte Moderno

2ª SIPAT UNIFICADA DO SINDISAN

VEM AI A SEGUNDA SIPAT UNIFICADA DO SINDISAN 💚🦺
Estão abertas as inscrições para as empresas de transporte rodoviário de cargas interessadas em participar da nova edição da Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho e Assédio (SIPAT), que ocorrerá entre os dias 09 e 13 de setembro.
O evento é gratuito para empresas associadas ao SINDISAN!
Para mais informações entre em contato:
📞: (13) 2101-4745
✉️: secretaria@sindisan.com.br
Já deixa anotado na sua agenda para não esquecer essa data, hein! 👀

clone Secretaria de Portos e Transportes Aquaviários realiza reunião com Autoridades Portuárias clone

O secretário Nacional de Portos e Transportes Aquaviários do Ministério da Infraestrutura, Diogo Piloni, realizou, na última quinta-feira (1º), em Brasília (DF), uma reunião com as autoridades portuárias do Brasil.
No encontro, Diogo Piloni demonstrou a sua satisfação com a nova equipe de gestão das Companhias Docas e citou exemplos alcançados pelos gestores, no primeiro semestre de 2019, como a conquista da obtenção da Certidão Negativa de Débitos pela Companhia Docas do Estado do Rio de Janeiro (CDRJ), o alfandegamento do Porto de Fortaleza e o registro do lucro líquido de R$ 68 milhões em 2019 da Autoridade de Santos, o melhor saldo nos últimos 18 anos. “A escolha de uma equipe de gestão de profissionais que têm experiência no setor, com perfil gerencial, foi uma aposta feita pelo Governo Federal que deu certo”, destacou o secretário.
A Diretora de Gestão e Modernização Portuária na SNPTA do Ministério da Infraestrutura, Fernanda Rumblesperger, fez uma apresentação aos diretores-presidentes sobre o Programa de Modernização da Gestão Portuária (PMGP), que tem por objetivo desenvolver e implementar processos mais eficientes para a melhoria da gestão portuária, com o foco de gerar benefícios sociais e retorno financeiro para seu custeio e investimentos para as Companhias. Atualmente, as Companhias Docas de São Paulo, Pará e Rio de Janeiro já têm o projeto implantado, e as Docas do Ceará, Rio Grande do Norte, Bahia e Espírito Santo estão em fase de contratação do projeto.
Ainda no encontro, a subsecretária de Governança e Integridade do Ministério, Fernanda Costa de Oliveira, que é delegada da Polícia Federal, apresentou aos diretores-presidentes o Programa Radar Anticorrupção, que foi criado com o objetivo de aprimorar a gestão pública e dificultar os desvios de conduta e de recursos públicos. Fernanda explicou que o Programa envolve o compartilhamento de informações com outros ministérios, estabelece regras de compliance para os servidores do Ministério, define critérios técnicos para a nomeação de cargos e funções gratificadas e mantém canais oficiais de denúncia à disposição dos cidadãos.
Desde o início do ano, a subsecretária já fez visitas à Codomar e CDRJ. Ao longo deste ano, estão programadas visitas às Docas de São Paulo, Pará, Bahia, Rio Grande do Norte e Ceará. “Nosso objetivo é disseminar as boas práticas e reduzir padrões de comportamento com o foco na redução de ilícitos”, explicou Fernanda Costa. Fonte: Ministério da Infraestrutura.